Doutrina ideológica ou falsa neutralidade no processo de formação inicial de professores? Interlocuções com o materialismo histórico-dialético
DOI:
https://doi.org/10.32930/nuances.v31iesp.1.8283Palabras clave:
Escola Sem Partido, Ideologia, Formação Inicial de ProfessoresResumen
O presente ensaio teórico assumiu como objetivo geral analisar as contradições do Projeto de Lei Escola Sem Partido e a pretensa pseudoneutralidade nos processos de formação inicial de professores. O referencial teórico utilizado tem como base epistemológica o materialismo histórico-dialético. Os resultados revelaram que tanto o Movimento Escola Sem Partido, materializado por segmentos conservadores da sociedade, quanto o referido Projeto de Lei, em nome da busca por uma possível neutralidade na difusão do conhecimento e do combate a discursos desviantes da moral e dos bons costumes nas instituições escolares, apenas, despolitizam a ação educativa e concerne à manutenção das atuais relações sociais.Descargas
Citas
BARBOSA, T. Ensino de Geografia: novos e velhos desafios. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente-SP, v. 1, n. 32, p. 23-40, jan./jun. 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 24 nov. 2013.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 7180 de 2014. Altera o art. 3º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília (DF), 2014. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=606722. Acesso em 15 abr. 2016.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 876 de 2015. Inclui entre as diretrizes e bases da educação nacional, o “Programa Escola sem Partido”. Brasília (DF), 2015. Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1050668. Acesso em: 15 abr. 2016.
CALBINO, D.; SOUZA, M. M. P.; PAULA, A. P. P.; CARRIERI, A. P. Embates sobre a neutralidade na educação: a formação ideológica do discurso da Veja. Contrapontos, Itajaí, v. 9, n. 1, p. 81-94, jan./abr. 2009.
CHAUÍ, M. S. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1984.
DUARTE, N. As apropriações das teorias psicológicas pela prática educativa contemporânea: a incorporação de Piaget e de Vigotski ao ideário pedagógico. In: FACCI, M. G. D.; TULESKI, S. C.; BARROCO, S. M. S. Escola de Vigotski: contribuições para a Psicologia e a Educação. Maringá: Eduem, 2009. p. 63-86.
FRANCISCO, M. V. A construção social da personalidade de adolescentes expostos ao bullying escolar e os processos de resiliência em-si: uma análise histórico-cultural. 2013. 266 f. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, Brasil, 2013.
FRIGOTTO, G. América Latina: capital dependente e a gênese das universidades periféricas. REP’S – Revista Even. Pedagóg., Sinop, v. 7, n. 1, p.168-176, jan./mai. 2016.
LIBÂNEO, J. C. A aprendizagem escolar e a formação de professores na perspectiva da psicologia histórico-cultural e da teoria da atividade. Educar em Revista, Curitiba, n. 24, p. 113-147, jun./dez. 2004.
MARSIGLIA, A. C. G.; MARTINS, L. M.; LAVOURA, T. N.. Rumo à outra didática histórico-crítica: superando imediatismos, logicismos formais e outros reducionismos do método dialético. HISTEDBR-online, Campinas, v. 19, e-019003, p. 1-28, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8653380. Acesso em: 19 mar. 2019. https://doi.org/10.20396/rho.v19i0.8653380
MARTINS, L. M. As aparências enganam: divergências entre o materialismo histórico dialético e as abordagens qualitativas em pesquisa. In: 29º Reunião Anual da ANPED, 2006. Educação, Cultura e Conhecimento: desafios e compromissos, 2006. v.1, p. 1-17.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. Livro Primeiro. Tomo I. São Paulo: Abril, 1983. p.79-121.
MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2006.
MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. 11 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1974.
Escola Sem Partido: quem somos. Disponível em: http://www.escolasempartido.org/quem-somos. Acesso em: 15 abr. 2016.
PENNA, F. Entrevista com Fernando Penna. Movimento: revista de educação, Niterói, n.3, p.294-301, 2015.
RAMOS, M. S.; STAMPA, I, T. Políticas de educação profissional: naturalização das expressões da questão social? Argumentum, Vitória-ES, v. 7, n. 2, p. 74-88, jul./dez. 2015.
SABATEL, G. M. G.; ALVES, S. S.; FRANCISCO, M. V.; LIMA, M. R. C. Gênero e sexualidade na Educação Física escolar: um balanço da produção de artigos científicos no período de 2004-2014 nas bases do Lilacs e Scielo. Pensar a Prática, Goiânia, v. 19, n.1, p. 196-208, jan./mar. 2016.
SALLES, M.; STAMPA, I. Ditadura militar e trabalho docente. Trabalho Necessário, Niterói, ano 14, n. 23, p. 166-185, jan./abr. 2016.
SANTOS, C. Supremo Tribunal Federal considera inconstitucional lei estadual ‘Escola Livre’. Disponível em: https://gazetaweb.globo.com/portal/noticia/2020/08/supremo-tribunal-federal-considera-inconstitucional-lei-estadual-escola-livre_113399.php. Acesso em: 10 set. 2020.
SAVIANI, D. Prefacio. In: M. A. MANACORDA. Marx e a pedagogía moderna. 3 ed. São Paulo: Editora Cortez, 2000.
SAVIANI, D. Formação de profesores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, p. 143-155, jan./abr., 2009.
SAVIANI, D. Escola e democracia. 42 ed. Campinas: Autores Associados, 2012.
VIEIRA PINTO, A. Ciência e existência: problemas filosóficos da pesquisa científica. 2.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
VYGOTSKY, L. S. Obras escogidas V: fundamentos de defctología. Madrid: Visor, 1997.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Atribuição-NãoComercial
CC BY-NC
Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.