ANÁLISE GEOGRÁFICA DA ATUAÇÃO DA OPERAÇÃO PIPA NO SERTÃO PARAIBANO
DOI :
https://doi.org/10.33081/formacao.v30i57.9217Résumé
O sertão paraibano, inserido no contexto do semiárido brasileiro, caracteriza-se por apresentar longos períodos de estiagens e secas, causando diversos prejuízos sociais e econômicos, agravando as desigualdades existentes na região. A escassez hídrica existente na paisagem regional é resultante das condições naturais e climáticas, o qual os eventos de chuva ocorrem de maneira concentrada e irregular ao longo do ano e dificultam a presença de água no subsolo. Nesse contexto, diversas políticas públicas foram criadas ao longo da história, com o objetivo de propiciar uma maior disponibilidade hídrica na região. Dentre estas, pode ser citada a Operação Pipa, do governo federal e foco deste estudo. O objetivo desse trabalho é mapear e analisar as ações da Operação Pipa no Sertão Paraibano. A metodologia empregada foi a análise espacial e para isso, foram utilizados os dados secundários oriundos do Comando Militar do Nordeste (CMNE), referentes a atuação da Operação. Os dados e a análise são referentes a maio de 2016, pertencente à estação chuvosa da região. De acordo com o período analisado, dos 83 municípios, 52 estavam sendo atendidos pela Operação, os quais 329 carros-pipa captavam água de cinco mananciais e supriam 2.538 pontos de atendimentos que atendiam 123.136 habitantes. Através de ferramentas de SIG’s (Sistema de Informações Geográficas) foi possível a confecção de mapas temáticos, e por meio destes, foi capaz a realização de uma análise espacial da operação na região.
Téléchargements
Références
AGÊNCIA EXECUTIVA DEGESTÃO DE ÁGUAS DO ESTADO DA PARAÍBA - AESA. PERH-PB: Plano Estadual de Recursos Hídricos: Resumo Executivo & Atlas. Brasília, DF, 2006. 112p.
____________. (Org.). Volume dos açudes. Disponível em: http://site2.aesa.pb.gov.br. Acesso em: 18 Set. 2018
ASSUNÇÃO, L. M.; LIVINGSTONE, I. Desenvolvimento inadequado: construção de açudes e secas no sertão do nordeste. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 47, n. 3, p. 425-448, jul. 1993. ISSN 1806-9134. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbe/article/view/582>. Acesso em: 18 Set. 2018.
ARAÚJO, C. F. - Mapeamento das Tecnologias Sociais Hídricas nos Municípios de Juazeirinho e Soledade no Estado da Paraíba. 56p. Monografia. Graduação em Geografia – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil. 2011.
ARAÚJO, S. M. S. de. A Região Semiárida do Nordeste do Brasil: questões ambientais e possibilidades de uso sustentável dos recursos. Rios Eletrônica - Revista Científica da FASETE. Ano 5, n. 5, 2011.
BECKER, C.; MELO, M.; COSTA, M.; RIBEIRO, R.. Caracterização Climática das Regiões Pluviometricamente Homogêneas do Estado da Paraíba (ClimaticCharacterizationRainfallHomogeneousRegionsoftheStateofParaiba). Revista Brasileira de Geografia Física, América do Norte, 423 09 2011.
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. MIN/Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional. Nova delimitação do semiárido brasileiro. 2005.
_______. Ministério da Integração Nacional. Portaria Interministerial nº 01, de 12 de julhode 2012. Brasília: Diário Oficial da União, Disponível em:<http://www.mi.gov.br/documents/301094/3902588/Portaria+Interministerial+MIMD+nº+1+de+2012. pdf/184570b1-1c46-4576-9513-c76144ac27ce>. Acesso em: 3 Jun. 2017.
_______. Resolução 115 de novembro de 2017. Conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste –SUDENE. Recife. 2017. Disponível em <http://sudene.gov.br/images/arquivos/semiarido/arquivos/infografico-semiarido-delimitacao.png>. Acesso em Julho de 2018.
BURITI, Catarina de Oliveira; BARBOSA, Humberto Alves. Um século de secas: por que as políticas hídricas não transformaram o Semiárido brasileiro?. 1. ed. Portugal: Chiado Editora, 2018. v. 1. 432p .
CAMPOS, José Nilson B.. Secas e políticas públicas no semiárido: ideias, pensadores e períodos.In: Estud. av., São Paulo , v. 28, n. 82, p. 65-88, Dec. 2014 . Disponívelem:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103--0142014000300005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 Mai 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142014000300005.
CEPED/UFSC. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais 1991 a 2010: Volume Paraíba. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: CEPED/UFSC, 2012.
COSTA, J. A. O Fenômeno El Niño e as secas no Nordeste do Brasil. EDUCT, v. 3, p. Artigos-12, 2012.
DANTAS, J. C. Gestão da Água, Gestão da Seca: A centralidade do açude no gerenciamento dos recursos hídricos no semiárido. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal da Paraíba. Departamento de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geografia. João Pessoa, 2018.
