ATLAS DO TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO NO PARANÁ, DE 2005 A 2019
DOI:
https://doi.org/10.33026/peg.v22i3.8849Resumo
O presente texto tem a missão de apresentar aos leitores elementos fundamentais da escravidão contemporânea no Paraná. Por ser um atlas, não temos o objetivo de debater profundamente conceitos e teoria, mas sim, apresentar dados e informações da realidade que cerca a escravidão nesse estado. Esse tema é importante para destacar que todos os cantos do território brasileiro são alvos da continuação mais brutal de exploração humana por outros seres humanos. Para chegar aos resultados apresentados, usamos das conexões entre uma metodologia qualitativa e dados quantitativos, coletados em bancos de dados, como o Observatório Digital da Erradicação do Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas, Portal Radar do Trabalho e dados analisados por meio de um estudo documental sobre os relatórios de fiscalização dos Grupos Especiais de Fiscalização Móvel (GEFM’s). Destacamos que alguns resultados mais importantes foi a identificação de que 1180 trabalhadores foram resgatados de relações que caracterizavam escravidão contemporânea no estado, sendo 339 em atividades urbanas e 841 em rurais (RADAR SIT, 2021). Os setores envolvidos são o corte e o beneficiamento de pinus e eucalipto, extração de erva-mate, colheita da cana-de-açúcar, construção civil, pecuária e outras atividades agrícolas. Também verificamos que os trabalhadores têm baixa escolaridade e são oriundos da periferia de pequenas, médias e grandes cidades, comunidades tradicionais, povos indígenas e comunidades rurais. Grande parte dos resgates foram em razão das condições degradantes do ambiente de trabalho.
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