Revista Geografia em Atos, Presidente Prudente, v. 7, n. 1, e023010, 2023. e-ISSN: 1984-1647
DOI: https://doi.org/10.35416/2023.8896 1
O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NAS MARGENS DO RIO COMPRIDO, RIO DE
JANEIRO – RJ
USO Y OCUPACIÓN DEL SUELO A ORILLAS DEL RÍO COMPRIDO, RÍO DE
JANEIRO - RJ
LAND USE AND OCCUPATION ON THE BANKS OF THE COMPRIDO RIVER, RIO
DE JANEIRO – RJ
Luisa Schneider Moreira DIAS1
e-mail: luisa.smd@hotmail.com
Tamiris Batista DINIZ2
e-mail: tamirisbdiniz@hotmail.com
Alexander Josef Sá Tobias da COSTA3
e-mail: ajcostageo@gmail.com
Como referenciar este artigo:
DIAS, Luisa Schneider Moreira; DINIZ, Tamiris Batista;
COSTA, Alexander Josef Tobias da. O uso e ocupação
do solo nas margens do Rio Comprido, Rio de Janeiro RJ.
Revista Geografia em Atos, Presidente Prudente, v. 7, n. 1,
e023010. e-ISSN: 1984-1647. DOI:
https://doi.org/10.35416/2023.8896
| Submetido em: 12/08/2021
| Revisões requeridas em: 26/12/2022
| Aprovado em: 07/02/2023
| Publicado em: 20/02/2023
Editoras:
Eda Maria Góes
Karina Malachias Domingos dos Santos
Roberta Oliveira da Fonseca
1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro RJ Brasil. Doutoranda em Geografia
(PPGEO/UERJ).
2 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro – RJ – Brasil. Doutoranda em Geografia.
3 Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro – RJ – Brasil. Professor associado. Doutorado
em Ambiente e Sociedade (IFCH/UNICAMP).
O uso e ocupação do solo nas margens do Rio Comprido, Rio de Janeiro RJ
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RESUMO: Desde o início da colonização as bacias hidrográficas da cidade do Rio de Janeiro vêm
incorporando dinâmicas de transformações antrópicas oriundas do processo de urbanização, com
intervenções mais intensas no século XX, tendo efeitos em seus canais fluviais. O presente trabalho
visa avaliar os tipos de uso e ocupação do solo que são predominantes nas margens do rio Comprido
e sua respectiva relação com a sua drenagem. Os dados utilizados foram adquiridos através do
Instituto Pereira Passos que, em ambiente SIG, foram manipulados, gerando o perfil longitudinal
do rio Comprido e a cena ambiental de 2018 das suas margens. Posteriormente, os dados foram
quantificados e os valores organizados em uma tabela para fins comparativos. Como resultado foi
observado que o predomínio da ocupação pelas Áreas residenciais nos locais de menor altitude, e
da Cobertura arbórea e arbustiva nas áreas de maior altitude, que se encontram ameaçadas pelas
expansões das favelas em direção ao Parque Nacional da Tijuca. Assim, este trabalho pode fornecer
subsídio ao poder público no planejamento desta área ambientalmente suscetível.
PALAVRAS-CHAVE: Canais fluviais urbanos. Uso e ocupação do solo. Rio Comprido.
RESUMEN: Desde el inicio de la colonización, las cuencas hidrográficas de la ciudad de Río de
Janeiro vienen incorporando dinámicas de transformaciones antrópicas derivadas del proceso de
urbanización, con intervenciones más intensas en el siglo XX, afectando sus cauces fluviales. El
presente trabajo tiene como objetivo evaluar los tipos de uso y ocupación del suelo que prevalecen
en las márgenes del río Comprido y su respectiva relación con su drenaje. Los datos utilizados
fueron adquiridos a través del Instituto Pereira Passos, los cuales, en un entorno GIS, fueron
manipulados, generando el perfil longitudinal del río Comprido y el escenario ambiental 2018 de
sus márgenes. Posteriormente, se cuantificaron los datos y se organizaron los valores en una tabla
con fines comparativos. Como resultado, se observó el predominio de la ocupación por áreas
residenciales en las localidades de menor altitud, y de cobertura arbórea y arbustiva en las áreas
de mayor altitud, las cuales están amenazadas por la expansión de las favelas hacia el Parque
Nacional Tijuca. Así, este trabajo puede brindar apoyo a las autoridades públicas en la
planificación de esta zona ambientalmente susceptible.
PALABRAS CLAVE: Canales fluviales urbanos. Uso y ocupación del suelo. Río Comprido.
ABSTRACT: Since the beginning of colonization, the hydrographic basins of the city of Rio de
Janeiro have been incorporating dynamics of anthropic transformations arising from the
urbanization process, with more intense interventions in the 20th century, having effects on their
river channels. The present work aims to evaluate the types of land use and occupation that are
prevalent on the banks of the Comprido river and their respective relationship with its drainage.
The data used were acquired through the Pereira Passos Institute, which, in a GIS environment,
were manipulated, generating the longitudinal profile of the Comprido river and the 2018
environmental scene of its banks. Subsequently, the data were quantified and the values organized
in a table for comparative purposes. As a result, it was observed that the predominance of
occupation by residential areas in places of lower altitude, and tree and shrub cover in higher
altitude areas, which are threatened by the expansion of slums towards Tijuca National Park. Thus,
this work can provide support to the public authorities in the planning of this environmentally
susceptible area.
KEYWORDS: Urban river channels. Land use and occupation. Comprido River.
Luisa Schneider Moreira DIAS; Tamiris Batista DINIZ e Alexander Josef Sá Tobias da COSTA
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Introdução
Os rios estão relacionados à nossa história por serem a principal fonte de
dessedentação, mas para além, estes são responsáveis por formação de territórios. A
multiplicidade dos rios envolve diversas funções como o abastecimento, pesca, navegação,
recreação entre outros. Porém desde o século XIX, os rios que permeavam os núcleos urbanos
provocavam grande incômodo. Bartalini (2014, p. 32) explica que:
Os rios na visão do urbanismo higienista (...) significavam focos de doenças,
devido à sujeira neles depositada. Se a aversão aos rios e às suas planícies
inundáveis assim se justificava no concernente à saúde pública, pela ótica do
desenvolvimento urbano eles eram condenados por representarem obstáculos
à circulação e à expansão da cidade.
As bacias hidrográficas do Rio de Janeiro vêm incorporando dinâmicas de
transformação desde o início da colonização, tendo as modificações mais severas no início do
século XX, quando iniciaram o processo de canalização nos rios (AMADOR, 2012). O referido
autor enfatiza que conforme a cidade fora se expandindo e sendo ocupada, brejos e pântanos
foram aterrados e rios naturais meândricos foram transformados em canais artificiais
retificados.
Andrade et al. (2015, p. 260) explica que as “atividades antrópicas nas bacias implica
na alteração das condições naturais da superfície do solo, entre elas estrutura e composição da
cobertura, podendo acarretar mudanças significativas”. Logo, tanto a qualidade, quanto a
quantidade de água disponível em uma bacia hidrográfica são oriundas do tipo de ocupação
humana presente nesse sistema.
Assim, as formas de uso e ocupação do solo e a maneira como estas são executadas
devem considerar as características do meio físico para não causar prejuízos socioambientais.
O uso do solo se trata das diversas formas de intervenção do homem no meio, sejam agrícolas,
urbanas, industriais, entre outras e tem como consequência as alterações intensas e prolongadas
no meio físico, desde sua implementação, funcionamento e transformação (ALMEIDA;
FREITAS, 1996).
Segundo Almeida Filho et al. (2013), a ocupação urbana inadequada resulta em alguns
impactos ambientais negativos no meio, como a intensificação dos processos erosivos,
lançamento de águas pluviais ou servidas, lançamento de lixo diretamente nos córregos,
inundações, poluição dos mananciais, entre outros.
O uso e ocupação do solo nas margens do Rio Comprido, Rio de Janeiro RJ
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Nesse contexto, o objetivo deste trabalho consiste em avaliar os tipos de uso e
ocupação do solo das margens do rio Comprido no ano de 2018 e sua respectiva relação com a
sua drenagem. O rio Comprido tem sua nascente na elevação de 590 metros na Serra do Sumaré
e percorre em torno de 4,8 km até sua foz. Possui o Rio das Bananas com 1,2 km como seu
afluente e o Canal do Mangue como efluente, com 2,8 km de extensão (OLIVEIRA, 2011).
