Processos de branqueamento, racismo estrutural e tensões na formação social brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35416/geoatos.v4i19.7725

Resumo

Baseado em uma revisão bibliográfica, o texto tratará sobre os processos de branqueamento, racismo estrutural e tensões na formação social brasileira. A parte 1 (um) tratará da raça e racismo, processos de branqueamento, branquidade e racismo estrutural. Essa parte tentará abordará como a branquitude foi construída como um  marcador de privilégios que se mantem  na experiência  brasileira.  A parte 2 (dois) intitulada “quem lava suas cuecas? racismo estrutural e o cidadão de bem” tentará mostrar como séculos de escravidão e o racismo estrutural colocaram as classe média e as elites nacionais em uma situação confortável na estrutura social. O passado escravocrata se metamorfoseou e permaneceu como parte da estrutura social brasileira. Baseado no rapper brasileiro Djonga e o pesquisador estadunisense Jason Stanley, essa parte tentará mostrar como as elites constroem  narrativas próprias e nem sempre verdadeiras sobre minorias sociais baseado em discursos falaciosos, neofascistas ou até mesmo a maldade em seu estado mais puro; e por último breve considerações finais.

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Biografia do Autor

Elicardo Heber de Almeida Batista, UEMG Ituituba

Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista- FCT/UNESP. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - CPDA/UFRRJ. Graduado em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Migrações e Comunidades Tradicionais do rio São Francisco (UNIMONTES). É professor membro do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Ecologia, Agrobiodiversidade e Agroecologia (NEPEEA UEMG Unidade Ituiutaba), coordenador da linhas de pesquisa Sociedade, ruralidade e desenvolvimento e Tecnologias da informação e comunicação (TICs) e mídias eletrônicas na popularização dos estudos em Ecologia e Agrobiodiversidade . É também professor participante das linhas de pesquisa Agroecologia, Agricultura Familiar e Modos de Vida, Agricultura Urbana, Periurbana e Sistemas Agroalimentares Biodiversos e Cartografia Social. Foi pesquisador visitante no Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) sediado na Universidade de Coimbra (UC) em Portugal. Foi professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) no Técnico Integrado ao Ensino Médio e na Pós-Graduação. É professor nos cursos de Ciências Agrárias (área) da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG Unidade Ituiutaba) e coordenador do curso de Tecnologia em Agronegócio da mesma Universidade. É membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) dos cursos Tecnologia em Agronegócio, Tecnologia em Produção sucroalcooleira e Tecnologia em Gestão Ambiental da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG Unidade Ituiutaba). É presidente do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso Tecnologia em Gestão Ambiental da mesma universidade.Tem experiência nas áreas de Ciências Sociais e Geografia, com ênfase nos estudos rurais, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas,politicas sociais, mobilidade espacial e migração, pobreza, desenvolvimento regional, desenvolvimento rural e lugar. (Fonte: Currículo Lattes)

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Publicado

2020-12-19

Como Citar

DE ALMEIDA BATISTA, E. H. Processos de branqueamento, racismo estrutural e tensões na formação social brasileira. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 4, n. 19, p. 11–37, 2020. DOI: 10.35416/geoatos.v4i19.7725. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/7725. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos