FORMAÇÃO ESPACIAL DO MUNICÍPIO DE IVINHEMA-MS
DOI:
https://doi.org/10.33081/formacao.v30i57.9151Abstract
A formação de Ivinhema-MS remonta às décadas de 1950 e 1960, a partir da apropriação privada da terra pela Sociedade de Melhoramentos e Colonização (SOMECO), responsável pelo loteamento e revenda de propriedades rurais no contexto da integração nacional e de conflitos no campo no Brasil. O objetivo dessa pesquisa é analisar quais fatores influenciaram na formação do município bem como suas causas e consequências, principalmente para o campo. A metodologia utilizada se baseou em revisão bibliográfica e levantamento de dados junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi possível verificar que a formação espacial de Ivinhema-MS ocorre em um contexto de expansão geográfica do capital no país, aliada a fatores internos como a luta pela terra, a industrialização e urbanização na região sudeste além da necessidade de garantir o domínio estatal em áreas de fronteira.
Downloads
References
ABREU, Silvana de. Planejamento governamental: A SUDECO no espaço Mato-grossense: Contexto, propósitos e contradições. Tese (Doutorado em Geografia). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). USP, São Paulo, 2001.
ANDRADE, Manuel Correa de. Latifúndio e Reforma Agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Duas Cidades, 1980.
ANTÔNIO, Rogério Ribeiro. Um plano privado de colonização dirigida: A Someco S.A em terras do Ivinhema (1961-1974). Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de Ciências Humanas (FCH). UFGD, Dourados, 2015.
BIANCHINI, Odaléa da Conceição Deniz. A Companhia Matte Larangeira e a ocupação de terra do Sul de Mato Grosso 1880-1940. Campo Grande: Editora UFMS, 2000.
CALABI, Donatella; INDOVINA, Francesco. Sobre o uso capitalista do território. In: Archivio di studi urbani e regionali. Veneza, ano IV, n. 2, junho, 1973.
CAMARGO, Aspásia de Alcântara. A questão agrária: Crise de poder e reformas de base (1930-1964). In: FAUSTO, Boris. (org.) História Geral da Civilização Brasileira. Tomo 14 O Brasil Republicano: sociedade e política (1930-1964). São Paulo: DIFEL, 1983.
CRUZ, Maria Clara da. O Conceito de Formação Espacial: Sua Gênese de Contribuição para a Geografia. GEOgraphia -Ano V - No 9 -, Rio de Janeiro, 2003.
FABRINI, João Edmilson. A Posse da Terra e o Sem-Terra no Sul do Mato Grosso do Sul: o caso Itaquiraí. 1996. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.
FURTADO, Celso. Não à recessão e ao desemprego. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1983.
HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005.
JESUS, Laércio Cardoso de. Erva-mate: o outro lado: a presença dos produtores independentes no antigo Sul de Mato Grosso 1870-1970. Dissertação (Mestrado em História). UFMS, Dourados, 2004.
LENHARO, Alcir. A terra para quem nela não trabalha (a especulação com a terra no oeste brasileiro nos anos 50). In: Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 6, n. 12, p. 47-64, mar-ago, 1986.
MARTINS, José de Souza. Os Camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1981.
___________. Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec, 1997.
MELO, Thiago da Silva. Questão Agrária e expansão da agroindústria canavieira no município de Ivinhema-MS. Trabalho de Conclusão de Curso em Geografia. Faculdade de Ciências Humanas (FCH). UFGD, Dourados, 2014.
MIZUSAKI, Márcia Yukari. Território e reestruturação produtiva na avicultura. Dourados-MS: UFGD, 2009.
MONBEIG, Pierre. Pioneiros e fazendeiros de São Paulo. São Paulo: Editora Hucitec, 1984.
MORAES, Antonio C.R.; COSTA, Wanderley M. A Geografia e o processo de valorização do espaço. In SANTOS, Milton (org.) Novos Rumos da Geografia Brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982.
MOREIRA, Ruy. A Geografia serve para desvehdar máscaras sociais in MOREIRA, Ruy (org.) Geografia: Teoria e Crítica. O saber posto em questão. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1982.
MORENO, Gislaene. O processo histórico de acesso à terra em Mato Grosso. In. Revista GEOSUL, Florianópolis, v. 14, nº. 27, p. 67-90, jan./jun. 1999.
___________. Terra e poder de Mato Grosso: política e mecanismos de burla: 1892-1992. Cuiabá: Entre Linhas/Ed. UFMT, 2007.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A Apropriação da Renda da Terra pelo Capital na Citricultura Paulista. Revista Terra Livre, São Paulo, n.1, 1986.
OLIVEIRA, Benícia Couto de. A política de colonização do Estado Novo em Mato Grosso (1937-1945). Dissertação (Mestrado em História Regional). Faculdade de Ciências e Letras/UNESP, Assis. 1999.
PAULINO, Eliane Tomiasi; ALMEIDA, Rosemeire Aparecida de. Terra e território: A questão camponesa no capitalismo. São Paulo: Expressão Popular, 2010.
PAULINO, Eliane Tomiasi. Estrutura fundiária e dinâmica socioterritorial no campo brasileiro: estudo comparativo. Mercator (Fortaleza. Online), v. 10, p. 111-128, 2011.
PRADO JR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1942.
___________. A questão agrária. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1979.
PRIORE, Mary Del. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Ed. Planeta, 2010.
SANTOS, Milton. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1992.
SILVA, Lígia Osório. As Leis Agrárias e o latifúndio improdutivo. Revista São Paulo em perspectiva, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 15-25, 1997.
SMITH, Neil. Desenvolvimento Desigual. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988.
VASCONCELOS, Cláudio Alves de. Colonização e Especulação Fundiária em Mato Grosso: a implantação da Colônia Várzea Alegre (1957-1970). Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de Ciências e Letras (FCL). UNESP, Assis, 1986.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Os artigos submetidos a revista Formação Online estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de Licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Todos os direitos reservados. A reprodução integral e/ou parcial da revista é permitida somente se citada a fonte. A divulgação dos trabalhos em meio digital e impresso é permitida, desde que a comissão de publicação autorize formalmente, sendo vedada a comercialização dos dados e informações a terceiros. O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade dos seus autores, sendo que a revista se isenta de qualquer responsabilidade relacionada aos mesmos. Esta é uma revista de caráter científico e está sujeita a regras e ao domínio da Universidade Estadual Paulista.