A Figura 1 apresenta a localização do rio Comprido situado na Sub-bacia Hidrográfica
do Canal do Mangue, com a Sub-bacia Hidrográfica do Canal do Cunha ao norte, a Microbacia
do Centro ao leste e ao oeste e sul, o Maciço da Tijuca. A Sub-bacia do Canal do Mangue
abrange uma área de aproximadamente 43,93 km² e pertence a um grupo de sub-bacias que
deságuam na Baía de Guanabara, denominado de Compartimento Hidrográfico da Baía de
Guanabara.
Figura 1 – Localização do rio Comprido na Sub-bacia Hidrográfica do Canal do Mangue, Rio
de Janeiro – RJ
Fonte: Elaborado pelos autores (2020)
Durante o período colonial, o rio Comprido era denominado de Iguaçu, e desembocava
em um braço da Baía de Guanabara em forma de mangue conhecido como Saco de São Diogo,
situado no encontro das Avenidas Presidente Vargas e Francisco Bicalho (Figura 2)
(PIMENTEL, 2018). No entanto, em 1857 foi iniciada a construção do Canal do Mangue que
resultou na extinção desse manguezal (TERRA, 2007, apud OLIVEIRA; BOTELHO, 2011). A
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Figura 3 é uma imagem do satélite Lansat 8, em que é possível observar a área do Canal e a
atual configuração da paisagem do Rio Comprido e dos bairros limítrofes.
Figura 2 – Geografia do rio Comprido e arredores, em 1500
Fonte: Pimentel (2018)
Figura 3 – Imagem de satélite do rio Comprido e dos bairros limítrofes, em 2022
Fonte: Google Earth Pro (2022)
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Materiais e métodos
Para realizar o presente trabalho, como primeira etapa, foi feito o levantamento
bibliográfico sobre o tema de rios urbanos, com enfoque nos rios da cidade do Rio de Janeiro.
Posteriormente, ocorreu a pesquisa e coleta de dados em órgãos públicos, como o Instituto
Pereira Passos (IPP); a Subsecretaria de Gestão das Bacias Hidrográficas (RioÁguas), ambos
vinculados à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ); e o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Acessando o sítio do Data Rio dentro do Armazém de Dados do IPP na Internet foi
possível extrair as camadas digitais (layers) na escala 1:10.000 que continham as seguintes
informações: limite municipal do Rio de Janeiro, das bacias hidrográficas, das áreas
favelizadas, dos bairros, dos maciços rochosos, das áreas protegidas, das classes de
mapeamento do uso e da ocupação do solo de 2018 e da hidrografia. Esses dados vêm
georreferenciados no sistema de referência Datum SAD 69. O arquivo vetorial dos municípios
do Estado do Rio de Janeiro foi adquirido pela malha territorial do IBGE, georreferenciado no
Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS) na escala 1:25.000.
A partir do Modelo Digital de Elevação (MDE) com pixel ou célula de 5 x 5 metros,
disponibilizado pelo IPP, foi elaborado o Perfil Longitudinal. O MDE do IPP advém do
processamento fotogramétrico analítico de fotos aéreas com escala aproximada de 1:30.000 e
com resolução de 0,7m, obtidas a partir de aerolevantamento executado pela empresa Base
Aerofotogrametria e Projetos S.A.
Para o mapeamento do uso e ocupação do solo nas margens do rio Comprido foi
realizado o procedimento de criar área de influência de 30 metros ao redor do shape da
hidrografia com a ferramenta Buffer, como resultado se teve uma área de aproximadamente
291988,81 m², que se trata da Área de Preservação Permanente (APP) desse rio. O novo código
florestal, Lei 12.651 de 25 de maio de 2012, no seu artigo define APP como “área
protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas” (BRASIL,
2012, Art. 3).
O código florestal em seu artigo aborda as diferentes larguras que uma APP pode
ter, tanto em áreas rurais, quanto urbanas:
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As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente,
excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura
mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de
largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50
(cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a
200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos)
a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior
a 600 (seiscentos) metros (BRASIL, 2012, art. 4).
