A SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL URBANA EM CORNÉLIO PROCÓPIO (PR) A PARTIR DO MÉTODO REGRESSIVO-PROGRESSIVO DE HENRI LEFEBVRE
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v29i54.8587Resumen
No decurso da evolução urbana da pequena cidade de Cornélio Procópio no Norte Pioneiro Paranaense, identifica-se uma tendência segregadora quanto à implantação de suas formas espaciais. A segregação socioespacial, fenômeno urbano, amplamente estudado na Geografia Urbana brasileira, acentua as diferenças e as desigualdades espaciais, impossibilitando o reconhecimento do direito à cidade para a população segregada. Tendo como base analítica o método regressivo-progressivo de Henri Lefebvre, objetivou-se entender a dinâmica segregacionista do recorte empírico. Desse modo, a análise sobre suas relações sociais de produção espacial aprofundou-se mediante a aplicação dos três momentos investigativos previstos pelo referido caminho teórico-metodológico. Foi possível inferir que a segregação marcou o crescimento urbano de Cornélio Procópio, e sua população segregada sofre o ônus deste processo.
Descargas
Citas
ALVAREZ, I. P. A segregação como conteúdo da produção do espaço urbano. In: In: VASCONCELOS, P. de A. et al. (Orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. São Paulo: Contexto, 2013. 207 p. p. 111-126.
CAMPOS FILHO, C. M. Reinvente seu bairro: caminhos para você participar do planejamento de sua cidade. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2010. 222 p.
CARLOS, A. F. A. A (re)produção do espaço urbano. São Paulo: Edusp, 2008. 271 p.
CARLOS, A. F. A. Da organização à produção do espaço. In: CARLOS, A. F. A. A condição espacial. São Paulo: Contexto, 2011. 157 p. p. 63-90.
CARLOS, A. F. A. Henri Lefebvre: o espaço, a cidade e o “direito à cidade”. Revista Direito e Práxis. Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, 2020, p. 349-369.
COHAPAR. A Cohapar. Disponível em:< http://www.cohapar.pr.gov.br/Pagina/Cohapar#> Acesso em: 15 Mar. 2021.
CORRÊA, R. L. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 2003. 94 p.
CORREIA, A. M. Entrevista: Adilson Marcelino Correia. Cornélio Procópio: Projetista da Prefeitura Municipal de Cornélio Procópio, 2021. Entrevista concedida à Coaracy Eleutério da Luz.
COSTA, K. G. de S. T. Memorial descritivo – Conjunto Fortunato Cibin. 1998. No prelo.
GARBOSSA, R. A.; SILVA, R. dos S. O processo de produção do espaço urbano: impactos e desafios de uma nova urbanização. Curitiba: Intersaberes, 2016. 261 p.
HOREVICZ, E. C. S. Memorial urbanístico – Jardim Ayrton Senna. 2004. No prelo.
KOHLHEPP, G. et al. De frontier até pós-frontier: regiões pioneiras no Brasil dentro do processo de transformação espaço-temporal e sócio-ecológico. Confins Revista Franco-Brasileira de Geografia. n. 30. 2017.
LEFEBVRE, H. De lo rural a lo urbano. Tradução de Jávier González-Pueyo. Barcelona: Península, 261 p.
LEFEBVRE, H. O direito à Cidade. In: LEFEBVRE, H. O direito à cidade. Tradução Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2001. 144 p. p. 105-118.
MARICATO, E. Para entender a crise urbana. São Paulo: Expressão Popular, 2015. 112 p.
MGF IMÓVEIS. Disponível em: Acesso em: 28 Jul. 2020.
NEGRI, S. M. Segregação sócio-espacial: alguns conceitos e análises. Coletâneas do nosso tempo, Rondonópolis – MT, v. 7, n. 8, p. 129-153, 2008.
PMCP. Plano Diretor Municipal – Cornélio Procópio. 2007.
ORTIGOZA, S. A. G. As possibilidades de aplicação do método de análise regressivo-progressivo de Henri Lefebvre na Geografia Urbana. In: GODOY, P. R. T. de (Org.). História do pensamento geográfico e epistemologia em Geografia. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p. 157-186.
RIZEK, C. S.; AMORE, C. S.; CAMARGO, C. M. de. Política habitacional e políticas sociais: urgências, direitos e negócios. In: CARLOS, A. F. A.; VOLOCHKO, D.; ALVAREZ, I. P. (Orgs.). A cidade como negócio. São Paulo: Contexto, 2018. 270 p. p. 165-183.
SIMÕES DE PAULA, E. Cornelio Procopio. In: FRESCA, T. M. et. al. (Orgs.). Geografia e Norte do Paraná: um resgate histórico – volume 1. Londrina: Edições Humanidades, 2007. p. 19-49.
SOUZA, C. B. G. A contribuição de Henri Lefebvre para reflexão do espaço da Amazônia. Confins Revista Franco-Brasileira de Geografia. n. 5. 2009.
SPOSITO, M. E. B.; GÓES, E. M. Urbanização difusa, cidades médias e novos habitats urbanos. In: SPOSITO, M. E. B.; GÓES, E. M. Espaços fechados e cidades: insegurança urbana e fragmentação. São Paulo: Unesp, 2013. 359 p. p. 41-60.
TREVIZANI, E. Morador do Conj. José Benedito Catarino se revolta com “casa que inunda de dentro para fora”. 2015. Disponível em: <http://www.anuncifacil.com.br/posts/detalhes/23255> Acesso em: 12 Mar. 2021.
VASCONCELOS, P. de A. Contribuição para o debate sobre processos e formas socioespaciais nas cidades. In: VASCONCELOS, P. de A. et al. (Orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. São Paulo: Contexto, 2013. 207 p. p. 17-38.
VIEIRA, S. G. O centro vive. O espetáculo da revalorização do centro de São Paulo: sobrevivência do capitalismo e apropriação do espaço. 2002. 546 f.Tese (Doutorado em Geografia) - Curso de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2002.
VOLOCHKO, D. Nova produção das periferias urbanas e reprodução do cotidiano. In: CARLOS, A. F. A. (Org.). Crise urbana. São Paulo: Contexto, 2018. 191 p. p. 105-127.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos submetidos a revista Formação Online estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de Licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Todos os direitos reservados. A reprodução integral e/ou parcial da revista é permitida somente se citada a fonte. A divulgação dos trabalhos em meio digital e impresso é permitida, desde que a comissão de publicação autorize formalmente, sendo vedada a comercialização dos dados e informações a terceiros. O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade dos seus autores, sendo que a revista se isenta de qualquer responsabilidade relacionada aos mesmos. Esta é uma revista de caráter científico e está sujeita a regras e ao domínio da Universidade Estadual Paulista.