MAPEAMENTO PARTICIPATIVO DO TERRITÓRIO DO MANGUE SECO, COMO CONTRIBUIÇÃO À OCEANOGRAFIA SOCIOAMBIENTAL, MUNICÍPIO DA RAPOSA, MARANHÃO, BRASIL

Autores

Resumo

A cartografia social é uma arte que envolve a construção de mapas a partir das observações e representações do espaço feitas pelas pessoas que ocupam um território. No contexto brasileiro, o mapeamento social ganhou popularidade na Amazônia como uma ferramenta de luta das comunidades tradicionais da floresta. Essa abordagem permite espacializar propriedades e conflitos existentes no território. A utilização do solo urbano e a possibilidade de habitação estão ligadas ao poder aquisitivo, resultando em desigualdades. A Oceanografia Socioambiental, por sua vez, estuda os oceanos a partir da conexão entre sujeitos e métodos das Ciências Humanas e Sociais. Neste estudo, procurou-se elaborar uma carta temática baseada em mapeamento participativo, caracterizando o território costeiro utilizado pela comunidade de pescadores e marisqueiras do Mangue Seco, considerando sua percepção geoecológica e relações socioambientais. A metodologia empregada envolveu oficinas participativas, nas quais os próprios atores locais contribuíram para a criação de um mapa representativo. Essa abordagem colaborativa fortaleceu a participação popular e contribuiu para a compreensão e planejamento do território.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACSELRAD, H.(Org) Cartografia social e dinâmicas territoriais: marcos para o debate. 2018.

COSTA, R. P. Léxico e cultura dos pescadores do município de Raposa, Maranhão. Revista Língua&Literatura, v. 14, n. 23, p. 123-146, 2012.

CAMPOS, João Bosco. Metodologias Participativas e Captação de Recursos. Alvorada, Campo Grande, 2009.

DA SILVA, O. R.; DA SILVA, P. M. R. Viver no Mangue: uma análise urbanística no Mangue Seco na Raposa–MA. Anais Internacional 27º Congresso Mundial de Arquitetos. Rio de Janeiro: ed. ACSA, 2021 p. 1564-167.

DA SILVA, C. N; VERBICARO, C. O mapeamento participativo como metodologia de análise do território. Scientia Plena, v. 12, n. 6, 2016.

GORAYEB, A. Cartografia social e populações vulneráveis. Fundação Banco do Brasil, 2014.

MOCHEL, F.R. Manguezais da Amazônia Maranhense: conservação e recuperação ecológica. In: Tierra, paisages, suelos y biodiversidad Garcia, M. & Seabra G. (orgs.), p. 602-618, Ed. Universidad Central de Chile, Santiago de Chile, 2016.

MOCHEL, F. R. et al. Degradação dos manguezais da Ilha de São Luís (MA): processos naturais e antrópicos. Ecossistemas costeiros: impactos e gestão ambiental, v. 1, p. 113-131, 2002.

MOCHEL, Flávia Rebelo. Manguezais amazônicos: status para a conservação e a sustentabilidade na zona costeira maranhense. Amazônia maranhense: diversidade e conservação. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2011.

MWANUNDU, Sheila. Good Practices In Participatory Mapping: A review prepared for the International Fund for Agricutural Development (IFAD). 2009

MOREIRA–UFS, Sinara Maria; FONSECA–UFS, Mariana Reis. Concepções de Educação Ambiental acerca da importância dos manguezais numa escola estadual em Aracaju-Se, 2019.

MOURA, G.G.M.. Construção da crítica à oceanografia clássica: contribuições a partir da oceanografia socioambiental. Ambiente & Educação: Revista de Educação Ambiental, v. 24, n. 2, p. 13-41, 2019.

MOURA, Gustavo Goulart Moreira. Avanços em oceanografia humana: o socioambientalismo nas ciências do mar. São Paulo: Paco Editorial. 340p, 2017.

NARCHI, Nemer E. et al. El CoLaboratorio de Oceanografía Social: espacio plural para la conservación integral de los mares y las sociedades costeras. Sociedad y ambiente, n. 18, p. 285-301, 2018.

NETO, D. B; SUZUKI, J. C. Cartografia social participativa desvelando territorialidades no Pacífico Colombiano. Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade–RIET, v. 1, n. 1, p. 116-136, 2020.

NETO, F. O. L; PAULINO, P. R. O; RIBEIRO, A. M. M. A cartografia social como instrumento de especialização dos conflitos territoriais no campo: o caso da região da Chapada–Apodi/RN. Ambiente & Educação: Revista de Educação Ambiental, v. 21, n. 2, p. 60-71, 2016.

VERBICARO, C. C; SILVA, C. N. da. Percepção da distribuição espacial das palmeiras de açaí e miriti ao longo de 20 anos na várzea da Amazônia paraense. Anais do XI Encontro Nacional da ANPEGE. Presidente Prudente, São Paulo, 2015.

Downloads

Publicado

2024-06-22

Como Citar

Viana da Silva, J., Mochel, F. R., Bezerra, D. da S., & Arraes de Araujo, N. (2024). MAPEAMENTO PARTICIPATIVO DO TERRITÓRIO DO MANGUE SECO, COMO CONTRIBUIÇÃO À OCEANOGRAFIA SOCIOAMBIENTAL, MUNICÍPIO DA RAPOSA, MARANHÃO, BRASIL. Caderno Prudentino De Geografia, 2(46), 119–131. Recuperado de https://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/10486

Edição

Seção

Volume Especial "Congresso Internacional de Geoecologia das Paisagens e Planejamento Ambiental"