A segregação socioespacial gerada pela produção do espaço habitacional na cidade de Maringá/PR
DOI:
https://doi.org/10.35416/geoatos.v3i18.6980Resumo
Este artigo apresenta considerações sobre as relações das habitações sociais no processo de produção do espaço urbano brasileiro. De modo mais preciso, quais as possíveis relações entre o Programa Minha Casa, Minha Vida, sua parceria com os grandes agentes e os processos de segregação socioespacial. Ao promover grandes reassentamentos populacionais e novas formações socioespaciais, no caso das metrópoles e de cidades médias brasileiras, os sujeitos ficam submetidos a um processo de segregação socioespacial. É o que acontece no município de Maringá no Estado do Paraná e em seus distritos – Floriano e Iguatemi. Apesar do programa habitacional fornecer acesso à moradia, os indivíduos acabam sendo enfraquecidos social e territorialmente, pois o direito à cidade não acompanha o benefício. Na medida em que, são realocados para residir em áreas periféricas afastadas dos grandes centros, de modo que acaba dificultando o acesso à cidade, além de também gerar grandes vazios urbanos. Nesse sentido, o presente artigo busca mostrar os efeitos territoriais existentes ligados as habitações sociais que são destinadas às classes de menor renda. No caso, as habitações do Programa Minha Casa, Minha Vida no distrito de Floriano. A partir de estudos sobre produção do espaço urbano maringaense e de uma visita de campo se buscou analisar a dinâmica socioespacial do perímetro, foi possível constatar a falta de equipamentos públicos e privados, mesmo após a implementação de três conjuntos habitacionais. Essa dinâmica urbana atrelada ao valor do terreno e a renda dos indivíduos, acaba fortalecendo desigualdades territoriais entre diferentes áreas do município.
Palavras-chave: Segregação Socioespacial; Programa Minha Casa, Minha Vida; Habitações Sociais; Maringá.