AGROFINANCEIRIZAÇÃO E NOVAS FRONTEIRAS DO SETOR SUCROENEGETICO NO BRASIL

O CASO DO GRUPO BUNGE NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9891

Resumo

A agrofinanceirização da agricultura tem sido um impulso significativo para a reconfiguração produtiva do território, principalmente com base na lógica de produção de commodities. Na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, a internacionalização do setor sucroenergético tem sido marcada pela presença de grupos estrangeiros, como é o caso do grupo Bunge Açúcar e Bioenergia, que possui participação em três usinas na região. Este artigo tem como objetivo analisar a agrofinanceirização do setor sucroenergético no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, tendo como ponto de partida a territorialização do grupo Bunge Açúcar e Bioenergia. A metodologia adotada nesta pesquisa inclui uma revisão bibliográfica que utiliza documentos e relatórios disponibilizados por organizações internacionais, governos, ONGs e movimentos sociais rurais, além de bibliografia encontrada em livros e jornais acadêmicos especializados. Essa revisão bibliográfica é fundamental para a compreensão e construção da narrativa a respeito do tema. A pesquisa conclui que o grupo Bunge tem se apropriado do território majoritariamente pelas vias de arrendamento para a produção de cana-de-açúcar, incorporando áreas que antes eram destinadas a cultivos de grãos, alimentos e pecuária. É importante destacar que essa prática é uma consequência da lógica da agrofinanceirização da agricultura, que tem impulsionado a reconfiguração produtiva do território com base na produção de commodities. Por isso, é fundamental considerar os aspectos sociais e regionais no planejamento e na regulamentação das atividades agroexportadoras.

 

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Biografia do Autor

Daniel Féo Castro de Araújo, universidade de Brasília

Possui Graduação em Geografia e Mestrado em Ciências Sociais ênfase em Sociologia, Ciência Política e Antropologia cursados pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atualmente é Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade de Brasília (UnB). Desenvolve pesquisas na área de Geografia Agrária, Econômica e Regional com ênfase nos seguintes temas: Modernização territorial, dinâmica dos lugares, redes e circuitos espaciais de produção, circuitos da economia urbana, região e regionalização, regiões agrícolas, agronegócio e dinâmicas territoriais, urbanização e agronegócio, globalização e política.

Fernando Luiz Araújo Sobrinho, Universidade de Brasília – UnB

Possui graduação em Geografia Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Uberlândia (1993), graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal de Uberlândia (1995), Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (1998) e Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (2008). Professor Associado 3 da Universidade de Brasília atuando nos cursos de bacharelado, licenciatura presencial e ensino à distância da Universidade de Brasília. Professor do Programa de Pós Graduação em Geografia da UnB. Tem experiência na área de Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia Humana, Formação de Professores, Ensino de Geografia, Turismo, Rede Urbana, Planejamento Urbano e Regional e Geografia Urbana.

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Publicado

2023-10-16

Como Citar

Féo Castro de Araújo, D. ., & Fernando Luiz Araújo Sobrinho. (2023). AGROFINANCEIRIZAÇÃO E NOVAS FRONTEIRAS DO SETOR SUCROENEGETICO NO BRASIL: O CASO DO GRUPO BUNGE NO ESTADO DE MINAS GERAIS . PEGADA - A Revista Da Geografia Do Trabalho, 24(1), 351–387. https://doi.org/10.33026/peg.v24i1.9891