Dessa forma, conseguiu-se verificar os diferentes tipos de ocupação nas margens do
rio Comprido correspondente ao ano de 2018 e, através do Excel, a tabela com esses valores de
áreas (m²) foram trabalhados. O Quadro 1 apresenta as classes de uso e ocupação do solo
presentes na área de estudo e mapeadas pelo IPP, divididas em dois grupos: áreas urbanizadas
e áreas não urbanizadas.
Quadro 1 – Classificação das classes de uso e ocupação do solo
Áreas urbanizadas
1
Uso predominante residencial, incluindo-se ruas,
avenidas, estradas, canteiros.
2
Áreas identificadas e cadastradas como favelas no
Sistema de Assentamento de Baixa Renda do IPP
(SABREN). Esta informação é produzida pela
Gerência de Estudos Habitacionais/IPP.
3
Áreas destinadas ao lazer, contemplativo, esportivo e
cultural.
4
Áreas ocupadas por instituições de ensino e
equipamentos de saúde.
Áreas não urbanizadas
5
Floresta (ombrófila); restinga e mangue (formações
pioneiras); capoeira em diferentes estágios (vegetação
secundária) e reflorestamentos.
6
Áreas cobertas por afloramento rochoso natural
(escarpas, pontões, costões, matacões), e as ocupadas
por areais, incluindo praias.
7
Áreas formadas por águas continentais e ambientes
estuarinos, lagoas, rios, canais, açudes e represas.
Fonte: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (2013 p. 6-8) e ITDP Brasil (2016, p. 81). Adaptado pelo
próprio autor (2021).
Com o dado de drenagem relacionado ao rio Comprido, a partir da ferramenta 3D
Analyst Tools, foi gerado o perfil longitudinal do traçado, demonstrando o comportamento do
rio, com a sua variação de altitude em todo o seu percurso. Com os cálculos de distância das
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classes de uso e ocupação do solo de 2018 na área de estudo, foi possível acrescentar essas
informações no perfil longitudinal, propiciando uma análise integrada da característica do rio,
da altitude e seus diferentes usos.
A operacionalização dos dados foi realizada através do software de SIG (Sistema de
Informação Geográfica) ArcGis 10.5, licenciado e disponibilizado pela UERJ. O ArcGis foi
utilizado para a estruturação de banco de dados, para a integração dos layers trabalhados, para
a geração dos layouts e para análises espaciais vetoriais. O Google Earth Pro foi utilizado para
analisar a paisagem do rio Comprido e do Canal do Mangue, a partir de uma imagem do satélite
Landsat 8 do dia 19 de outubro de 2022. Por fim, foi feita a elaboração do relatório final da
pesquisa, indicando os resultados obtidos.
Resultados
O município do Rio de Janeiro, como um todo, transformou sua paisagem ao longo do
processo de urbanização. A justaposição do espaço urbano sob a diversidade ecológica fez com
que se alterassem os canais fluviais. O mapa dos diferentes usos do solo nas margens do rio
Comprido (Figura 4 e Tabela 1) deixa evidente esse formato de ocupação. Dessa forma, serão
avaliadas as duas classes que margeiam a rede de drenagem: áreas urbanizadas (Áreas
residenciais, Favela, Áreas de lazer, Áreas de educação e saúde) e não urbanizadas (Cobertura
arbórea e arbustiva, Afloramentos rochosos e depósitos sedimentares e Corpos hídricos).
