O COCO E AS CERCAS: DINÂMICAS TERRITORIAIS DAS QUEBRADEIRAS DE BABAÇU NO BICO DO PAPAGAIO
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v27i52.6933Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as dinâmicas territoriais envolvendo as quebradeiras de coco babaçu no Bico do Papagaio, a partir de suas oralidades. O processo de territorialização de inúmeras atividades econômicas nessa porção da Amazônia brasileira começa a se destacar a partir da Ditadura Militar, como um resultado das políticas públicas. A metodologia utilizada foi o estudo de caso, a partir da pesquisa qualitativa. Os resultados indicam que a pecuária bovina é a atividade econômica que ao longo das últimas quatro décadas demonstram um intensivo processo de ampliação de territorialização, gerando como consequência um monopólio em função da (re) organização territorial para atender a essa finalidade, ao passo que acelera o processo de desterritorialização de atividade de base de economia familiar, como no caso das quebradeiras de coco babaçu. As cercas e as expulsões das posses, ao longo das últimas décadas passam a representar para as quebradeiras um processo continuo de perda de territórios. Impactando negativamente na vida de milhares de famílias que possuem sua subsistência ligada a quebra do coco babaçu.
Palavras – chave: Quebradeiras de coco. Território. Bico do Papagaio.
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