As roças e o extrativismo na comunidade quilombola do Jacarequara, Santa Luzia do Pará, Nordeste Paraense / Manioc fields and extractivism in the quilombola community of Jacarequara, Santa Luzia do Pará, Northeast Pará / Las roças y el extractivismo en la comunidad quilombola de Jacarequara, Santa Luzia do Pará, Nordeste de Pará
DOI:
https://doi.org/10.47946/rnera.v26i66.9667Palavras-chave:
Agricultura familiar, Autonomia, Amazônia, Comunidades tradicionais, QuilombosResumo
Práticas como o manejo da roça e extrativismo são atividades que caracterizam o autoconsumo, como também são uma possibilidade de comercialização do excedente para comunidades tradicionais e por isso se faz importante que sejam valorizados. Assim, o estudo objetivou compreender como os espaços de cultivos de plantas alimentícias e os saberes e práticas tradicionais podem ter relação com a manutenção de vida dos quilombolas. A abordagem metodológica quali-quantitativa contemplou a observação participante, entrevistas, questionários, turnê-guiada e lista livre. Os dados obtidos foram tabulados e sistematizados, além de ser calculada a frequência de citação das espécies e o Índice de Saliência Cognitiva (ISC). Os resultados demonstraram que práticas produtivas são a base alimentar e um meio de geração de renda. Foram catalogadas 27 etnovariedades de mandioca demonstrando sua importância para a alimentação dos quilombolas. Entretanto, o avanço das áreas de pastagens das fazendas e a adesão por hábitos alimentares externos reflete mudanças e riscos. Esses fatores direcionam a uma nova realidade alimentar, podendo interferir em sua permanência no quilombo, na geração de renda, no respeito ao modo de vida quilombola e a valorização dos seus saberes e práticas tradicionais.
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