A “NOVA” QUESTÃO AGRÁRIA EM ANDALUCÍA: PROCESSOS DE RECAMPESINIZAÇÃO EM TEMPOS DE IMPÉRIOS AGROALIMENTARES (The ‘new’ agrarian question in Andalucia: processes of repeasantization at times of agrifood empires)
DOI:
https://doi.org/10.47946/rnera.v0i24.2719Palavras-chave:
Andalucía, questão agrária, (re)criação camponesa, agroecologiaResumo
Vivemos ainda, em escala mundial, sob os reflexos da última grande crise financeira do capital que, em 2008, se alastrou a partir da economia e do sistema bancário norte-americano. Por conseguinte, assistimos à incessante busca para racionalizar o sistema de acumulação, e neste processo a terra ganhou papel fundamental, seja por meio da sua desnacionalização ou pelo controle dos produtos da cadeia do "Agro", exercido pelos "Impérios" agroalimentares (PLOEG, 2008). O ordenamento dos Impérios significa o controle do território e a disseminação de normas e padrões como forma de assegurar a apropriação das riquezas. Situação que sinaliza que o capital encontrou fôlego no sistema agroalimentar e no controle dos bens primários, em particular minérios, grãos, agrocombustíveis e celulose - grande parte transformada em commodities. A análise da questão agrária, em Andalucía-ES, representa a possibilidade de se pensar novas configurações da questão agrária, dentre elas, a aproximação entre a luta pela terra e o debate acerca da insatisfação com o atual sistema agroalimentar global - em outras palavras, a confluência do debate da posse e do uso da terra. Certamente, trata-se de um desenho da necessária aliança cidade-campo capaz de acelerar a democratização da terra e a transição agroecológica no horizonte de alternativas à crise neoliberal.
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