Fragmentação florestal da Mata Atlântica: conectividade potencial via polinização por mariposas e modelagem atmosférica

Autores

  • Marcio Luiz Gonçcalves D´Arrochella Laboratório de Ecologia florestal da Universidade Federal

DOI:

https://doi.org/10.35416/geoatos.v3i18.7362

Resumo

A fragmentação florestal promove inúmeras alterações no funcionamento dos ecossistemas, principalmente por fenômenos microclimáticos. Pode levar à extinções de espécies menos tolerantes, colonização de espécies invasoras, predomínio de espécies primárias e a chegada de pragas, o que diminui a biodiversidade intra fragmentos, gerando o empobrecimento genético. A Mata Atlântica no Brasil possui de 7 a 15 % de cobertura remanescente em diferentes níveis de integridade e de sucessão ecológica. Diante disso, a legislação ambiental brasileira criou os mosaicos de Unidades de Conservação e os Corredores Ecológicos com a finalidade de conservar/preservar os remanescentes e recuperá-los para promover a conectividade ecológica, que garantiria a troca gênica entre populações e a elasticidade genética. No entanto muitos projetos de implementação de corredores ecológicos são executados sem nenhum planejamento. Este estudo apresenta como possibilidade de entendimento da conectividade a síndrome de polinização por mariposas, já que estas, podem se aproveitar de brisas para voar longas distâncias, conectando manchas de fragmentos. Foi investigado o comportamento de voo, alimentar e sexual de 13 espécies de mariposas a partir de catálogo de referência e observações de campo na Reserva Ecológica do Guapiaçu (no município de Cachoeiras de Macacu -RJ), realizando-se estudos zoológicos e de modelagem atmosférica dos sistemas de brisas podendo identificar trajetórias potenciais de voo, que compõem um arranjo espacial. Os resultados indicam uma orientação espacial na qual norte/sul, o que é diferente da orientação dos projetos executados na área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcio Luiz Gonçcalves D´Arrochella, Laboratório de Ecologia florestal da Universidade Federal

Bacherel e Licenciado em Geografia (UFRJ). Especialização em Geologia do Quaternário (Museu Nacional/UFRJ). Mestre em Geografia (UERJ). Doutor em Geografia (UFF). 

Pesquisador Associado do Laboratório de Ecologia Florestal (LEF) Da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 

Referências

BROWN, J. H. e LIMONINO, M. V. Biogeografia. 2ª edição – Ribeirão Preto, SP: FUNPEC Editora, 2006.

D,ARROCHELLA, M. L. G. Potencial de conectividade de fragmentos florestais e paisagens de Mata Atlântica via polinização por mariposas e modelagem atmosférica em Cachoeiras de Macacu – RJ. Tese (Doutorado em Geografia). Universidade Federal Fluminense, 2019.

FARIAS, H. S. Espaços de risco à saúde humana na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: um estudo das trajetórias de poluentes atmosféricos no Arco Matropolitano, CSA e COMPERJ. Tese (Doutorado em Geografia). Universidade Federal Fluminense, 2012.

FREITAS, S. R. Modelagem de dados espectrais na análise de padrões de fragmentação florestal na Bacia do rio Guapiaçu (RJ). Tese (Doutorado em Geografia), Universidade Federal do Rio de Jnaeiro. Rio de Jnaeiro – RJ, 2004.

GIOVENARDI, R. Estudo da diversidade de borboletas (Lepidoptera, rhopalocera) em 2 localidades no município de Frederico Westphalen, RS, Brasil. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Animal), Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria – RS, 2007.

JANZEN, D. H. Ecologia Vegetal nos Trópicos. – São Paulo: EPU: Ed. Da USP, 1980.

LAROCA, S. e MIELKE, O. H. H. Ensaios sobre ecologia de comunidades em Sphingdae na Serra do Mar, Paraná, Brasil (Lepdoptera). Revista Brasileira de Biologia, Rio de Janeiro, v. 35, nº1, p. 1-19, 1975.

LEIVAS, J. F.; RIBEIRO, G. G.; SARAIVA, I.; SANTO, J. S. E.; SOUZA, M. B.; FILHO, J. R. Avaliação dos prognósticos de precipitação simulada pelo modelo BRAMS na Amazônia Ocidental na estação chuvosa. Acta Amazônica. Vol. 41 (3), 2011.

MARINONI, R. C.; DUTRA, R. R. C. e MIELKE, O. H. H. Levantamento da fauna entomológica no estado do Paraná: Sphingidae (Lepidoptera). Diversidade alfa e estrutura de comunidade. Revista Brasileira de Zoologia. 16 (supl. 2): 223-240, 1999.

MARTIN, A.; SOARES, A.; BIZARRO, J. Guia dos Sphingidae da Serra dos Órgãos – Sudeste do Brasil. REGUA publications, 2011.

MARCHIORI, L. A. C. Avaliação da estimativa da evapotranspiração obdita através do modelo BRAMS visando o uso de um modelo de estimativa de rendimento da soja no Rio Grande do Sul. Dissertação ( Mestrado em Sensoriamento Remoto). Programa de Pós Graduação em Sensoriamento Remoto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006.

METZGER, J. P. Como lidar com regras pouco óbvias para a conservação da biodiversidade em paisagens fragmentadas. Natureza & Conservação. Vol. 4, nº 2, pp. 11-23, 2006.Pr

OLIVEIRA, R.; DUARTE JUNIOR, J. A.; RECH, A. R.; ÁVILA JUNIOR, R. S. Polinização por lepidópteros. In: RECH, A. R.; AGOSTINI, K.; OLIVEIRA , P. E.; MACHADO, I. C. Biologia da Polinização. Revisora Editorial Ceres Belchior – Rio de Janeiro, 2014.

PEDRAS, A. B. V. Uso de métricas de paisagem na priorização espacial para a restauração ecológica no município de Cachoeiras de Macacu - RJ.. Monografia ( Especialização Analise Ambiental e Gestão do Território). Escola Nacional de Ciências Estatísticas, Rio de Janeiro, 2018.

WOLOWSKI, M.; NUNES, C. E. P.; AMORIM, F. W.;VIZENTIN-BUGONI, J.; AXIMOFF, I; MARUYAMA, P. K.; BRITO, V. L. G. e FREITAS, L. Interações planta-polinizador em vegetação de altitude na Mata Atlântica. OecologiaAustralis. 20(2): 7-23, 2016.

Downloads

Publicado

2020-08-10

Como Citar

D´ARROCHELLA, M. L. G. Fragmentação florestal da Mata Atlântica: conectividade potencial via polinização por mariposas e modelagem atmosférica. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 3, n. 18, p. 101–116, 2020. DOI: 10.35416/geoatos.v3i18.7362. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/7362. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos