TY - JOUR AU - Junior, Antonio Thomaz PY - 2013/12/27 Y2 - 2024/03/28 TI - TERRITÓRIOS EM DISPUTA E MOVIMENTO TERRITORIAL DO TRABALHO E DA CLASSE TRABALHADORA JF - PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho JA - RP VL - 14 IS - 2 SE - ARTIGOS DO - 10.33026/peg.v14i2.2660 UR - https://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/2660 SP - AB - <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; line-height: normal; mso-pagination: none; mso-layout-grid-align: none;"><span style="font-family: ">É no interior do ambiente de mudanças nas formas de organização da produção e seus impactos nos ambientes de trabalho, na saúde do trabalhador, e nas respectivas correspondências espaciais que temos as novas formas de controle do trabalho e, consequentemente, novos significados e sentidos para a dimensão material e subjetiva para os trabalhadores. A pretensão de focar os territórios em disputa como parte desse processo nos requer situá-los no âmbito da luta de classes, com as atenções voltadas, pois, para demonstrar a dinâmica territorial do trabalho ou suas diferentes formas de expressão, com as quais nos ocuparemos, e as redefinições na composição da classe trabalhadora e na sua própria estrutura. Estamos, pois, nos propondo ampliar o foco da abordagem do trabalho para outros aspectos, tais como formas de exploração, qualidade, ambiente e saúde do trabalho (as patologias, os agravos e as doenças ocupacionais), que estão associados à invisibilidade social das doenças relacionadas ao trabalho, devido à ineficiência da política social pública, bem como das relações sociais de trabalho que dão sustentação às diferentes situações e formas de (des)realização do trabalho, motivadas pelo capital, como, por exemplo, o agrohidronegócio, enquanto expressão dos conflitos em torno do acesso e uso da terra e da água. A vigência da reestruturação produtiva do capital é a referência para sintonizarmos as mudanças que estão ocorrendo no âmbito do trabalho, que desde o final dos anos 1980 orienta novas linhas de expressão do conflito social. O formato clássico capital x trabalho divide importância com outras formas de configuração da dominação de classe, que implica novos olhares sobre as delimitações do que é trabalhar no campo (assalariado, camponês), e do que é trabalhar na cidade (assalariados, por conta própria, terceirizados, informais etc.), sob distintas relações sociais de produção e de trabalho. O fluxo contínuo dessas relações é que indicam as mudanças no perfil dos camponeses, as redefinições nas fileiras dos operários urbanos e rurais e, portanto, a plasticidade que atinge duramente o trabalho, em via de consequência, as mudanças nos/dos papéis sociais e político-ideológicos, atingem e contextualizam a degradação e o movimento territorial de classe da classe trabalhadora. </span></p> ER -