A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL: UMA FACE DA BARBÁRIE CAPITALISTA
Palavras-chave:
Conjuntura agrária, Questão agrária, Grilagem de terra, Estrutura fundiária, Reforma agráriaResumo
Nesse ensaio, propomo-nos interpretar a conjuntura agrária atual do Brasil, através de uma análise que busca ir além da realidade imediata. Pretendemos situar os nefastos retrocessos, com relação à questão agrária nos últimos anos, na esteira das contradições que marcaram essa formação territorial capitalista, notadamente, ao longo do que ocorreu nas duas primeiras décadas dos anos 2000. Partimos do pressuposto de que a questão agrária, apesar das novas expressões surgidas na transição do século XX para o XXI, segue inalterada no tocante ao seu cimento estrutural, a profunda concentração fundiária. O monopólio da terra, principalmente através da grilagem e da violência, constituintes centrais da propriedade privada capitalista da terra no país, é o ponto inicial de onde a classe burguesa latifundista à brasileira se levanta para controlar e explorar, de forma destrutiva, a força de trabalho e os demais bens comuns naturais do território nacional. Nesse bojo, a classe camponesa, os indígenas e os quilombolas têm lutado e resistido a um conjunto de violências contra eles, que se leva a cabo por aquela burguesia que comanda o agronegócio. Assim, defenderemos que a questão agrária é uma face da barbárie capitalista nessa sociedade. Portanto, somente com a construção de um projeto anticapitalista no qual a reforma agrária seja um de seus pilares, haverá mudança estrutural nas relações de poder e na relação sociedade-natureza no Brasil.
Palavras-chave:Conjuntura agrária. Questão agrária. Grilagem de terra. Estrutura fundiária. Reforma agrária.
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