A CASA DA/NA TRANSITORIEDADE: EXPERIÊNCIAS NA MIGRAÇÃO PENDULAR DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS PARA O CAMPUS X – UEPA/IGARAPÉ-AÇU (PA)
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v2i23.4129Resumo
A migração diária de pessoas que fazem do fluxo um fenômeno de acesso para estudar e/ou trabalhar, pela falta de oportunidades em seus municípios de origem residencial, caracteriza o fenômeno da pendularidade. Mas as implicações deste fenômeno não impactam apenas percepções espaciais dos migrantes pendulares em uma simples relação origem-destino, mas também incita pensarmos sobre suas relações com espaços mais íntimos, como a casa, por conta do abando-retorno diário. Reverberações sobre este processo atingem o município de Igarapé-Açu, Estado do Pará, onde está localizado o Campus X, da Universidade do Estado do Pará, para o qual, universitários de diversas cidades empreendem a migração pendular. Para pensar este contexto, propomos como objetivo central para este artigo, compreender as experiências do estudante-migrante com sua casa, em uma vivência cotidianamente marcada pela pendularidade entre seus municípios de origem e Igarapé-Açu. Utilizando do método fenomenológico, entrevistamos quatro estudantes-migrantes para compreender como este fenômeno migratório fomenta implicações nas experiências diárias destes migrantes pendulares em relação ao seu habitar. O deslocamento diário de pessoas que migram para estudar em outras cidades pela falta de oportunidades em suas cidades de origem e/ou residencial, representa toda uma nova espacialização das relações casa-migrante, engendrando experiências onde habitar nas cidades dentro de um contexto de pendularidade é estar pautado em ritmos e rotinas diárias, de intensa transitoriedade e instabilidade em habitações que deveriam ser um aporte para segurança e estabilidade.Downloads
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