JOGO E IMPROVISAÇÃO NA PESQUISA-DOCÊNCIA: SOBRE ESTUDOS EM EXERCÍCIOS
DOI:
https://doi.org/10.32930/nuances.v30i1.6753Palavras-chave:
Exercícios, Jogo, Improviso, Pesquisa, Docência.Resumo
Este ensaio perspectiva a pesquisa e a docência por meio de uma noção de exercícios que tem em vista a necessidade de colocar-se em jogo enquanto pesquisador e docente, para que a pesquisa-docência — noção que então assume uma reciprocidade — seja incitada a lidar com o imprevisível e as provisoriedades de seu fazer. Tal noção de Exercícios é tratada por uma via foucaultiana, onde o sujeito pesquisador é posto à prova, pois somente assim teria acesso à verdade. Com efeito, a própria noção de verdade passa a ser perspectivada, pois, assim como nos propõe Nietzsche, tem-se como pressuposto o fundo trágico da existência, ou seja, o não-sentido sobre o qual se produz os sentidos e funções do e no pesquisar. Afirma-se, portanto, o caráter improvável deste fazer — tanto da escrita da pesquisa quanto do pesquisador-docente que escreve, ele mesmo em jogo —, e a improvisação emerge enquanto acontecimento imprevisto no qual o estudo e o próprio indivíduo, que flexiona-se sobre ele, passam por processos intermitentes de individuação. Assim posto, o próprio texto aqui apresentado se constitui em zonas incertas, põe-se em risco: compreende-se em entremeios onde se exercita tendo em vista a proposição de certa noção composta entre jogo e improviso. Propõe-se, com efeito, que certos exercícios, enquanto jogos inventados como condição para improvisações, possam ser apropriados como um modo possível, e potente, de lidar com a pesquisa e a docência.
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