A BURGUESIA LATIFUNDISTA NÃO ABRE MÃO DO MONOPÓLIO DA TERRA NO BRASIL: A PERPETUAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA REVELADA PELO CENSO AGROPECUÁRIO 2017

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33026/peg.v21i1.7336

Resumo

Nesse ensaio, propomo-nos a refletir acerca da continuidade do monopólio da propriedade privada capitalista da terra, no desenvolvimento do agronegócio no campo brasileiro do século XXI. Através da análise comparativa entre os Censos Agropecuários 2006 e 2017, demonstraremos a perpetuação e aprofundamento da concentração fundiária, comprovando que a burguesia latifundista no Brasil, uma classe formada pela unificação no mesmo sujeito social do capital e do latifúndio, não abre mão do controle sobre a terra. Nesse bojo, defenderemos que, em tempos e espaços de mundialização da agricultura a partir do agronegócio globalizado, onde a ideologia do progresso tecnológico é hegemônica em detrimento da reforma agrária, a concentração da posse, uso e propriedade da terra em extensos latifúndios continua sendo a viga de sustentação das relações de poder, bem como, da dinâmica do capitalismo rentista no território brasileiro.

PALAVRAS-CHAVE: Estrutura fundiária. Censo agropecuário. Agronegócio. Renda da terra. Brasil.

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Biografia do Autor

Claudemir Martins Cosme, Instituto Federal de Alagoas, IFAL, Alagoas, Brasil.

Professor de Geografia do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas - Campus Piranhas (2015). Doutor em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (2019). Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba, com mestrado sanduíche na Universidade Federal de Sergipe. Graduado em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará e Graduado em Tecnólogo em Recursos Hídricos/Irrigação pelo Instituto Centro de Ensino Tecnológico CENTEC. Pesquisador membro do Núcleo de Agroecologia do PPGEO/UFPE. Experiência com atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural, tendo atuado na prestação de serviços de ATER aos assentamentos rurais da Microrregião do Baixo Jaguaribe-Ceará, de 2003 a 2012. Atualmente concentra os estudos no campo da Geografia Humana, com interesse nas seguintes temáticas: historia e epistemologia da ciência geográfica, questão agrária, campesinato, conflitos no campo, movimentos sociais do campo, assentamentos rurais, reforma agrária, agroecologia, governo e Estado.

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Publicado

2020-05-15

Como Citar

Cosme, C. M. (2020). A BURGUESIA LATIFUNDISTA NÃO ABRE MÃO DO MONOPÓLIO DA TERRA NO BRASIL: A PERPETUAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA REVELADA PELO CENSO AGROPECUÁRIO 2017. PEGADA - A Revista Da Geografia Do Trabalho, 21(1), 84–109. https://doi.org/10.33026/peg.v21i1.7336

Edição

Seção

ARTIGOS