Cultura juvenil contemporânea, práticas culturais e ciberespaço: Contornos geográficos da cultura juvenil otaku no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35416/2023.8831

Palavras-chave:

Culturas Juvenis, Cultura Otaku, Ciberespaço, Espaço Geográfico, Práticas Culturais

Resumo

O presente artigo, tem por objetivo a apreensão das determinações e influências que os diferentes contextos geográficos exercem no processo de construção das “referências” e da identidade juvenil otaku. A cultura otaku nasce no Japão pós II Guerra Mundial. Apesar do intenso processo de imigração japonesa para o Brasil, ocorrido no século XX, é por conta da globalização e do desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação que, no final de 1980 e início de 1990, dado universo cultural encontra a base material ideal para se estabelecer enquanto uma possibilidade de experienciar a juventude entre os brasileiros. Deste modo, participantes de uma “cultura híbrida”, por situarem suas referências globais, a cena otaku se produz e reproduz via espaços concretos (online) e virtuais (offline), uma vez que, o ciberespaço, nada mais é do que uma extensão do próprio Espaço, que funda espacialidades e territorialidades, permitindo a apreensão dos processos constitutivos das Culturas e dos Espaços contemporâneos.

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Biografia do Autor

Hugo de Almeida Alves, Universidade Estadual Paulista

Mestrando em Geografia.

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Publicado

2023-06-15

Como Citar

ALVES, H. de A. Cultura juvenil contemporânea, práticas culturais e ciberespaço: Contornos geográficos da cultura juvenil otaku no Brasil. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 7, n. 1, p. e023011, 2023. DOI: 10.35416/2023.8831. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/8831. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos