ASPECTOS DO CRESCIMENTO POPULACIONAL: ESTIMATIVAS E USO DE INDICADORES SÓCIO DEMOGRÁFICOS
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v27i50.5928Resumo
A dinâmica populacional vem sendo discutida nos últimos tempos em razão das transformações ocorridas na sua composição, a exemplo do rápido crescimento do estrato mais idoso. Neste trabalho, além da discussão das bases teóricas, tratam-se, de forma breve, alguns aspectos das alterações ocasionadas pelas determinantes da transição demográfica e a análise de indicadores socioeconômicos. Observa-se o decréscimo da taxa média geométrica de crescimento anual no Brasil desde o decênio 1960-1970 até a última década: 2,89% e 1,17%, respectivamente. Para 2020, estimou-se uma população de 214.205.940 pessoas. Não obstante São Paulo apresentar maior crescimento absoluto, o crescimento relativo mais forte ocorreu nos estados da Região Norte, especialmente no Amapá, em Roraima e no Acre. Essa tendência já tinha sido constatada pelo Censo de 2010. Em 2008, para 177 países, ocorreu forte correlação negativa entre o IDH e a TFT (r = 0,87) e entre o IDH e a TMI (r = -0,93). Já a correlação verificada entre a TFT e a TMI também foi forte, porém positiva (r = 0,88).
Downloads
Referências
BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às Ciências Sociais. 5. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Informações de Saúde (TABNET). Taxa de crescimento da população. 2018. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/LivroIDB/2edrev/a03.pdf>. Acesso em: 01 de ago. de 2018.
BRITO, F. A transição demográfica no Brasil: as possibilidades e os desafios para a economia e a sociedade. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2007. 28p. (Texto para discussão 318).
CARMO, R. L. do; CAMARGO, K. C. M. Dinâmica demográfica brasileira recente: padrões regionais de diferenciação. Rio de Janeiro: Ipea, 2018. 107p. (Texto para discussão 2415).
CARVALHO, J. A. M. de. Crescimento populacional e estrutura demográfica no Brasil. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2004. 18 p. (Texto para discussão 227).
CARVALHO, J. A. M.; GARCIA, R. A. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 725-733, 2003.
CARVALHO, J.A.M.; RODRÍGUEZ-WONG, L.L. A transição da estrutura etária da população brasileira na primeira metade do século XXI. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 3, p. 597-605, 2008.
CASTIGLIONI, Aurélia H. Inter-relações entre os processos de transição demográfica, envelhecimento populacional e transição epidemiológica no Brasil. In: V CONGRESO DE ALAPLastransicionesen América Latina y el Caribe. Cambios demográficos y desafíossociales presentes y futuros, 2012, Montevideo. Lastransicionesen América Latina y el Caribe. Cambios demográficos, 2012. p. 1-30.
DAMIANI, Amélia. População e Geografia. 9. ed., 1ª reimpressão - São Paulo: Contexto, 2008.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv49230.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2017.
______. Censo Demográfico 2010 - Resultados gerais da amostra. Rio de Janeiro, 27 de abril de 2012. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000008473104122012315727483985.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2017.
______. Tabela 200 - População residente, por sexo, situação e grupos de idade - Amostra - Características Gerais da População. SIDRA. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/200>. Acesso em: 01 ago. 2018.
______. Tabela 1 - Taxa média geométrica de crescimento anual da população residente, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação - 1950/2000. 2018. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tendencia_demografica/tabela01.shtm>. Acesso em: 01 ago. 2018.
FONTANA, Raphael L. M. et al. Teorias demográficas e o crescimento populacional no mundo. Ciências Humanas e Sociais Unit, Aracajú, v. 2, n. 3, p. 113-124, 2015.
FURTADO, Celso. Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1964.
GIVISIEZ, GHN. Introdução a métodos de estimativas e interpolação populacionais. In: Riani JLR, Rios-Neto ELG (Org.). Introdução à Demografia da Educação. Campinas: ABEP; 2004. p. 45-70. Disponível em: <http://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/livros/article/view/151/149>. Acesso em: 15 jun. 2017.