Figura 4 – Uso e ocupação do solo nas margens do rio Comprido, 2018
Fonte: Elaborada pelos autores (2020)
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Tabela 1 – Classes de uso e ocupação do solo nas margens do rio Comprido, 2018
Classes de uso
Grupo
Área (m²)
Área (%)
Áreas de educação e
saúde
Áreas urbanizadas
5272,64
1,8%
Áreas de lazer
Áreas urbanizadas
3290,29
1,1%
Áreas residenciais
Áreas urbanizadas
178814,73
61,2%
Favela
Áreas urbanizadas
9066,58
3,1%
Afloramentos rochosos
e depósitos
sedimentares
Áreas não urbanizadas
3763,56
1,3%
Cobertura arbórea e
arbustiva
Áreas não urbanizadas
89259,6
30,6%
Corpos hídricos
Áreas não urbanizadas
2521,41
0,9%
Total:
291988,81
Fonte: o próprio autor (2020)
As áreas urbanizadas abrangem 196444,24 m², representando 67,2%, as o
urbanizadas apresentam 95544,57 m², com 32,8%. Assim, a maior parte das margens do rio
Comprido se encontra impermeabilizada e com a sua área de proteção permanente desmatada,
que são características comuns a áreas mais urbanizadas. Nesse contexto, o rio Comprido
apresenta problemas típicos de rios urbanos situados nas grandes metrópoles, onde as áreas de
APP não se encontram presentes ao longo de toda a rede de drenagem, porém a sua nascente se
encontra preservada no Parque Nacional da Tijuca (PNT).
A área onde se situa o PNT foi demasiadamente explorada durante os séculos XVII e
XVIII para a extração de madeira e o cultivo de café e, consequentemente, ocorreu a falta de
água para abastecer a população carioca devido ao intenso desmatamento. No entanto, em 1861,
Dom Pedro II, então imperador do Brasil, iniciou um processo de reflorestamento. Dessa forma,
em 13 anos, mais de 100 mil árvores, principalmente espécies da Mata Atlântica, foram
plantadas nesse local (LUCENA, 2015).
Assim, trata-se de um importante fragmento desse bioma, coberto por Floresta
Ombrófila Densa Secundária em avançado estágio de regeneração. Em 1961, nessa área foi
criado o Parque Nacional do Rio de Janeiro, denominado a partir de 1967 de Parque Nacional
da Tijuca (ICMBio, 2021).
Áreas não urbanizadas
As áreas não urbanizadas nas margens do rio Comprido correspondem às classes de
Afloramento rochoso e depósitos sedimentares (1,3%), Cobertura arbórea e arbustiva (30,6%)
O uso e ocupação do solo nas margens do Rio Comprido, Rio de Janeiro RJ
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e Corpos hídricos (0,9%). Esta última classe corresponde ao deságue no Canal do Mangue
(2521,41 m²), localizado na área central da cidade.
Predominante no grupo de área não urbanizadas, a maior parte da Cobertura arbórea e
arbustiva presente nas margens do rio Comprido se encontra inserida em uma Unidade de
Conservação Federal, o Parque Nacional da Tijuca (PNT), e na sua zona de amortecimento. As
Unidades de Conservação (UCs) estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas preservadas
e por tratar de uma Unidade de Conservação federal, esta se insere na categoria de proteção
integral.
Conforme mencionado, a Figura 5 demonstra que área da cabeceira do rio Comprido
encontra-se preservada pelo Parque. Para além, a mesma Figura demonstra que as áreas de
maiores declividades (acima da cota 550 a entre 150 a 100 m; 0 a 1500 m à distância entre a
nascente) correspondem às áreas não urbanizadas e, por estarem inseridas no contexto da UC,
as margens do rio Comprido se mantém preservadas.
Figura 5 – Perfil Longitudinal do rio Comprido e suas classes de uso e ocupação do solo, 2018
Fonte: Elaborada pelos autores (2020)
a Cobertura arbórea e arbustiva, que se situa entre a zona de amortecimento do PNT
e as Favelas, encontra-se ameaçada pela expansão desse tipo de ocupação irregular. No entanto,
vale mencionar um projeto capaz de conter o desmatamento no local, o programa Mutirão
Reflorestamento que promove o plantio de mudas em morros e encostas. Este teve sua origem
em 1986 e continua sendo implementado até os dias atuais, mantido pela Prefeitura da Cidade
do Rio de Janeiro com a colaboração dos moradores.
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Áreas Urbanizadas
Os Bairros e as margens do rio Comprido
A rede de drenagem do rio Comprido perpassa pelo Alto da Boa Vista, Santa Teresa,
Rio Comprido, Estácio, Cidade Nova e Praça da Bandeira, bairros da cidade do Rio de Janeiro
que possuem uma grande densidade demográfica. Além das favelas Vila Santa Alexandrina,
Santa Alexandrina e Parque Rebouças, localizadas no bairro Rio Comprido (Figura 6).
