BRASIL E COLÔMBIA: DESENVOLVIMENTO, SAÚDE E PRÁTICAS ESPACIAIS/Brasil y Colombia: desarrollo, salud y prácticas espaciales
DOI:
https://doi.org/10.47946/rnera.v21i45.5865Palabras clave:
Geografia rural, Desenvolvimento rural, Brasil, Colômbia, Serviços de saúde na zona rural, Saúde pública, Práticas espaciais.Resumen
Os governos latino-americanos da Colômbia e do Brasil oferecem serviços de saúde para as populações rurais que, segundo os próprios movimentos camponeses, na maioria das vezes, não contemplam suas necessidades específicas. Na busca de melhor entender essa realidade, foi realizada uma análise das experiências relacionadas à saúde e às práticas espaciais das comunidades camponesas no Brasil e na Colômbia, refletindo sobre suas condições, seus conhecimentos, as influencias que estes conhecimentos têm, procurando identificar a realidade dos atendimentos em saúde para estas comunidades e escutando a opinião da população rural sobre essa temática. Entendendo que a promoção à saúde está para além de somente morar no campo, ressaltamos ser necessário condições mínimas para garantir a qualidade de vida, através do cuidado com a natureza, com a água e com a alimentação. No Brasil, a forte influência da cidade no campo faz com que as comunidades estejam dependentes dos produtos e processos que a urbanidade oferece. Na Colômbia, o choque com as realidades urbanas tem sido ainda mais forte, uma vez que os indígenas têm precisado viver numa realidade que desconheciam nas suas comunidades ancestrais e tem precisado conviver com pessoas que não os escutam nem os entendem nem estão abertos a entendê-los. Esta constante dicotomia entre campo e cidade, nas duas realidades visitadas, faz com que as práticas espaciais passem por modificações constantemente. Da visita no resguardo indígena se aprendeu que a saúde tem se enfraquecido porque a ‘Madre Tierra’ não está sendo respeitada.
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