TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: A MEDICALIZAÇÃO E A COAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO MORAL
DOI:
https://doi.org/10.14572/nuances.v25i1.2724Palavras-chave:
TDAH, Medicalização, Educação, Desenvolvimento MoralResumo
O presente texto aborda criticamente o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o qual preocupa pelo crescente número de encaminhamentos. Respaldado por uma visão hegemônica e medicalizante, o diagnóstico de tal patologia conquistou espaço na atualidade e atinge diretamente a educação, pois transfere para o campo da saúde questões provenientes do campo educacional. Na busca por solucionar a indisciplina e os problemas de aprendizagem, desloca-se de uma discussão político-pedagógica e utiliza-se a administração de medicamentos conhecidos como “drogas da obediência”. Desta forma, este texto pretende disparar uma reflexão sobre a patologização e a medicalização da infância como, também, ressaltar brevemente alguns mecanismos de controle que foram instaurados ao longo do tempo e suas implicações ao desenvolvimento moral da criança. Para tanto, emprega-se nesta discussão peculiaridades da posição genealógica de Foucault e da teoria construtivista de Piaget.
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