CHIAPAS: A DÉCIMA TERCEIRA ESTELA

Autores

  • Subcomandante Marcos

DOI:

https://doi.org/10.33026/peg.v5i1%20e%202.1284

Resumo

Madrugada nas montanhas dosudeste mexicano.Vagarosamente, com ummovimento lento, porém constante, a lua deixaque o escuro lençol da noite resvale pelo corpoe mostra enfim a fluida nudez de sua luz.Estende-se então ao longo do céu com o desejode olhar e ser olhada, ou seja, de tocar e sertocada. Se a luz produz algo é sublinhar o seuoposto, de tal forma que, aqui em baixo, umasombra oferece uma mão à nuvem enquantomurmura: “Venha comigo, olhe com o seucoração o que os meus olhos lhe mostram,caminhe com seus passos e sonhe em meusbraços. Lá em cima, as estrelas formam umcaracol tendo a lua como origem e destino. Olhe e ouça. Esta é uma terra digna e rebelde.Os homens e mulheres que nela vivem sãocomo muitos homens e mulheres do mundo.Caminhemos, então, para vê-los e ouvi-losagora, quando o tempo titubeia entre a noite eo dia, quando a madrugada é rainha e senhoranestes solos.

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Como Citar

Marcos, S. (2012). CHIAPAS: A DÉCIMA TERCEIRA ESTELA. PEGADA - A Revista Da Geografia Do Trabalho, 5(1 e 2). https://doi.org/10.33026/peg.v5i1 e 2.1284

Edição

Seção

ARTIGOS