As mulheres no âmago da precariedade histórica do mundo do trabalho
DOI:
https://doi.org/10.35416/geoatos.v3i18.7961Resumo
Resumo
O artigo é fruto do debate on-line feito no desenrolar da Pandemia da Covid-19 (em 28 de maio de 2020) pela Revista Geografia em Atos, direcionado por geógrafas que discutiram a condição da mulher e seus desafios na vida privada e pública, com base em três eixos argumentativos: perfil e atuação das docentes, desafios da questão de gênero e contribuições da mulher para o saber geográfico. Nas questões levantadas partiu-se da compreensão que as determinações de classe, gênero, raça e etnia perpassam por uma categoria fundamental que dá unidade a todas elas: o trabalho. Não há produção do espaço sem trabalho. Tal produção é comandada pelas relações mercantis que criam padrões sociais de desigualdades radicados na propriedade privada capitalista e suas manifestações, entre elas o patriarcado, o machismo, o racismo, a heterossexualidade, e as demais formas de opressão que sustentam o sociometabolismo do capital. Com a reestruturação produtiva a relação dialética entre o trabalho reprodutivo (sem custo para o capitalismo) e o trabalho produtivo/improdutivo perpetua a funcionalidade das mulheres na lógica orgânica da forma mercadoria, tanto pela reprodução da vida, como pela inserção precária e desvalorizada no mundo do trabalho.
Palavras-chave: Trabalho Feminino; Precariedade; Reestruturação Produtiva e Pandemia da COVID-19.
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