A FALÁCIA DO DISCURSO DE MODERNIZAÇÃO E A APROPRIAÇÃO DA TERRA E DA ÁGUA NO BAIXO SÃO FRANCISCO/The fallacy of the modernization discourse and the appropriation of land and water in the BaixoSão Francisco
DOI:
https://doi.org/10.47946/rnera.v0i59.8744Resumo
O presente artigo propõe analisar a falácia da modernização como simulacro da reprodução da pobreza e miséria no Baixo São Francisco, em Sergipe. Do Projeto Platô de Neópolis à realidade da Comunidade Brejão dos Negros, salienta-se o espectro da modernização como apropriação de terra e água e precariedade do trabalho. O agrohidronegócio como processo de expropriação é responsável pela intensificação de conflitos que fomentam a luta pela soberania e reprodução social. Como percurso teórico-metodológico estiveram as entrevistas, cujas falas dos sujeitos contribuíram para o embasamento de uma realidade caracterizada pela expansão de vastas terras para a produção de cana-de-açúcar, grama e frutas tropicais para exportação, ao mesmo tempo em que emerge como um dos territórios mais desiguais e miseráveis do estado. No devir que aponta o horizonte da realidade, concorda-se que o ser geógrafo deve se fazer como ser revolucionário, ao captar o singular/particular como totalidade, munido das categorias universais do pensamento crítico. Portanto, se a essência nos informa sobre a permanência dos camponeses, ribeirinhos e quilombolas, a luta é considerada como condição, meio e produto da resistência humana.
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