A Degradação Estrutural do Trabalho: Esboços para Uma Geografia do Trabalho | Structural Degradation of Work: Sketches for the Geography of Labour
DOI:
https://doi.org/10.33026/peg.v0i0.2897Abstract
Introdução: As teses sobre o fim da centralidade do trabalho estão relacionadas à apologia da globalização como última etapa civilizatória, a aposta neste descentramento, não é apenas uma miopia intelectual, mas sobretudo o desdobramento lógico de uma forma de pensar (e agir) que mediocrizou-se diante da complexidade da realidade. Tributário deste pensamento, também encontramos a afirmação do espaço aniquilado, cujas dimensões ontológicas são descartadas como obstáculos concretos à consolidação absoluta da hegemonia capitalista. Quanto ao trabalho também podemos observar, que não só não se realizou a promessa do maior tempo livre, como tornou-se mais extensa e intensa a jornada de trabalho em muitos lugares e setores econômicos. Nunca é demais lembrar que a liberdade presumida do tempo fora do trabalho é obliterada pela punção econômica do trabalho sob o capital, ou seja, estar fora do trabalho é comprometer a capacidade de obtenção de bens e mercadorias. A maioria dos desempregados ou de trabalhadores em tempo parcial vêm corroída sua capacidade de atendimento às suas necessidades. Metodologia/Desenvolvimento: O território é um trunfo fundamental para a exploração do trabalho, como componente da luta de classes facilita a mobilidade do capital, criando a sensação de que as empresas (e os empregos) podem se deslocar a qualquer momento - retórica bastante utilizada para justificar a necessidade de conformação dos trabalhadores às condições de trabalho das empresas. Territórios são assim produzidos para atender a necessidade de trabalhos precários pelo capital, ora expandindo em áreas “novas”, ora destruindo os arranjos sociais em lugares com melhores condições de trabalho. Considerações finais: No cenário de “desestruturação” do mercado de trabalho fordista, a precarização do emprego surge como expressão da inadequação do padrão de emprego do Pós-Guerra às novas determinações da acumulação flexível. Por precário entende-se o emprego informal, de baixa qualificação, instável, salários reduzidos, agravos à saúde, insegurança. A própria espacialidade do capital neste sentido assume uma expressão espiralada, em que a condição mais degradante do trabalho num lugar, volta-se para os lugares desenvolvidos como uma assombração, afetando não só a subjetividade dos trabalhadores, mas concretamente sua situação concreta com a diminuição de oferta relativa de empregos.
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