ANÁLISE DAS MUDANÇAS NO USO DA TERRA DO CÓRREGO SANTA FÉ, MUNICÍPIO DE SÃO PAULO AO LONGO DE QUATRO DÉCADAS E DOS IMPACTOS SOBRE SUAS ÁGUAS
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v29i54.8447Resumen
A microbacia é a unidade que sofre mais diretamente as alterações ocorridas na cobertura do solo devido à ação antrópica, fato comum nas últimas décadas em várias regiões de nosso país. Verifica-se a partir de observações in loco na maioria das microbacias urbanas brasileiras que as mesmas têm falhas nos quesitos planejamento, manejo e monitoramento das formas de ocupação do espaço, o que acaba por potencializar impactos como remoção da cobertura vegetal nativa, diminuição da infiltração e aumento do escoamento superficial da água. Estes processos resultam em episódios de inundações, alagamentos e deslizamentos de encostas que ampliam os riscos de prejuízos financeiros e de perda de vidas humanas. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo identificar as mudanças nos usos da terra na microbacia do Córrego Santa Fé, localizada no distrito Anhanguera na cidade de São Paulo na UGRHI 6 (Unidade de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – 6) entre os anos de 1983 e 2018. Para tal, foram utilizadas técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Verificou-se que as alterações ocorridas na área ao longo do período estudado afetou direta e indiretamente os corpos hídricos presentes na microbacia e o ciclo hidrológico superficial regional, influenciando nas condições ambientais e na qualidade de vida da população residente na área.Descargas
Citas
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: Informe 2014 - Encarte especial sobre a crise hídrica, Brasília, 30 p., 2015.
CALIL, Pérola M. et al. Caracterização geomorfométrica e do uso do solo da Bacia Hidrográfica do Alto Meia Ponte, Goiás. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 16, n. 4, p. 433-442, 2012.
CARNEIRO, Celso Dal Ré. Os primórdios da mineração no Brasil In: Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos. Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Brasília: DNPM, 2002. pág. 511 e 515 CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1980.
COUTINHO, Luciano Melo et al. Usos da Terra e Áreas de Preservação Permanente (APP) na Bacia do Rio da Prata, Castelo-ES. Floresta e Ambiente, [s.l.], p.425-434, 2013. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.4322/floram.2013.043.
DOUROJEANNI, Axel; JOURAVLEV, Andrei. Gestión de cuencas y ríos vinculados concentros urbanos. NU. CEPAL. División de Recursos Naturales e Infraestructura, Santiago, 16 de diciembre de 1999.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Manuais Técnicos em Geociências, número 7 – Manual técnico de uso da terra. 3ª ed. Rio de Janeiro, 2013.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação. 7. ed. Tradução de Rosisca Darcy de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983[1969]. Título original: Extención o Comunicación?
JACOBI, P. R.; CIBIM, J. C.; SOUZA, A. N. Crise da água na Região Metropolitana de São Paulo – 2013- 2015. Geousp – Espaço e Tempo (Online), v. 19, n. 3, p. 422-444, mês. 2016.
ISSN 2179-0892. Disponível em: URL: http://www.revistas.usp.br/geousp/ article/view/104114 DOI: http://dx.doi.org/10.11606/ issn.2179-0892.geousp.2015.104114.
JENSEN, John R. Sensoriamento remoto do ambiente: uma perspectiva em recursos terrestres. Tradução: José Carlos Neves Epiphanio. [et.al.]. São José dos Campos: Parêntese, 2009.
KUINCHTNER, Angélica et al. V SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA I ENCONTRO SUL •AMERICANO DE GEOMORFOLOGIA, 2004, Santa Maria. Adequação do Uso e Ocupação do Solo Urbano em função da Declividade de Vertentes, em Santa Maria/RS. Santa Maria: Ufsm, 2004. 13 p. Disponível em:
http://lsie.unb.br/ugb/sinageo/5/6/Angelica%20Kuinchtner.pdf. Acesso em: 27 ago. 2020.
LUIZ, Vanzela S. et al. Influence of land use and occupation on water resources of the Três Barras stream (Marinópolis, SP, Brazil). Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v. 14, n. 1, p.55-64, jan. 2010.
MARTIRANI, Laura Alves; PERES, Isabela Kojin. Water crisis in São Paulo: news coverage, public perception and the right to information. Ambiente & Sociedade, [S.L.], v. 19, n. 1, p. 1-20, mar. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1809-
asoc150111r1v1912016.
