A PERCEPÇÃO DOS ASSENTADOS E SUA RELAÇÃO COM O ENSINO MÉDIO MODULAR E A EDUCAÇÃO DO CAMPO NO ASSENTAMENTO 26 DE MARÇO EM MARABÁ-PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v1i25.4776Resumo
Este trabalho retrata uma pesquisa de estudo de caso, a realidade da educação dos sujeitos assentados provenientes da política nacional de reforma agrária em Marabá. Apresenta como esses sujeitos percebem a educação e a análise que fazem a respeito do ensino médio modular (SOME). Buscamos relacionar esta proposta de educação do estado do Pará, Brasil, com a educação apresentada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Foi necessária a análise de como a escola se apresenta no assentamento, observou-se uma articulação das práticas educativas formal com as prerrogativas propostas pelos assentados. A metodologia utilizada é de cunho bibliográfico, a partir de um estudo de caso com aporte da história oral temática. Os resultados indicam que a educação formal se distancia da proposta educacional defendida pelo MST, a escola do assentamento apresenta-se única e exclusivamente como uma escola no campo. A educação escolar, da maneira como se apresenta neste momento, não parece ser um instrumento capaz de induzir o desenvolvimento social econômico, político e cultural. A pedagogia do MST não se materializou nessa escola. A princípio, na época de acampamento, observou-se que existia uma gestão, por parte do MST, que influenciava nos processos políticos pedagógicos em relação à escola, no entanto, a partir do momento que o governo municipal oficializa a escola, esta passa a ser reconfigurada e ganha novo significado, Em relação ao ensino médio modular, evidenciamos que o programa não possui características de educação do campo, é totalmente adverso aos interesses desses sujeitos, ao passo que não dialoga com a pedagogia do MST.
Palavras-chave: Ensino médio modular; assentamento; educação do campo; educação formal; MST.
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