FARIAS, T. S.. Rodovias das Águas: Uma Análise Espacial da Operação Pipa no Semiárido Paraibano. 81p. Monografia. Graduação em Geografia – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil. 2018.
FBB – Fundação Banco do Brasil. Cisterna de placas: tecnologia social como política pública para o semiárido brasileiro / Organizado por Jeter Gomes. 1 ed. Brasilia: FundaçãoBanco do Brasil, 2014.
GIRÃO, O. Reconstrução do clima no nordeste brasileiro: Secas e enchentes do século XIX. Finisterra, Lisboa, v. 93, n. 47, p.29-47, 2012. Disponível em: <http://revistas.rcaap.pt/finisterra/article/view/1256/978>. Acesso em: 18 Jun. 2018.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da População Residente para os Municípios e para as Unidades da Federação Brasileiros. 2016
INSA. MEDEIROS, S. S. etal. Sinopse do Censo Demográfico para o Semiárido Brasileiro.Campina Grande. Instituto Nacional do Semiárido - INSA, 2012.
MACHADO, T. T. V.; DIAS, J. T. ; CABRAL da SILVA, T. . Evolução e avaliação das políticas públicas para a atenuação dos efeitos da seca no semiárido brasileiro. Gaia Scientia, v. 11, p. 84-103, 2017.
MALVEZZI, R. Semi-árido – Uma visão holística. Brasília: CONFEA-CREA, 2007.
MARENGO J. A. et al. Variabilidade e mudanças climáticas no semiárido brasileiro. In: Salomão de Sousa Medeiros, Hans RajGheyi, Carlos de Oliveira Galvão, Vital Pedro da Silva Paz. (Org.). Recursos Hídricos e Regiões Áridas e Semiáridas. Campina Grande, PB: INSA, 2011, v. , p. 383-416.
MOLLE, F. Marcos Históricos e Reflexões sobre a Açudagem e seu aproveitamento. Recife, SUDENE, 1994
MOREIRA, E. R. F. O Espaço Natural Paraibano. João Pessoa, UFPB, Departamento de Geociências, 2000.
MENEZES, H. E. A. et al. A relação entre a temperatura da superfície dos oceanos tropicais e a duração dos veranicos no Estado da Paraíba.Rev. bras. meteorol., São Paulo , v. 23, n. 2, p. 152-161, June 2008 . Availablefrom<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-77862008000200004&lng=en&nrm=iso>. Acessoem: 08 Jul. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-77862008000200004.
POLLETO, I. - Da Indústria da Seca para a Convivência com o Semiárido Brasileiro. In: Água da Chuva: o segredo da convivência com o Semi-árido Brasileiro/Cáritas Brasileira. Comissão Pastoral da Terra, Fian/Brasil - São Paulo. Editora: Paulinas, 2001.
RODRIGUES, L. M.; SILVA, A. R. O.; MOREIRA, E. R. F. A Luta Camponesa por terra no semi-árido. Okara: Geografia em Debate (UFPB), v. 1, p. 3-8, 2009.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: Território e sociedade no início do século XXI.Rio de Janeiro: Record, 2001.
SCHMIDT, D. M. Dinâmica das configurações de formação e inibição das chuvas no Rio Grande do Norte: caracterização hidroclimática do estado. 2014. 132f. Tese (Doutorado em Ciências Climáticas) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.
SEGUNDO NETO, F. V. Análise Espacial das Obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Eixo Leste) no Estado da Paraíba.71p. Monografia. Graduação em Geografia - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil. 2014.
SUASSUNA, J. SEMI-ÁRIDO: proposta de convivência com a seca.FUNDAJ/DESAT, fev. 2002, 14p. Disponível em http://www.fundaj.gov.br, acesso em Julho de 2018.
TORRES, A.T.G. Hidroterritórios (Novos territórios da água): Os instrumentos de gestão dos recursos hídricos e seus impactos nos arranjos territoriais. Dissertação (Mestrado). UFPB, 2007.
UNCCD.An introduction to the United Nations Convention to combat desertification.United Nations.2000.Disponívelem:http://www.unccd.int.
VIANNA, Pedro Costa Guedes et al. Conflito pelo uso de água no Canal da Redenção: Caso do Assentamento Acauã - Aparecida/PB. In: SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO NORDESTE, 8., 2006, Gravatá. VIII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. Gravatá: 2006. v. 1, p. 3 - 256.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os artigos submetidos a revista Formação Online estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de Licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Todos os direitos reservados. A reprodução integral e/ou parcial da revista é permitida somente se citada a fonte. A divulgação dos trabalhos em meio digital e impresso é permitida, desde que a comissão de publicação autorize formalmente, sendo vedada a comercialização dos dados e informações a terceiros. O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade dos seus autores, sendo que a revista se isenta de qualquer responsabilidade relacionada aos mesmos. Esta é uma revista de caráter científico e está sujeita a regras e ao domínio da Universidade Estadual Paulista.