MOSCA, Andreia Arruda de Oliveira. In: MOSCA, Andreia Arruda de Oliveira. Caracterização Hidrológica de Duas Microbacias Visando a Identificação de Indicadores Hidrológicos para o Monitoramento Ambiental do Manejo de Florestas Plantadas. 2003. Dissertação (Recursos Florestais, Área de Concentração: Conservação em Ecossistemas Florestais), Piracicaba, 2003. p. 96. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde20082003-170146/publico/andreia.pdf. Acesso em: 25 ago. 2020.
NETO, J. C. C. A crise hídrica no estado de São Paulo. Geousp – Espaço e Tempo (Online), v. 19, n. 3, p. 479-484, mês. 2016. ISSN 2179-0892. Disponível em: URL:
http://www.revistas.usp.br/ geousp/article/view/101113. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2015.101113.
PEREIRA, Sandra de Castro. Os loteamentos clandestinos no distrito do Jaraguá (SP): moradia e especulação. 2005. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
PIROLI, Edson Luís. Água: por uma nova relação. Jundiaí: Paco editorial, 2016.
PIROLI, Edson Luís. Geoprocessamento aplicado ao estudo do uso da terra das áreas de preservação permanente dos corpos d´água da bacia hidrográfica do rio Pardo. 150 f. Tese (Livre Docência) - Câmpus de Ourinhos, Universidade Estadual Paulista, Ourinhos, 2013.
ROSA, Roberto. Introdução ao Sensoriamento Remoto. Uberlândia: Edufu, 2013. 136 p.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches; MOROZ, Isabel Cristina. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. 1993. Disponível em:
<http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/53703/57666>
SÃO PAULO. Prefeitura Regional de Perus. Prefeitura de São Paulo. Relatório de Gestão: 1ºSemestre/2017. 2017. Disponível em:
SANTOS, Eduardo H. M. dos; GRIEBELER, Nori P.; OLIVEIRA, Luiz F. C. de. Relação entre uso do solo e comportamento hidrológico na Bacia Hidrográfica do Ribeirão João Leite. Revista Brasleira de Engenharia Agrícola e Ambiental, [S.L.], v. 14, n. 8, p. 826-834, 2010. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1415-43662010000800006.
SANTOS, R. F. dos. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
SCHUMM, Stanley A.. EVOLUTION OF DRAINAGE SYSTEMS AND SLOPES IN BADLANDS AT PERTH AMBOY, NEW JERSEY. Geological Society Of America Bulletin, [S.L.], v. 67, n. 5, p. 597-646, 195 6. Geological Society of America. http://dx.doi.org/10.1130/0016-7606(1956)67[597:eodsas]2.0.co;2.
TEODORO, Valter Luiz Iost et al. O conceito de bacia hidrográfica e a importância da caracterização morfométrica para o entendimento da dinâmica ambiental local. Revista Brasileira Multidisciplinar, v. 11, n. 1, p. 137-156, 2007.
TONELLO, Kelly Cristina. Análise Hidroambiental da Bacia Hidrográfica da Cachoeira das Pombas, Guanhães, MG. 2005. 69 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciência Florestal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2005.
TRAJANO, SRR da S. et al. Análise Morfométrica de Bacia Hidrográfica: Subsídio à Gestão Territorial Estudo de Caso no Alto e Médio Mamanguape. Embrapa Gestão TerritorialBoletim de Pesquisa e Desenvolvimento (INFOTECA-E), 2012.
TUNDISI, José Galizia. Novas perspectivas para a gestão de recursos hídricos. Revista USP, São Paulo, n.70, p. 24-35, jun./ago. 2006.
TUCCI, C. E. M. Inundações urbanas. Porto Alegre: ABRH/RHAMA, 2007. Universidade Federal da Bahia (UFB). Departamento de Hidráulica e Saneamento. Bacia Hidrográfica. [2005]. 10 p. Apostila. Disponível em:
<http://www.grh.ufba.br/download/2005.2/Apostila(cap2).pdf>. Acesso em: 25 ago. 2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos submetidos a revista Formação Online estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de Licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Todos os direitos reservados. A reprodução integral e/ou parcial da revista é permitida somente se citada a fonte. A divulgação dos trabalhos em meio digital e impresso é permitida, desde que a comissão de publicação autorize formalmente, sendo vedada a comercialização dos dados e informações a terceiros. O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade dos seus autores, sendo que a revista se isenta de qualquer responsabilidade relacionada aos mesmos. Esta é uma revista de caráter científico e está sujeita a regras e ao domínio da Universidade Estadual Paulista.