TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: A MEDICALIZAÇÃO E A COAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO MORAL

Autores

  • Fabiola Colombani Unesp
  • Raul Aragão Martins UNESP
  • Alessandra de Morais Shimizu UNESP

DOI:

https://doi.org/10.14572/nuances.v25i1.2724

Palavras-chave:

TDAH, Medicalização, Educação, Desenvolvimento Moral

Resumo

O presente texto aborda criticamente o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o qual preocupa pelo crescente número de encaminhamentos. Respaldado por uma visão hegemônica e medicalizante, o diagnóstico de tal patologia conquistou espaço na atualidade e atinge diretamente a educação, pois transfere para o campo da saúde questões provenientes do campo educacional. Na busca por solucionar a indisciplina e os problemas de aprendizagem, desloca-se de uma discussão político-pedagógica e utiliza-se a administração de medicamentos conhecidos como “drogas da obediência”. Desta forma, este texto pretende disparar uma reflexão sobre a patologização e a medicalização da infância como, também, ressaltar brevemente alguns mecanismos de controle que foram instaurados ao longo do tempo e suas implicações ao desenvolvimento moral da criança. Para tanto, emprega-se nesta discussão peculiaridades da posição genealógica de Foucault e da teoria construtivista de Piaget.

http://dx.doi.org/10.14572/nuances.v25i1.2724

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Biografia do Autor

Fabiola Colombani, Unesp

possui graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista, UNESP/Assis, especialização em Psicologia Escolar e Educacional pelo CFP (Conselho Regional de Psicologia), mestrado em Psicologia pela UNESP/Assis, na linha de Infância e Realidade Brasileira. Atualmente é doutoranda em Educação pela UNESP/Marília na linha de pesquisa Psicologia da Educação: Processos Educativos e Desenvolvimento Humano, bolsista CAPES e membro do Núcleo de Medicalização do Social no Contemporâneo, do GEPEES (Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Ética e Sociedade) e do grupo de pesquisa Desenvolvimento sociomoral de crianças e adolescentes.

Raul Aragão Martins, UNESP

graduado em Psicologia pela Faculdade Salesiana de Filosofia Ciências e Letras de Lorena, mestre e doutor em Psicologia pela Fundação Getúlio Vargas - RJ. Livre-Docente em Psicologia da Educação pela Universidade Estadual Paulista - UNESP.  Atualmente é professor adjunto do departamento de Educação do (IBILCE/ Rio Preto) e professor orientador no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências, ambos da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Social e da Personalidade, atuando principalmente nos 
seguintes temas: desenvolvimento sociomoral, uso de álcool e outras 
drogas por adolescentes, desenvolvimento infantil, educação infantil e crianças e adolescentes em vulnerabilidade social.

Alessandra de Morais Shimizu, UNESP

psicóloga, mestre e doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista, UNESP. É professora assistente do Departamento de Psicologia da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, Campus de Marília. Sua área de pesquisa é a Psicologia do Desenvolvimento Moral, os Instrumentos de Medida Moral e a Teoria das Representações Sociais.

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Publicado

09-04-2014

Como Citar

COLOMBANI, F.; MARTINS, R. A.; SHIMIZU, A. de M. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: A MEDICALIZAÇÃO E A COAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO MORAL. Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 25, n. 1, p. 193–210, 2014. DOI: 10.14572/nuances.v25i1.2724. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/2724. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos - FLUXO CONTÍNUO