A dimensão afetiva na experiência urbana: os sentidos do habitar na cidade contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.35416/geoatos.v5i12.6555Resumo
No período contemporâneo, verificamos uma ênfase na difusão de imaginários urbanos, pautados em modo distintivo e fragmentário de viver a cidade tendo os muros como delimitador da sociabilidade urbana, a qual passa a realizar-se em enclaves. O que, em nosso entendimento, revela um conjunto de fatores imbuídos em uma produção prática do espaço como padrões comportamentais, relações afetivas, de valor e status social que aprofundam as desigualdades socioespaciais. Com o presente texto objetivamos refletir sobre a experiência urbana na contemporaneidade lida através das emoções e afetividade incorporadas e localizadas no contexto da vida cotidiana. Para tanto, a proposta metodológica direciona-se no sentido de tornar cognoscível as representações e simbolismos dessa experiência no espaço urbano com o uso de mapas afetivos. Uma metodologia baseada em mapas abstratos e metáforas como recursos apreensão dos afetos. O debate aqui proposto ancora-se, sobretudo, em uma revisão bibliográfica e nos indica que a experiência urbana a partir dos novos habitats, expressa a desigualdade presente na realidade brasileira e mostra-se como uma forma de enfraquecimento da experiência urbana, condição que pode ser apreensível a partir de uma metodologia que privilegie a afetividade na dinâmica socioespacial permitindo uma leitura mais subjetiva da experiência urbana.
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