A GUERRA DA ÁGUA NA BOLÍVIA: A LUTA DO MOVIMENTO POPULAR CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DE UM RECURSO NATURAL. Water war in Bolivia: the struggle of the people's movement against privatization of a natural resource
DOI:
https://doi.org/10.47946/rnera.v0i28.3998Palavras-chave:
Guerra da Água, Acumulação por espoliação, Crise hídrica, Em defesa da água, Movimento social na Bolívia.Resumo
Nos anos 2000, em Cochabamba (Bolívia), a população derrotou a privatização da empresa responsável pelo abastecimento de água (SEMAPA). Os cochabambinos sofriam com a escassez d'água hámuitas décadas, oriunda da sua própria geografia e do descaso dos gestores públicos. Por anos, não houve investimento adequado para ampliação da infra-estrutura e nem para captação alternativa de água. Dessa forma, a população acostumou-se a buscar autonomamente soluções para a escassez. Por exemplo, na zona rural, pequenos agricultores desenvolveram um engenhoso esquema de irrigação comunitária. Sob pressão do Banco Mundial e do FMI, o governo de Cochabamba, com apoio da administração federal, decidiu privatizar a SEMAPA. E para assegurar o monopólio aos interesses privatistas, aprovou uma Nova Lei de Águas que, entre outras coisas, determinava a exploração da água como um direito privado. Após uma intensa luta que uniu a população do campo e da cidade, os cochabambinos - sob a liderança da Coordenadora de Águas de Cochabamba - conseguiram reverter a privatização e revogar a nova lei, um feito inédito na América Latina.
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