AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE

Autores

  • Antônio Canuto Comissão Pastoral da Terra

DOI:

https://doi.org/10.47946/rnera.v0i5.1466

Palavras-chave:

Agronegócio, modernização conservadora, hegemonia ideológica, concentração de terra e renda, desemprego no campo.

Resumo

O agronegócio é apresentado como o modelo das atividades econômicas de sucesso. A ele se creditam os constantes superávits fiscais da balança comercial dos últimos meses. Ele, porém, se insere num grande processo de modernização conservadora. Por trás do avanço tecnológico e de produção se esconde a mesma estrutura fundiária e as mesmas relações de trabalho aqui estabelecidas desde a época colonial. O agronegócio se propõe buscar e garantir a hegemonia ideológica deslocando a atenção do caráter concentrador e predador do latifúndio para colocar no seu lugar a intensa produtividade da “moderna agricultura”. Porém, ao contrário do que se apregoa, o agronegócio promove maior concentração de terra e de renda, gera desemprego, emprega mão-de-obra escrava, alimenta a grilagem de terras, é responsável pelo aumento desenfreado do desmatamento da Amazônia e do Cerrado, traz efeitos perversos sobre a saúde humana e deixa atrás de si um rastro de conflitos e violência. No horizonte se desenha um cenário de crise, que se concretizada, a conta será paga por toda a sociedade brasileira.

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Como Citar

Canuto, A. (2012). AGRONEGÓCIO: A MODERNIZAÇÃO CONSERVADORA QUE GERA EXCLUSÃO PELA PRODUTIVIDADE. REVISTA NERA, (5), 1–12. https://doi.org/10.47946/rnera.v0i5.1466

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Artigo original