Figura 6 – Localização do rio Comprido nos bairros e favelas da cidade do Rio de Janeiro –
RJ
Fonte: Elaborado pelos autores (2020)
Assim, com relação às áreas urbanizadas, locais em que ocorre a ocupação irregular,
como vamos abordar a seguir sobre as favelas. a ocupação regulamentada pela Prefeitura é
decorrente das Áreas de educação e saúde com 5272,64 m² (1,8%), Áreas de lazer abrangendo
3290,29 (1,1%) e as Áreas residenciais com 178814,73 m², totalizando 61,2%, ou seja, o
maior uso do solo das margens do rio Comprido advém dessa última classe mencionada.
A classe das Áreas de educação e saúde se situa no bairro Rio Comprido, onde se tem
as escolas municipais Pereira Passos, Jenny Gomes e Mario Claudio, o Colégio Estadual Paulo
de Frontin, o Colégio de Aplicação da UERJ, a Fundação Osório e as universidades Estácio e
O uso e ocupação do solo nas margens do Rio Comprido, Rio de Janeiro RJ
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Unicarioca. Além do Hospital Central Aristarcho Pessoa, Hospital Pedro de Alcântara, Rede
Hospital Casa e Hospital Central da Aeronáutica.
De acordo com a Fundação Rio Águas (2009), o ponto de inundação mais crítico desse
rio é na altura da Rua do Matoso, onde se encontra retificado, conforme demonstra a Figura 7.
A referida Figura também apresenta as principais características do rio, que é a presença do
Viaduto Eugène Freyssinet, mais conhecido como Elevado Paulo de Frontin, construído em
1969 e aberto ao tráfego em 1974, e da Avenida Paulo de Frontin, vias onde percorrem
aproximadamente 150 mil veículos por dia (PIMENTEL, 2018; LUCENA, 2019).
Assim, a área de estudo apresenta uma intensa impermeabilização, além da alteração
do percurso original da rede de drenagem que passava pela Rua Aristides Lobo. Em 1919, o
leito do Rio Comprido foi retificado e canalizado pelo então prefeito Paulo de Frontin
(PIMENTEL, 2018). Oliveira (2011) afirma que 2,1 km de extensão do rio Comprido foi
retificada e 0,8 km se encontra cobertos em galerias. O aspecto turvo da água é oriundo do
despejo de esgoto in natura, dos sedimentos e do lixo que a população descarta no rio.
Figura 7 – Rio Comprido na Avenida Paulo de Frontin entre as ruas Santa Amélia e João
Paulo I, na altura da Rua do Matoso
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
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As favelas e as margens do rio Comprido
no imaginário coletivo que as favelas são assentamentos que por não serem
urbanizados, não serviços públicos prestados. As três favelas (9066,58 m²) presentes às
margens do rio Comprido – Vila Santa Alexandria (entre a cota 150 a 100m), Santa Alexandria
e Parque Rebouças (entre cota 100 a 50) – fazem parte das Áreas urbanizadas e correspondem
a 3,1% das margens do rio em estudo.
De acordo com os dados do Censo de 2010 (Sabren), a Vila Santa Alexandria têm o
total 530 habitantes e 149 domicílios e constitui a favela que há mais tempo é ocupada, com os
primeiros registros de ocupação datando o ano de 1928. Em termos de esgotamento sanitário,
115 estão ligados a rede geral ou pluvial, 11 despejados em vala, 19 ao rio e 4 em “outro
escoadouro” (CENSO, 2010, a partir dos dados extraídos da SABREN).
Em sentido a jusante do rio Comprido encontra-se as outras duas favelas que são
limítrofes. A favela Santa Alexandria tem os primeiros registros de ocupação mais tardiamente
em comparação com as demais, em 1976. A ocupação foi impulsionada pelos altos preços de
aluguéis e os moradores começaram a “invadir os terrenos próximos, de responsabilidade de
outros proprietários, adensando a área” (SABREN). Os 549 moradores desta favela se
distribuem em 158 domicílios, sendo que num total de 198 ligações de esgotamento sanitário,
173 são ligados a rede geral ou pluvial, 4 em vala e 21 ao rio (CENSO, 2010). Dessa forma, há
a constatação que não ocorre nesta área a coleta e tratamento de esgoto de forma universal,
tornando o rio Comprido um rio poluído por dejetos e excrementos.
