AGRICULTURA FAMILIAR EM MOÇAMBIQUE: IDEOLOGIAS E POLÍTICAS/ Family agriculture in Mozambique: ideologies and policies/ Agricultura familiar en Mozambique: ideologías y políticas

Autores

  • João Mosca

DOI:

https://doi.org/10.47946/rnera.v0i38.5296

Palavras-chave:

Campesinato, políticas, transformação estrutural, ideologia, Moçambique.

Resumo

O texto apresenta, com um enquadramento teórico os processos de transformação e de integração/resistência do campesinato às diversas políticas económicas e públicas que, durante décadas, foram persistentes em secundarizar a agricultura e o meio rural. Estas dinâmicas estão também e de forma não menos importante, relacionadas com as diversas formas de penetração do capital no meio rural (mineiro, agrário, comercial, turismo), aos contextos internacionais e às ideologias da governação após a independência. O autor conclui que durante os últimos quarenta anos e independentemente das políticas e ideologias dominantes do poder, existiu uma persistência secundarização da agricultura e em particular do sector familiar e a não verificação de alguma tendência para a transformação estrutural do sector agrário. A não-priorização dos pequenos produtores é resultante dos modelos de crescimento e de padrões de acumulação, onde as alianças políticas e económicas são, primeiro, a cooperação e, depois, o capital externo, em conexão e facilitado pelas elites locais, que deles beneficiam, configurando uma acumulação interna dependente do padrão externo e assente na obtenção de rendas.

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Biografia do Autor

João Mosca

Observatório do Meio Rural (OMR) – Maputo, Moçambique

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Publicado

2017-09-01

Como Citar

Mosca, J. (2017). AGRICULTURA FAMILIAR EM MOÇAMBIQUE: IDEOLOGIAS E POLÍTICAS/ Family agriculture in Mozambique: ideologies and policies/ Agricultura familiar en Mozambique: ideologías y políticas. REVISTA NERA, (38), 68–105. https://doi.org/10.47946/rnera.v0i38.5296

Edição

Seção

Artigo original