LUCCI, ElianAlabiet al. Território e sociedade: Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2005.
MALTHUS, Thomas Robert. Ensaio sobre a população. São Paulo: Abril Cultural, v. 328, 1983. Disponível em: <https://xa.yimg.com/kq/groups/26860135/85235795/name/Ensaio+sobre+a+popula%C3%A7%C3%A3o+-+Malthus.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2017.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1976. p. 187-213.
MEIER, Gerald M.; BALDWIN, Robert E. Desenvolvimento
econômico: teoria, história, política. São Paulo: Mestre Jou, 1968.
MILLÉO, José Carlos. Uma perspectiva sobre a geografia da população a partir de algumas obras de Ruy Moreira. Ensaios de Geografia, v. 3, p. 7-25, 2014. Disponível em: . Acesso em: 14 jun. 2017.
PATARRA, Neide L.; FERREIRA, Carlos E. Repensando a transição demográfica: formulações, críticas e perspectivas de análise. Campinas: NEPO/Unicamp, 1986. (textos NEPO, 10).
POPULATION REFERENCE BUREAU. 2008 - World Population Data Sheet. Disponível em: <http://www.prb.org/pdf08/08WPDS_Eng.pdf>. Acesso em: 01ago. 2018.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD).Relatório sobre o desenvolvimento humano no Brasil 1996. Rio de janeiro: IPEA, 1996.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO NOBRASIL (PNUD Brasil). O que é o IDH. Disponível em: <http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/conceitos/o-que-e-o-idh.html.>. Acesso em: 01ago. 2018.
RENNER, Cecília H.; PATARRA, Neide L. Migrações. In: SANTOS, J.L.F.; LEVY, M.S.F.; SZMRECSÁNYI, T. (Orgs.). Dinâmica da população: teoria, métodos e técnicas de análise. São Paulo: T.A.Queiroz, 1980. p. 236-260.
RIGOTTI, J. I. R. Transição Demográfica. Educação Realidade, Porto Alegre, v. 37, n. 2, p. 467-490, 2012.
RIO GRANDE DO SUL (Estado). Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul. ISBN: 978-85-89443-12-8. Edição: 3. ed. Demografia. Crescimento Populacional. Disponível em: <http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/crescimento-populacional> Acesso em: 01ago. 2018.
RIPSA (Rede Interagencial de Informação para a Saúde). Fichas de Qualificações de Indicadores. In: Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações / Rede Interagencial de Informação para a Saúde - Ripsa. – 2. ed. – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/livroidb/2ed/indicadores.pdf>. Acesso em: 24 de abr. de 2017.
ROGERSON, P. A. Métodos estatísticos para Geografia: um guia para o estudante. 3. ed.Porto Alegre: Bookman, 2012.
SANDRONI, Paulo. Dicionário de economia do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2005.
SOUZA, Nali de J. de. Desenvolvimento econômico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
SZMRECSÁNYI, Tamás. Retrospecto histórico de um debate. In: SANTOS, J.L.F.; LEVY, M.S.F.; SZMRECSÁNYI, T. (Orgs.). Dinâmica da população: teoria, métodos e técnicas de análise. São Paulo: T.A.Queiroz, 1980. p. 263-274.
TAVARES, J. M. da S.; PEREIRA NETO, C.P. Migrações no Brasil: uso de indicadores para identificação de diferenças regionais. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 20, n. 70, 2019.
VASCONCELOS, A. M. N.; GOMES, M. M. F. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 21, n. 4, p. 539-548, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos submetidos a revista Formação Online estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de Licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Todos os direitos reservados. A reprodução integral e/ou parcial da revista é permitida somente se citada a fonte. A divulgação dos trabalhos em meio digital e impresso é permitida, desde que a comissão de publicação autorize formalmente, sendo vedada a comercialização dos dados e informações a terceiros. O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade dos seus autores, sendo que a revista se isenta de qualquer responsabilidade relacionada aos mesmos. Esta é uma revista de caráter científico e está sujeita a regras e ao domínio da Universidade Estadual Paulista.