O SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO BRASILEIRO E OS PARQUES TECNOLÓGICOS NA REGIÃO SUL DO PAÍS E NO BRASIL

Autores/as

Palabras clave:

Reestruturação produtiva do capital, Políticas públicas, Inovação, Parques tecnológicos.

Resumen

Quando possuem vínculo com o Estado, os parques tecnológicos são estabelecidos como estratégias capazes de propiciar o desenvolvimento territorial de algumas áreas, principalmente daquelas estagnadas, em processo de obsolescência econômica ou com certa dinâmica econômica. Entretanto, mesmo nessas áreas dinamizadas economicamente, a inserção da ciência e tecnologia é essencial para a manutenção e o aprimoramento dessa dinâmica, tendo em vista as exigências impostas pela reestruturação produtiva do capital. Considerando esse contexto, neste artigo, o objetivo proposto consiste em analisar a organização dos parques tecnológicos brasileiros, com ênfase na região Sul do país, em conjunto com o sistema nacional de inovação brasileiro. Quanto à metodologia, os procedimentos adotados na investigação consistiram em análise bibliográfica de cunho teórico-conceitual, em especial sobre as políticas públicas de inovação tecnológica e a emergência de novos fatores de desenvolvimento, além de consulta aos textos que tratam dos parques tecnológicos no Brasil. Ademais, foram utilizadas fontes secundárias, sobretudo as bases de dados governamentais. Em relação aos resultados, foi possível perceber que os parques tecnológicos podem se configurar como uma excelente política pública de inovação, auxiliando na geração de emprego e renda.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Thiago Bueno Saab, Universidade Estadual Paulista

Professor de Geografia, Geógrafo, e doutorando em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, Campus de Rio Claro. Possui Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP (2011); Mestrado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2014); período em que foi bolsista CAPES (2013-2014); Especialização em Ensino de Geografia pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2014); Especialização em nível de aperfeiçoamento em Gênero e Diversidade na Escola pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, Setor Litoral, Matinhos (2014); Especialização em Educação, Pobreza, e Desigualdade Social pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2016); Bacharelado em Geografia pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2017). Possui experiência nas seguintes áreas: Professor de Geografia no ensino básico (rede pública e privada) por três (3) anos; Tutoria nas disciplinas de Ciências Humanas - DAVGP/KROTON, por três (3) anos; e foi Agente de Pesquisas e Mapeamento por três (3) anos no IBGE, nas agências de Cornélio Procópio e Londrina, ambas no Paraná.

Ideni Terezinha Antonello, Universidade Estadual de Londrina

Prof.ª Dr.ª Associada Ideni T. Antonello Universidade Estadual de Londrina Departamento de Geociências Curso de Graduação e Pós-graduação em Geografia 

Citas

ANPROTEC. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. Estudo, análise e proposições sobre as incubadoras de empresas no Brasil. Brasília: MCTI, 2012. Disponível em: https://anprotec.org.br/site/wp-content/uploads/2020/06/Estudo_de_Incubadoras_Resumo_web_22-06_FINAL_pdf_59.pdf. Acesso em: 21 jul. 2021.

ANPROTEC. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. Estudo de projetos de alta complexidade: indicadores de parques tecnológicos. Brasília: MCTI, 2014. Disponível em: https://anprotec.org.br/site/wp-content/uploads/2020/06/PNI_FINAL_web.pdf. Acesso em: 21 jul. 2021.

ANPROTEC. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores. A Anprotec. Disponível em: https://anprotec.org.br/site/#A%20Anprotec. Acesso em: 21 jul. 2021.

BESANKO, D. et al. A economia da estratégia. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

BRASIL. Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional do País. Brasília, DF: Presidência da República, [2004]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 20 jul. 2021.

BRESSER-PEREIRA, L. C. A maldição dos recursos naturais. 2005. Disponível em: http://www.bresserpereira.org.br/Articles/2005/05.06.06.Maldicao_dos_recursos_naturais.pdf. Acesso em: 21 jul. 2021.

CANO, W. Raízes da concentração industrial em São Paulo. 5. ed. Campinas: Unicamp, 2007.

CHANG, H-J. Chutando a escada: a estratégia de desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Unesp, 2003.

CRUZ, C. H. B. A universidade, a empresa e a pesquisa. 2004. Disponível em: http://www.ifi.unicamp.br/~brito/artigos/univ-empr-pesq-rev102003b.pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.

DUARTE, F. Cidades inteligentes, inovação tecnológica no meio urbano. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 19 n. 1, p. 1-11, mar. 2005.

FREEMAN, C. Inovações e ciclos longos de desenvolvimento. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 5, n. l, p. 5-20, 1984.

HARVEY, D. Condição pós-moderna. Tradução Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Edições Loyola, 1992.

HASENCLEVER, L.; TIGRE, P. B. Estratégias de inovação. In: HASENCLEVER, L.; KUPFER, D. (Org.) Economia industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. Capítulo 18, p. 253-261.

HIRSCHMAN, A. O. Estratégia do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 10 nov. 2021.

LENCIONI, S. Estado de São Paulo: lugar de concentração da inovação e da intensidade tecnológica da indústria brasileira. In: SPOSITO, E. S. (Org.). O novo mapa da indústria no início do século XXI. São Paulo: Editora da UNESP, 2015a. Capítulo 1, p. 13-34.

