A NATURALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO POSSIBILIDADE FORMATIVA NAS PRISÕES SOB A PERSPECTIVA CRÍTICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32930/nuances.v30i1.6744

Palavras-chave:

Educação em prisões. Encarceramento. Educação de Jovens e Adultos

Resumo

A questão das prisões no Brasil deve ser compreendida com uma das maiores questões sociais, políticas e econômicas brasileiras, nos levando a um amplo debate sobre o sistema prisional especialmente sua relação com as práticas educativas formais. Diante disso, por meio de um estudo histórico da construção do conceito de criminalização academicamente mediante a perspectiva crítica, o objetivo geral deste artigo é o de analisar a oferta de educação nas prisões tendo a Educação de Jovens e Adultos como modalidade quase exclusiva no atendimento das pessoas em cumprimento de pena. Fez-se uso da pesquisa qualitativa, a qual utilizou instrumentos metodológicos tais como: análise documental, pesquisa bibliográfica, e observação participante, para que em posse dos relatos e dados obtidos, se percebeu uma naturalização da EJA, enquanto única possibilidade formativa, não sendo essa modalidade integrada às demais vertentes de formação. Deste modo, destacamos a necessidade de uma nova plataforma política e pedagógica que não só ofereça a Educação Básica, mas também a Educação Profissional e Universitária com reais possibilidades de acesso à Universidade Pública, contando com a participação da sociedade civil e dos movimentos sociais nesta disputa ideológica.

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Biografia do Autor

Walace Roza Pinel, Doutorando e mestre em Educação pela FE/UnB

Mestre e Doutorando em Educação pela Universidade de Brasília na linha de pesquisa em Políticas Públicas e Gestão da Educação. Atualmente professor de Educação Básica na Secretaria de Estado de Educação do DF. Especialista em Psicopedagogia e Licenciado em Pedagogia. Pesquisador do Grupo de Pesquisas (CAPES/CNPq) Consciência e Pós-Populares - Democratização do Acesso à Universidade Pública pelo Chão da Pesquisa (FE/UnB). Foi professor EBTT no Instituto Federal de Goias em 2018. Foi bolsista CAPES/CNPq no Proeja-Transiarte em 2016 junto ao IFB - São Sebastião. Professor Tutor em EaD no IFB nos anos de 2017 e 2018 atuando junto ao PRONATEC; Professor Tutor na UniLasalle do curso de Pedagogia em 2018. Professor nos cursos de Pedagogia, Administração na FASOL em 2019. Tem experiência em: EaD; Educação Profissional; Educação de Jovens e Adultos; Educação em Prisões; Educação Popular; Materialismo Histórico Dialético; Metodologia da Pesquisa; Educação e Trabalho; e Educação em Direitos Humanos.

Erlando da Silva Reses, Professor Associado FE/UnB

Professor Associado da Faculdade de Educação (FE) da Universidade de Brasília (UnB) e Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). Doutor em Sociologia com pesquisa na área de Sociologia do Trabalho e da Educação. Mestre em Sociologia com pesquisa na área de Sociologia no Ensino Médio. Bacharel em Sociologia com estudo na área de Sociologia Política e Licenciado em Ciências Sociais, todos os títulos pela Universidade de Brasília (UnB). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Materialismo Histórico-Dialético e Educação (CONSCIÊNCIA). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho (GEPT) do Instituto de Ciências Sociais (ICS)/Departamento de Sociologia da UnB. Coordenador de Programas de Democratização do Acesso à Educação Superior: FORMANCIPA (Formação Integrada e Emancipadora de Acesso à Educação Superior) e Pós-Populares - Democratização do Acesso à Universidade Pública pelo Chão da Pesquisa. Tem experiência na área de Sociologia; Políticas Públicas de Educação; Currículo; Epistemologias; Formação de Professores; Educação de Jovens e Adultos; Educação Popular; Ensino de Sociologia; Ensino Médio; Metodologia da Pesquisa; Educação em Direitos Humanos, Educação em Prisões, Gênero, Raça e Classe.

Lenilda Damasceno Perpetuo, Doutoranda e mestre em Educação pela FE/UnB

Professora da Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação do Distrito Federal, Mãe, Mulher trabalhadora, militante da Educação popular, pública transformadora e de qualidade, da Educação de Jovens e adultos (EJA), alfabetizadora popular, pesquisadora em acampamentos ciganos Calon, autora da dissertação sobre Processo de Escolarização da Comunidade Cigana Calon - publicada: http://repositorio.unb.br/handle/10482/31549. Sempre militando em defesa dos direitos humanos, diversidade, igualdade racial, causas relativas às lutas de classes, ao proletariado oprimido e as desigualdades sociais que infelizmente na nossa sociedade capitalista insiste em acentuar cada vez mais esse abismo social. Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Maranhão UEMA (1998), Especialista em docência do Ensino Superior , pela FENOM, , Instituto Prominas (2004), Especialista em Educação na Diversidade e Cidadania com Ênfase na Educação de Jovens e Adultos EJA pela Faculdade de Educação da UnB. Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília UnB, na linha de Políticas Públicas POGE. doutoranda em Educação POGE pela UnB, Pauto minha trajetória acreditando numa educação libertadora que emancipa os seus sujeitos e sujeitas e os retiram do lugar "comum" para a conquista de espaços de fortalecimentos, de fala e de escuta crítica consciente, numa perspectiva freireana onde a práxis e a dialética cumprem o seu papel no movimento. Durante minha vida profissional trabalhei em todos os níveis de Escolarização: Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais e finais), Ensino Médio, Educação de Jovens e adultos EJA e Alfabetização de adultos trabalhadores. Trabalhei na gestão da Escola Pública CEF03 do Paranoá DF, Fui coordenadora intermediária da EJA em Sobradinho e depois, assessora pedagógica na Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho DF. Aturi como Coordenadora Intermediária e elo das escolas de Ensino Médio da CRE Paranoá, faço a interlocução das escolas com a Secretaria de Educação, levando e articulando Programas e Políticas Públicas voltadas para essa modalidade de Ensino. Atualmente estou Vice-diretora do CEF 02 do Paranoá, onde trabalhamos seriamente no processo de Inclusão dos estudantes com necessidades especiais. Como acadêmica do doutorado na faculdade de Educação da UnB, trabalho voluntariamente no Programa de Extensão da UnB Pós-populares, democratização do espaço da Universidade Pública. Também sou membro do Grupo de Pesquisa em Educação no Materialismo Histórico Dialético - Consciência. Sou uma professora cheia de planos, sonhos e inquietudes em relação a Escola, Educação e Escolarização de saberes. Como nos traz Paulo Freire, somos seres inacabados, e como seres inconclusos acredito nos processos de criação, transformação e emancipação para promoções de ações dialógicas dentro dos espaços educacionais, que nem sempre é uma sala de aula, pois Educação é bem mais ampla que a Escola. Assim a Educação precisa cumprir seu papel de ampliar as fronteiras e abrindo outros acessos de aprendizagens e possibilidades aos envolvidos nos processos, para que possamos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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Publicado

31-12-2019

Como Citar

PINEL, W. R.; RESES, E. da S.; PERPETUO, L. D. A NATURALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS COMO POSSIBILIDADE FORMATIVA NAS PRISÕES SOB A PERSPECTIVA CRÍTICA. Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 30, n. 1, 2019. DOI: 10.32930/nuances.v30i1.6744. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/6744. Acesso em: 4 dez. 2024.

Edição

Seção

Práticas Pedagógicas