Migração de trabalhadores jornaleros agrícolas para o capital nos Estados de Oaxaca, Chiapas e Guerrero (México)

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DOI:

https://doi.org/10.35416/geoatos.v2i7.6109

Resumo

Este texto visa à reflexão em torno da configuração apresentada nos estados de Oaxaca, Chiapas e Guerrero no México nessa viragem do século XXI, podendo se perceber o avanço cada vez mais voraz do capital sobre o trabalho, imerso em ambientes refeitos pela reestruturação produtiva. Nesse início do século XXI, se amplifica cada vez mais a ofensiva do capital sobre o trabalho, impulsionada pela necessidade insaciável de acumulação / reprodução na América Latina. No Brasil, entre as várias formas de concretização deste modelo social, destacamos a agrohidronegócio canavieiro, que sob a prerrogativa do discurso falacioso do desenvolvimento nacional, sustentável, etc., omite várias queixas em relação a violações trabalhistas, a saúde dos trabalhadores, sustentabilidade, questão sindical, questões ambientais, entre outras. Um exemplo é a configuração apresentada na Região Administrativa Presidente Prudente (São Paulo, Brasil) que nos ocuparam em nossos estudos no país, com destaque para a migração de trabalhadores de várias regiões do Nordeste brasileiro, para o corte manual de cana de açúcar. Nesta perspectiva, neste texto tentamos entender a realidade dos trabalhadores migrantes temporários no México, especificamente nos estados de Oaxaca e Chiapas, procurando analisar seu trabalho e trajetória de vida.

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Publicado

2018-12-24

Como Citar

BENTO, F. dos S. Migração de trabalhadores jornaleros agrícolas para o capital nos Estados de Oaxaca, Chiapas e Guerrero (México). Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 2, n. 7, p. 94–113, 2018. DOI: 10.35416/geoatos.v2i7.6109. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/6109. Acesso em: 23 abr. 2024.

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Artigos