MOVIMENTOS SOCIOTERRITORIAIS EM PERSPECTIVA COMPARADA / Socioterritorial Movements in Comparative Perspective / Movimientos socioterritoriales en perspectiva comparada

Autores

  • Sam Halvorsen Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária - NERA - Faculdade de Ciências e Tecnologia FCT/UNESP
  • Bernardo Mançano Fernandes
  • Fernanda Valeria Torres

DOI:

https://doi.org/10.47946/rnera.v0i57.8639

Palavras-chave:

Argentina, Brasil, movimentos sociais, movimentos socioterritoriais, território.

Resumo

Por que o espaço e o território são importantes para os movimentos sociais e como eles os produzem? Apesar da sempre aparente centralidade do espaço e do território, mediado e apropriado pelos movimentos sociais em todo o mundo (por exemplo: acampamentos, protestos, ocupações de terra, resistências indígenas, ocupações de terrenos e edifícios em áreas urbanas, organização de bairro e lutas por questões ambientais, pela educação, saúde, alimentos e outras políticas públicas, ativismos de mulheres, LGBTQIA+, feministas, estudantes, etc.), tem havido uma surpreendente falta de atenção a esta questão por estudiosos e estudiosas de várias áreas do conhecimento, por exemplo, geógrafos anglófonos. Este artigo avança na reflexão sobre as ações dos movimentos socioterritoriais como uma categoria analítica que tem como objetivo central analisar a mediação do espaço e apropriação do território. Contrastamos os conceitos de movimento socioterritorial, movimento social e movimento socioespacial em quatro eixos de análise. Primeiro, como o espaço e o território são produzidos como estratégia central para a realização dos objetivos de um movimento. Em segundo lugar, o espaço e o território produzem as identidades dos movimentos, em suas ações, gerando novas subjetividades políticas. Terceiro, espaço e território são lugares de socialização política que produzem novos valores e mudam conjunturas. Quarto, por meio de processos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, os movimentos podem criar novas instituições. Esses eixos são posteriormente elaborados por meio da análise comparativa de dois estudos de caso: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, movimento camponês organizado em todas as regiões do Brasil, e a Organização de Bairro Tupac Amaru, um movimento urbano do noroeste da Argentina. A comparação é feita como um modo expansivo de análise para abrir o conceito de movimento socioterritorial e indicar potenciais linhas de investigação para estudos.

 

Como citar este artigo: 

HALVORSEN, Sam; FERNANDES, Bernardo Mançano. TORRES, Fernanda Valeria. Movimentos Socioterritoriais em Perspectiva Comparada. Revista NERA, v. 24, n. 57, p. 24-53, Dossiê I ELAMSS, 2021.

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Publicado

2021-04-27

Como Citar

Halvorsen, S., Mançano Fernandes, B., & Torres, F. V. (2021). MOVIMENTOS SOCIOTERRITORIAIS EM PERSPECTIVA COMPARADA / Socioterritorial Movements in Comparative Perspective / Movimientos socioterritoriales en perspectiva comparada. REVISTA NERA, (57), 24–53. https://doi.org/10.47946/rnera.v0i57.8639

Edição

Seção

Artigo original