O MODELO DO “ESTADO MODELO”: o espaço sul-mato-grossense e as demandas a ele submetidas pós golpe de 1964
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v27i52.7168Resumo
Neste artigo buscamos compreender a institucionalização do planejamento no seio do Estado pós–Golpe de 1964, e a definição das políticas de integração regional como medida de desenvolvimento para o espaço sul-mato-grossense, tendo como objeto de análise um conjunto de planos e programas de desenvolvimento direcionados para esse espaço entre os anos da Ditadura Militar. Os seguintes procedimentos de pesquisa foram adotados: revisão de literatura, primeiro, buscando compreender o sistema de (re)produção do capital, sua relação com o Estado e (re)produção do espaço, dessa forma, percorrendo pelo discurso ideológico que lhe dá sustentação. Secundariamente, buscando documentos oficiais de órgãos governamentais encarregados institucionalmente de planejar, executar e acompanhar as políticas públicas de planejamento e do desenvolvimento afim de compreender as políticas adotadas no período, além da produção de quadros, gráfico e produtos cartográficos. Como resultado observamos a ação do Estado no ajustamento desse espaço para a reprodução ampliada do capital, que culminou na sua constituição enquanto Unidade Federativa, discursivamente apresentada como estratégica para o desenvolvimento da região, pautada na adoção de uma estratégia de desenvolvimento polarizada, configurando-se na elevação de algumas cidades ao status de polo de desenvolvimento, com alta concentração dos recursos na implantação de infraestrutura de logística, armazenamento e pesquisa agropecuária, além de ampliação de linhas de financiamento para o agronegócio, confirmando o papel do Estado enquanto fundo público indispensável para o desenvolvimento capitalista.
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