ARQUITETURA ESCOLAR MODERNA PAULISTA, APROPRIAÇÃO SÓCIOESPACIAL, USO E PRESERVAÇÃO: O PROJETO DE JOÃO CLODOMIRO DE ABREU PARA PRESIDENTE PRUDENTE,SP
Resumo
O final do século XIX e início do séc. XX trouxeram diversas modificações e transformações para o Estado de São Paulo. Se a proposta de universalização do ensino proporcionou a construção dos primeiros prédios escolares de características suntuosas, evidenciando a importância dada pela sociedade dessa época, por outro lado, na década de 1930, ideias modernistas manifestaram-se organizadamente no Brasil. Nessa perspectiva, a relação de integração do espaço público com o privado incorpora as ações da vida cotidiana. Esse outro ponto de vista é trabalhado por um dos precursores da arquitetura moderna no Brasil, Vilanova Artigas. Nas décadas de 1950 e 1960, os projetos desse arquiteto contêm um diálogo com a cidade, gerando equipamentos públicos abertos ao uso da comunidade. Assim, em Presidente Prudente, interior do Estado de São Paulo, o arquiteto João Clodomiro Browne de Abreu, discípulo de Artigas, concebe o edifício da Escola Municipal João Franco de Godoy, segundo os princípios da escola paulista de arquitetura. Essa arquitetura é vista, também, como agente do processo de aprendizado, ou seja, essa tipologia para os edifícios escolares relaciona-se com a cidade e, dessa forma os espaços da escola são usados e apropriados como os espaços da cidade. Este estudo realiza um inventário descritivo do seu processo de projeto e um diagnóstico de sua apropriação socioespacial e uso no decorrer do tempo, na compreensão da sua inserção no contexto regional, do ponto de vista político, econômico e cultural. Avalia, portanto, as adequações realizadas e suas interferências nos princípios projetuais de João Clodomiro Abreu, discutindo, desse modo, os caminhos possíveis de intervenções projetuais adequados aos novos usos contemporâneos com formas de preservação do ideal arquitetônico modernista paulista.
Palavras-chave: preservação, arquitetura escolar, arquitetura moderna paulista.
PAULISTA MODERN ARCHITECTURE SCHOOL, SOCIOSPATIAL OWNERSHIP, USE AND PRESERVATION: THE PROJECT OF CLAUDOMIRO DE ABREU FOR PRESIDENTE PRUDENTE, SP
Abstract
The late nineteenth and early twentieth century brought many changes and transformations to the State of São Paulo. If the proposal for universal education provided the construction of the first school buildings features sumptuous, showing the importance given by the society at the time. Moreover, in the 1930s, modernist ideas manifested themselves neatly in Brazil. On this perspective, the ratio of integration of public space with private incorporates the actions of everyday life. This other point of view is worked by one of the forerunners of modern architecture in Brazil, Vilanova Artigas. In the 1950s and 1960s, his projects contained a dialogue with the city, creating public facilities open to community use. So, in Presidente Prudente, São Paulo’s countryside, the architect João Clodomiro Browne de Abreu, disciple of Artigas, designs the building of the Escola Municipal João Franco de Godoy with principles of the paulista school of architecture. This architecture is also seen as an agent of the learning process, in other words, this typology to the school buildings relates with the city, so the school spaces are used and appropriate as the spaces of the city. This study makes a descriptive inventory of his design process and a diagnostic of its socio-spacial appropriation and use over time, in comprehension of its insertion into the regional context, in terms of political, economical e cultural point of view. Ratings, therefore, the adjustments made and its interferences in the João Clodomiro Abreu’s projetual principles. Discusses so the possible ways of projetual interventions appropriate to the contemporary new uses with forms of preservation of the paulista modernist architectural ideal.
Keywords: preservation, school architecture, paulista modern architecture.