Pendularidade no arranjo populacional de Maringá (2000-2010)

extensão do espaço de vida e relações espaciais intermunicipais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35416/2025.10684

Palavras-chave:

Geografia da população, Deslocamentos pendulares, Arranjos populacionais, Aglomeração urbana, Espaço de vida cotidiana

Resumo

A urbanização contemporânea realça dinâmicas socioespaciais na escala regional, o que evidencia a necessidade de serem utilizadas escalas analíticas mais abrangentes nos estudos urbanos. Nesse contexto, os deslocamentos pendulares acirram as relações espaciais entre dois ou mais municípios, levando à formação de aglomerações urbanas. Este estudo adotou a ideia de Arranjo Populacional para o recorte territorial de Maringá, uma vez que essa delimitação considera critérios de integração entre os municípios. O objetivo deste artigo é analisar as influências do processo de aglomeração no arranjo populacional de Maringá, utilizando dados de deslocamentos pendulares oriundos dos censos demográficos de 2000 e 2010. Os dados, tratados no software IBM SPSS STATISTICS 20, foram apresentados por meio de matrizes origem-destino, produtos cartográficos e outros recursos. Os resultados mostraram um aumento significativo — em quantidade e distância — dos deslocamentos pendulares entre os municípios, evidenciando a complexificação dos fluxos pendulares no arranjo populacional analisado.

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Biografia do Autor

  • Laércio Yudi Watanabe Silva, Universidade Estadual Paulista

    Universidade Estadual Paulista (UNESP), Presidente Prudente – São Paulo (SP) – Brasil. Doutorando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP). 

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Publicado

2025-10-10

Como Citar

Pendularidade no arranjo populacional de Maringá (2000-2010): extensão do espaço de vida e relações espaciais intermunicipais. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 9, n. 00, p. e025010, 2025. DOI: 10.35416/2025.10684. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/10684. Acesso em: 6 dez. 2025.

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