A favela Parque Rebouças foi ocupada a partir da obra do túnel de mesmo nome.
Segundo SABREN, os operários desta obra receberam terrenos e após a finalização da
empreitada venderam os terrenos. Esta favela tem 137 habitantes e 47 domicílios (CENSO,
2010) e não constam informações sobre o esgotamento sanitário no SABREN.
A ocupação destas favelas nas margens do rio Comprido retrata uma parcela da
realidade comumente vista na cidade do Rio de Janeiro, por não possuírem o tratamento dos
esgotos de forma ampla e generalizada como deveria ser. Dessa forma, um dos principais usos
para esta parcela da população presente nas margens do rio Comprido é utilizar o rio com
receptáculo de esgoto, trazendo uma relação prejudicial para ambas as partes o morador e o
rio. Solução deve-se partir da fiscalização, assim como regularização das redes de coleta e
tratamentos do esgoto com órgãos oficiais.
O uso e ocupação do solo nas margens do Rio Comprido, Rio de Janeiro RJ
Revista Geografia em Atos, Presidente Prudente, v. 7, n. 1, e023010, 2023. e-ISSN: 1984-1647
DOI: https://doi.org/10.35416/2023.8896 14
Conclusões
O rio Comprido abrange bairros da cidade do Rio de Janeiro que possuem uma grande
ocupação, e nas suas margens se localizam as favelas Vila Santa Alexandrina, Santa
Alexandrina e Parque Rebouças. Dessa forma, ocorre no local problemas ambientais como
poluição, assoreamento, alta impermeabilização, canalização, retificação, entre outros. Além
disso, o rio também apresenta expressiva amplitude altimétrica, o que o torna suscetível a
eventos de inundação, que são intensificados pelo tipo de ocupação do solo no local.
A partir da metodologia utilizada pelo Instituto Pereira Passos em 2018, 7 classes
de uso e ocupação do solo nas margens do rio Comprido: Áreas de educação e saúde, Áreas de
lazer, Áreas residenciais, Favela, Afloramentos rochosos e depósitos sedimentares, Cobertura
arbórea e arbustiva e Corpos hídricos. Sendo que 67,2% das margens desse rio se encontram
urbanizadas, com 61,2% correspondendo as Áreas residenciais.
A maior parte da área de Cobertura arbórea e arbustiva, inclusive onde se encontra a
cabeceira do rio Comprido, se situa no Parque Nacional da Tijuca. E isso demonstra a
importância das unidades de conservação para a preservação das nascentes, principalmente no
Rio de Janeiro, onde houve falta do abastecimento de água na cidade decorrente do
desmatamento do PNT.
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O uso e ocupação do solo nas margens do Rio Comprido, Rio de Janeiro RJ
Revista Geografia em Atos, Presidente Prudente, v. 7, n. 1, e023010, 2023. e-ISSN: 1984-1647
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Sim, o trabalho respeitou a ética durante a pesquisa.
Disponibilidade de dados e material: Os dados são oriundos do IPP e, em ambiente SIG,
foram manipulados e transformados em informações a partir da nossa análise.
Contribuições dos autores: As contribuições científicas presentes no artigo foram construídas
em conjunto pelos(as) autores(as). As tarefas de concepção e design, preparação e redação do
manuscrito, bem como, revisão crítica foram desenvolvidas em grupo. O(a) primeiro(a) autor(a)
ficou especialmente responsável pela concepção do artigo e do arcabouço metodológico,
análise dos dados gerados a partir dos mapeamentos e da coordenação do projeto do artigo.
O(a) segundo(a) autor(a) colaborou com parte do desenvolvimento teórico-conceitual e dos
resultados que foram realizados a partir de uma análise da área de estudo por referências
bibliográficas, dados cartográficos e por meio de trabalhos de campo. Também foi responsável
pela elaboração e tradução do resumo e pela composição das representações cartográficas,
assim como da metodologia. O(a) terceiro(a) autor(a) foi responsável por auxiliar com a escolha
do referencial teórico e pelos procedimentos técnicos de revisão geral do artigo.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Formatação e normalização.