Da chuva todos os dias para a chuva por um "talhão", consequências da colonialidade da forma monocultivo de eucalipto, no extremo-norte do Espírito Santo / From rain every day to rain per “talhão”, consequences of the coloniality of the eucalyptus plantation form, in the very north of Espírito Santo / De lluvia todos los días a lluvia por “talhão”, entre otras consecuencias de la colonialidad del monocultivo de eucalipto, en el muy norte de Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.47946/rnera.v27i2.9765Palavras-chave:
Colonização, Conflitualidade, Extrativismo, Silvicultura, QuilombosResumo
O artigo analisa as práticas da indústria de celulose e seus subprodutos no extremo-norte do Espírito Santo, entre os municípios de Conceição da Barra e São Mateus, ao longo dos últimos 60 anos. Para tanto, apresenta o processo de entrada da indústria de celulose nesse território, conhecido como Sapê do Norte, onde vivem mais de 30 comunidades quilombolas. Discutiremos a lógica e a forma dos monocultivos de eucalipto, seus efeitos e, mais recentemente, os conflitos ontológicos decorrentes da crítica advinda dos quilombolas e ativistas parceiros quanto aos modos de gestão do lugar por parte da empresa do ramo da celulose. Desse modo, analisamos os processos e as práticas de construção de mundo dos colonizadores - corporações do extrativismo, grandes proprietários de terra e o Estado - enquanto desenhos ontológicos coloniais. Concluímos que é possível observar a atualização das tecnologias coloniais da indústria de celulose, da violência estritamente coercitiva com o uso do aparato militar do Estado, para a era da gestão dos conflitos e da crítica, permanecendo como parte fundamental do processo de manutenção dos não humanos e de humanos como sujeitos colonizados dentro de uma construção de mundo colonial.
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