A fragmentação socioespacial e sua relação com as dinâmicas afetivas
DOI :
https://doi.org/10.35416/geoatos.v5i12.6516Résumé
Este artigo traz uma reflexão sobre processos envolvidos na produção contemporânea das cidades médias e a sua relação com a dinâmica afetiva dos sujeitos sociais autossegregados. Partindo de uma leitura de afeto baseada na obra do filosofo Baruch Spinoza, buscamos dialogar com outros autores que relacionam aspectos da vida subjetiva às práticas espaciais dos citadinos. O artigo está dividido em quatro partes. Na primeira parte, “Introdução”, apresentamos o tema ao leitor. Na segunda parte, trazemos o conceito de segregação e fragmentação socioespacial e sua relação com o medo. Na terceira parte, avançamos sobre a compreensão do medo como um dos principais afetos da vida contemporânea, sua relação com a autossegregação, a dinâmica afetiva correspondente e com uma certa sujeição que se submetem esses sujeitos sociais. Posteriormente fazemos uma reflexão de como os processos urbanos acima mencionados tem contribuído para uma homogeneização de aspectos das vida urbana que vão além do conteúdo material das cidades. E, por fim, apresentamos as considerações finais.
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