Mercantilização da Água, Disputas Territoriais e Conflitos Sociais no Campo, no Baixo Jaguaribe (CE) | Marketing of Water, Territorial Disputes and Social Conflicts in the Field in Lower Jaguaribe-CE
DOI:
https://doi.org/10.33026/peg.v0i0.2886Resumo
Introdução: O processo de difusão da atividade agropecuária no Brasil, baseada no modelo capitalista de produção se consolida, como indica Thomaz Junior (2009; 2010) enquanto agrohidronegócio. Na indicação o autor esse processo se consolida no que denomina de Polígono do Agronegócio, área compreendida pelo Estado de São Paulo, Leste do Mato Grosso do Sul, Noroeste do Paraná, Triângulo Mineiro e Sul-Sudoeste de Goiás), destacado-se, pois pela produção dos monocultivos da cana-de-açúcar, eucalipto e soja para exportação. Embora em menores proporções, esse processo também é observado, a partir de meados da década de 1990, em praticamente todas as regiões brasileiras. Nesse sentido, focamos o Semiárido nordestino, especificamente o Estado do Ceará como uma das regiões que mais têm respondido aos interesses do capital agropecuário (terras planas, férteis e com disponibilidade hídrica) pela produção de frutas tropicais para exportação. Essa pesquisa tem como objetivo geral compreender as disputas territoriais e os conflitos de classe no espaço agrário cearense a partir do processo de expansão do agrohidronegócio no Estado do Ceará. Objetivamos, ainda, analisar a implantação de políticas públicas, bem como as condições de acesso à terra e água por parte das comunidades rurais atingidas pelo agrohidronegócio; analisar o papel dos movimentos sociais frente ao processo de crescimento do agrohidronegócio no Ceará, e; mapear os conflitos por terra e água nas áreas de difusão do agrohidronegócio. Metodologia/Desenvolvimento: A pesquisa está organizada a partir de três eixos (1. Expansão do agrohidronegócio no Ceará; 2. Políticas Públicas de acesso à terra e água; 3. Conflitos e lutas por terra e água nas áreas de expansão do agrohidronegócio cearense), concatenados por pesquisas bibliográficas, organização de banco de dados, mapas, gráficos, cartogramas e de trabalhos de campo. Considerações finais: Partimos da hipótese de que, no Estado do Ceará, o agrohidronegócio se intensifica de forma territorialmente seletiva, já que “privilegia” apenas alguns pontos desse território, geralmente os dotados da infra-estrutura e condições naturais adequadas à produção e que respondem com maior rapidez às necessidades de expansão do capital agrícola. Em contrapartida, ao mesmo tempo em que se expande, cria resistências e, em consequência, uma série de disputas pelos elementos fundamentais à produção de alimentos: terra e água. Nesse sentido, é importante colocar que, as disputas e os conflitos em torno das áreas de expansão do agrohidronegócio constituem-se uma grande oportunidade para a continuidade das pesquisas que, de acordo com Thomaz Junior (2010), nos permitirão estreitar um campo de investigação de muito significado teórico, político, estratégico e geográfico para a compreensão da nova divisão territorial do trabalho, no Brasil, e toda a ordem de desdobramentos da luta de classes e para as ações políticas em torno da Reforma Agrária, da Soberania Alimentar e Energética etc., sendo, pois a água agregada ao campo de disputas e de domínio de novos territórios.
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