AGENTES, INTERESSES E RELAÇÕES. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO
DOI:
https://doi.org/10.35416/geoatos.v2i11.941Resumo
O modo capitalista de produção atribui ao espaço através da lógica de valorização e desenvolvimento, sua característica desigual. O espaço urbano enquanto produto e produtor das relações sociais expressa em sua paisagem as marcas do desenvolvimento desigual, cujas ações que o materializaram foram oriundas de interesses hegemônicos e relações contraditórias estabelecidas para o alcance de objetivos voltados à uma demanda específica. As marcas e impactos da desigualdade inerentes à lógica de produção do espaço são vistas através dos diferentes padrões de ocupação e edificação, bem como no nível de acessibilidade correspondente a determinadas localizações. Através das leis, normas e regulamentos que regem o planejamento urbano as ações podem ser legitimadas ou não, o que varia de acordo com as relações estabelecidas entre o poder público e os demais agentes, no que tange a capacidade que este último tem de influenciar na regulamentação e aprovação das leis.