A TEORIA E A PRÁTICA DO MST PARA A COOPERAÇÃO E A ORGANIZAÇÃO EM ASSENTAMENTOS RURAIS (Theory and practice of MST for cooperation and organization in rural settlements)
DOI:
https://doi.org/10.47946/rnera.v0i27.2809Palavras-chave:
Cooperação, Organização, Assentamentos RuraisResumo
O objetivo deste artigo é apresentar alguns dos fundamentos teóricos e políticos que embasaram as diretrizes inicialmente adotadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) tendo em vista o desenvolvimento da organização e da cooperação em assentamentos rurais. Isto é feito fundamentalmente a partir de uma análise sistemática dos documentos produzidos pelo MST sobre o tema nos anos de 1980 e 1990 e de entrevistas realizadas com militantes por meio de trabalho de campo. Além de realizar um resgate histórico, são apresentados elementos que explicitam e problematizam a referência leninista adotada pelo MST no que tange ao tema da cooperação e seu desempenho por camponeses. Questiona-se a diferença entre individualismo e autonomia em termos da visão centrada no campesinato como classe social e também do ponto de vista do assentado ou da família agrícola como unidade de produção e matriz de valores. Como o valor da autonomia individual dos assentados se choca com as tentativas de divisão social do trabalho agrícola nos assentamentos por meio da cooperação?
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