LENCIONI, S. Região Metropolitana de São Paulo como centro da inovação do Brasil. Cadernos da Metrópole, São Paulo, v. 17, n. 34, p. 317-328, 2015b.

MAMIGONIAN, A. Tecnologia e desenvolvimento desigual no centro do sistema capitalista. Revista do Centro de Ciências Humanas, Florianópolis, n. 2, p. 38-48, 1982.

MARCELINO, I. S. Políticas Regionais de Inovação em um cenário institucional fragmentado: o complexo produtivo de petróleo e gás natural no contexto do Sistema Regional de Inovação do Rio de Janeiro. Revista Pymes, Innovación y Desarrollo, Rafaela, Argentina, v. 4, n. 1, p. 37-57, 2016.

MARCELINO, I. S.; AVANCI, V. de L.; BRITTO, J. O Sistema Regional de Inovação Fluminense: características, desafios e potencialidades. Cadernos do Desenvolvimento Fluminense, Rio de Janeiro, n. 2, p. 121-152, 2013.

MENDES, A. A. Condomínios industriais e os novos fatores locacionais: algumas reflexões sobre as condições gerais de produção para a produção e a reprodução do capital. Revista Geografia e Pesquisa, Ourinhos, v. 4, n. 1, p. 9-21, 2010.

MINADEO, R. Processo de Inovação: Importância das incubadoras e dos Parques Tecnológicos. In: SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS, 4, 2014, Criciúma. Anais [...]. Criciúma: UNESC, 2014. p. 1-19.

PAULA, R. M. de; FERREIRA, M. P; PEREIRA, S. Os parques tecnológicos e as incubadoras de base tecnológica promovendo o desenvolvimento regional: o caso de Minas Gerais. Revista de Desenvolvimento Econômico, Salvador, v. 2, n. 37, p. 330-358, 2017.

PENNA, C. C. R; SANTOS, G. de O.; PEREIRA, M. de V. G. O papel das agências de inovação e empreendedorismo na formulação de políticas de Inovação Orientadas a Missões: a experiência da diretoria de tecnologia da FAPERJ. Revista de Administração, Sociedade e Inovação (RASI), Volta Redonda, v. 7, n. 2, p. 121-149, 2021.

PORTER, M. E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

POSSAS, M. L. Concorrência schumpeteriana. In: HASENCLEVER, L.; KUPFER, D. (Org.) Economia industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. Capítulo 17, p. 415-429.

SAAB, T. B. As micro e pequenas empresas e a dinâmica industrial londrinense: 1992-2011. 2014. 127 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Departamento de Geociências, Centro de Ciências Exatas, Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

SAAB, T. B. As incubadoras tecnológicas nos municípios de Cornélio Procópio/PR e Londrina/PR. 2017. 105 f. Monografia (Graduação em Bacharelado em Geografia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina.

SAAB, T. B. A inovação tecnológica no setor industrial brasileiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO, 2, 2019, Rio Claro. Anais [...]. Rio Claro: UNESP, 2019. p. 1189-1200.

SANTOS, G. de O. Caminhos para a construção de uma nova trajetória de desenvolvimento: uma abordagem evolucionária do Sistema Regional de Inovação do Estado do Rio de Janeiro. 2020. 310 f. Tese (Doutorado em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento) – Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.

SANTOS, M. A natureza do espaço: espaço e tempo, razão e emoção. 3. ed. São Paulo: HUCITEC, 1999.

SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico-informacional. 5. ed. São Paulo: Editora da USP, 2013.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. Território e sociedade no início do século XXI. São Paulo: Record, 2001.

SCHUMPETER, J. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.

SOUSA, D. C. de et al. Parques tecnológicos e incubadoras: uma análise do processo de pré-incubação de empresas de base tecnológica. Interciência, Santiago, Chile, v. 42, n. 5, p. 313-319, 2017.

STEINER, J. E.; CASSIM, M. B.; ROBAZZI, A. C. Parques Tecnológicos: ambientes de inovação. 2008. Disponível em: http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/steinercassimrobazziparquestec.pdf. Acesso em: 21 jul. 2021.

STORPER, M.; VENABLES, A. O Burburinho: a força econômica da cidade. In: DINIZ, C. C.; LEMOS, M. B. (Org.). Economia e Território. Belo Horizonte, Editora da UFMG, 2005. Capítulo 1, p. 21-56.

TONDOLO, V. A. G. et al. Capacidades dinâmicas e capital social organizacional: um estudo exploratório em ambiente de incubadora e parque tecnológico. Revista de Administração da UFSM, Santa Maria, v. 8, n. 4, p. 666-684, 2015.

VALE, M. Conhecimento, inovação e território. Lisboa, Portugal: Papagaio, 2012.

Publicado

2023-05-25

Cómo citar

Saab, T. B., & Antonello, I. T. (2023). O SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO BRASILEIRO E OS PARQUES TECNOLÓGICOS NA REGIÃO SUL DO PAÍS E NO BRASIL. Caderno Prudentino De Geografia, 1(45), 39–60. Recuperado a partir de https://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/9386

Número

Sección

Artigos/Articles/Artículos/Articles