TERRITÓRIOS AFETIVOS: CARTOGRAFIA DO ACONCHEGO COMO UMA CARTOGRAFIA DE PODER

Autores

  • Jan Simon Hutta

Resumo

Este artigo apresenta uma abordagem ‘afetiva’ para o estudo de território e territorialidade. Sabe-se que discussões anteriores de ‘territorialidade’ têm comumente se concentrado nas dimensões simbólicas. Quando o ‘afeto’ e as emoções foram abordados, na maioria das vezes foi em relação ao ‘vínculo topofílico’ das pessoas com o território. Este artigo sugere o entendimento tanto dos processos de reterritorizalização como desterritorialização como inerentemente afetivos. Isso chama atenção para como uma série de ‘vetores’ afetivos – inclusive o medo e o aconchego – intensificam ou atenuam re e desterritorializações. Além disso, projeta uma nova luz sobre a formação de capacidades de agir no contexto espacial. Para desenvolver esse argumento, o artigo se apoia em abordagens de ‘afeto’ inspiradas pelas leituras de Espinosa apresentadas por Gilles Deleuze. O texto também usa exemplos de medo e de aconchego para ilustrar algumas das questões analíticas apresentadas. O que emerge é uma cartografia afetiva que pressupõe o entendimento de relações de poder como afetivas, tornando distinções prévias entre ‘território’ e ‘territorialidade’ questionáveis.

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Publicado

2020-07-01

Como Citar

Hutta, J. S. (2020). TERRITÓRIOS AFETIVOS: CARTOGRAFIA DO ACONCHEGO COMO UMA CARTOGRAFIA DE PODER. Caderno Prudentino De Geografia, 2(42), 63–89. Recuperado de https://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/7883