O associativismo rural e a lógica da ação coletiva: reflexões sobre motivação e engajamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35416/geoatos.2021.8430

Resumo

Este artigo aborda o tema do Associativismo Rural no que diz respeito à ação coletiva de seus membros. O objetivo da análise é identificar fatores que motivam o engajamento de agricultores familiares em associações rurais, através de uma revisão da literatura. Com a atuação do Estado cada vez mais forte no âmbito dessas organizações, retirando a autonomia dos agricultores, se faz cada vez mais necessário compreender os desafios da ação coletiva e os rumos do associativismo rural a partir da década de 1990. Diante deste contexto, muitos estudos têm evidenciado a simples atuação jurídica de associações, que existem com o intuito único de acesso a políticas públicas. Fatores de motivação, estratégias de liderança e organização em redes de parcerias são exemplos de possíveis caminhos para o associativismo rural frente aos desafios contemporâneos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lucas Gabriel da Silva Moraes, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal do Acre (UFAC) e Mestrando em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Pará (UFPA)

Referências

ALMEIDA, A. W. B. Universalização e localismo: movimentos sociais e crise dos padrões tradicionais de relação política na Amazônia. In: D’INCAO, M. A.; SILVEIRA, I. M. (Org.). Amazônia e a crise da modernização. Belém: MPEG, p. 521-537. 1994.

ALONSO, A. As teorias dos movimentos sociais: um balanço de debate. Lua Nova, São Paulo, n. 76, p. 49-86, 2009.

ARCHER, E. R. O mito da motivação. In: BERGAMINI, C., CODA; R. (Org.). Psicodinâmica da vida organizacional – Motivação e liderança. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

AXELROD, R. M. The evolution of cooperation. New York: Basic Books, 1984.

BERGAMINI, C. W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas, 1994.

BORDENAVE, J. E. D. O que é participação. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BRASIL. Presidência da República. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 1.946, de 28 de junho de 1996. 1996.

CAMACHO, R. S. Discutindo o paradigma da questão agrária: o movimento desigual e

Contraditório do desenvolvimento capitalista no campo brasileiro. Entre-Lugar, Dourados, MS, ano 2, n. 3, p. 17-34, jan/ago. 2011.

CHAYANOV, A. V. Sobre a teoria dos sistemas econômicos não capitalistas. In: GRAZIANO DA SILVA, J.; STOLCKE, V. In: A Questão Agrária. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981, p. 133-163.

CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7ª Ed. Campus, 2004.

FAGOTTI, L. N. Associativismo e agricultura familiar: reflexões sobre uma associação de produtores rurais no interior paulista. Revista Espaço de Diálogo e Desconexão, Araraquara, v.9, n.1 e 2. 2017.

FAVARETO, A. Agricultores, trabalhadores: os trinta anos do novo sindicalismo rural no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 21, n. 62, p. 27-44, 2006.

HARDIN, G. The tragedy of the commons. Science, v. 162, n. 3859, p. 1244-1248, dez. 1968.

HÉBETTE, Jean. Cruzando a fronteira: 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia. Belém: EDUFPA, 2004.

KNOKE, D. Organizing for Collective Action: The Political Economies of Associations. Nova York: Aldine de Gruyter, 1990.

MASLOW, A. Maslow no gerenciamento. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.

MANESCHY, M. C.; MAIA, M. L. S.; CONCEIÇÃO; M. F. C. Associações rurais e associativismo no Nordeste amazônico: uma relação nem sempre correspondida. Novos Cadernos Naea, Belém, v.11, n.1, p. 85-108, jun. 2008.

MELUCCI, A. Getting involved: identity and mobilization in social movements. International Social Movements Research, v. 1. 1988.

MELO, L. B.; FILHO, M. A. R. Determinantes do risco de crédito rural no Brasil: uma crítica às renegociações da dívida rural. Revista Brasileira de Economia. v. 17, n. 1, p. 67-91, jan-mar. 2017.

McCLELLAND, D. C.; BURHAM, D. H. O poder é o grande motivador. In: VROOM, V. H. (Org.) Gestão de pessoas, não de pessoal. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

NEVES, D. P. O associativismo e imposição do agricultor solidário. In: BERGAMASCO, S.M.P.P.; OLIVEIRA, J.T.A; ESQUERDO, V.F. de S. (Org.) Assentamentos Rurais no Século XXI: temas recorrentes. Campinas: FEAGRI/UNICAMP/INCRA-SP, 2011, p.115-144.

OLSON, M. A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e uma teoria dos grupos sociais. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2015.

PUTNAM, R. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

SABOURIN, E. Teoria da reciprocidade e análise de políticas públicas rurais. Ruris. Campinas, v. 6, n. 2, p. 53-90, set. 2012.

SCHMITZ, H.; MOTA, D. M.; SOUSA, G. M. Reciprocidade e ação coletiva entre agricultores familiares no Pará. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 12, n. 1, p. 201-220, jan-abr. 2017.

SILVA, P. C. G. A ação coletiva: o desafio da mobilização. Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais. Recife, v. 7, n. 2, p. 62-87, 2018.

SILVA, R. O. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomsom Learning, 2002.

SHANIN, T. A definição de camponês: conceituações e desconceituações: o velho e novo em uma discussão marxista. Revista Nera. Presidente Prudente, v. 8, n. 7, jul-dez. pp. 1-21, 2005.

TOLENTINO, M. Transformações na categoria “agricultura familiar” no âmbito do Pronaf. Revista Pegada, v. 20, n.2, maio-ago. p. 30-55, 2019.

VEIGA, S. M.; RECH, D. Associações: como construir sociedades civis sem fins lucrativos. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

VROOM, V. H. Gestão de pessoas, não de pessoal. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

WANDERLEY, M. N. B. Agricultura familiar e campesinato: rupturas e continuidade. Estudos, Sociedade e Agricultura. Rio de Janeiro, n. 21, p. 42-61, 2004.

Downloads

Publicado

2021-10-19

Como Citar

DA SILVA MORAES, L. G. O associativismo rural e a lógica da ação coletiva: reflexões sobre motivação e engajamento. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 5, p. 1–22, 2021. DOI: 10.35416/geoatos.2021.8430. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/8430. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos