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Nuances Est. Sobre Educ.
, Presidente Prudente, v. 33, e022010, jan./dez. 2022. e-ISSN: 2236-0441
DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v33i00.9488
1
EDUCAÇÃO EMOCIONAL, FORMAÇÃO HUMANA E ESPIRITUALIDADE
EDUCACIÓN EMOCIONAL, FORMACIÓN HUMANA Y ESPIRITUALIDAD
EMOTIONAL EDUCATION, HUMAN FORMATION AND SPITITUALITY
Fabrício POSSEBON
1
Elisa Pereira Gonsalves POSSEBON
2
Taísa Caldas DANTAS
3
RESUMO
: O objetivo do artigo é compreender as percepções dos docentes que integram a
rede municipal de Queimadas-PB, sobre os impactos e mudanças na vida pessoal e
profissional após terem participado da formação em Educação Emocional. A investigação está
centrada na emergência de habilidades emocionais a partir da referida formação, buscando
identificar possíveis relações entre Educação Emocional e Espiritualidade. A partir da
abordagem qualitativa com enfoque fenomenológico, pode-se concluir que a formação em
Educação Emocional causou efeitos positivos na vida dos sujeitos da pesquisa,
especificamente no que se refere ao desenvolvimento de cinco habilidades: perceber as
emoções sentidas; adquirir capacidade de diferenciar as emoções; desenvolver a reflexão
crítica sobre as emoções; adquirir capacidade de pensar estrategicamente sobre as emoções
visando o bem estar; e desenvolver a capacidade de vivenciar as emoções de forma saudável.
Registrou-se que o desenvolvimento de tais habilidades também está relacionado com a
dimensão espiritual dos sujeitos.
P
ALAVRAS-CHAVE
: Educação emocional. Espiritualidade. Emoção.
RESUMEN
: El objetivo del artículo es conocer las percepciones de los profesores que
integran la red municipal de Queimadas-PB, sobre los impactos y cambios en su vida
personal y profesional después de haber participado en la formación en Educación
Emocional. La investigación se centra en el surgimiento de habilidades emocionales a partir
de esta formación, buscando identificar posibles relaciones entre la Educación Emocional y
la Espiritualidad. Basándose en el enfoque cualitativo con un enfoque fenomenológico, se
puede concluir que la formación en Educación Emocional causó efectos positivos en la vida
personal y profesional de los sujetos de la investigación, concretamente en lo que respecta al
desarrollo de cinco habilidades: percibir y aceptar las emociones; adquirir la capacidad de
diferenciar y gestionar las emociones; desarrollar la capacidad de reflexionar de forma
crítica y creativa sobre las emociones; adquirir la capacidad de pensar estratégicamente
1
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa – PB – Brasil. Professor Associado do Departamento de
Ciências das Religiões. Doutorado em Letras (UFPB). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9418-8224. E-mail:
fabriciopossebon@gmail.com
2
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa – PB – Brasil. Professora Titular do Departamento de
Habilitações Pedagógicas. Doutorado em Educação (UNIMEP). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4597-
504X. E-mail: elisa.gon
salves@gmail.com
3
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa – PB – Brasil. Professora Adjunta do Departamento de
Habilitações Pedagógicas. Doutorado em Educação (UFPB). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3661-0025. E-
mail: taisa.cd@gmail.com
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sobre las emociones con el objetivo de conseguir el bienestar; y desarrollar la capacidad de
experimentar las emociones de forma saludable. El desarrollo de estas habilidades también
está relacionado con la dimensión espiritual de los sujetos.
PALABRAS CLAVE
: Educación emocional. Espiritualidad. Emoción.
ABSTRACT
: The objective of this article is to understand the perceptions of teachers who
are part of the municipal network of Queimadas-PB, about the impacts and changes in their
personal and professional lives after having participated in the Emotional Education training.
The investigation is centered on the emergence of emotional abilities from this training,
seeking to identify possible relations between Emotional Education and Spirituality. Based on
the qualitative approach with a phenomenological focus, one can conclude that the Emotional
Education training caused positive effects on the research subjects' personal and professional
lives, specifically regarding the development of five skills: perceiving and accepting
emotions; acquiring the ability to differentiate and manage emotions; developing the ability
to reflect critically and creatively about emotions; acquiring the ability to think strategically
about emotions aiming at well-being; and developing the ability to experience emotions in a
healthy way. It was noted that the development of such skills is also related to the spiritual
dimension of the subjects.
KEYWORDS
: Emotional education. Spirituality. Emotion.
Introdução
A temática deste artigo está centrada na busca pelas relações entre Educação
Emocional e Espiritualidade, a partir da experiência de formação continuada realizada na rede
municipal de ensino da cidade de Queimadas - Paraíba, ao longo de 2016 a 2020.
Para tanto, busca-se inicialmente discorrer sobre questões teóricas que envolvem as
emoções, a proposta formativa em Educação Emocional e a Espiritualidade para, em seguida,
descrever as percepções dos sujeitos da pesquisa sobre os impactos da formação realizada na
sua vida pessoal e profissional.
Formação Educação Emocional: desafio teórico e vivencial
Compreender o ser humano na sua integralidade, e na sua complexidade, é reconhecer
também que as emoções mobilizam e conferem sentidos às ações (SOLOMON, 2015). Mais
do que orientar nossas condutas, o universo emocional, ao se manifestar no indivíduo, mostra
quem ele é: “Somos nossas emoções, tanto quanto somos nossos pensamentos e ações”
(SOLOMON, 2015, p. 17).
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A emoção é uma reação natural e se configura como uma resposta imediata que surge
mediante um estímulo ou uma situação. Martins (2004, p. 23) afirma que as “emoções são
reações globais, inatas e passageiras que têm uma função específica de cada ser”. Essas
reações se referem a uma resposta adaptativa ao entorno, considerando que é um processo
psicológico que implica em uma série de elementos desencadeantes (estímulos relevantes),
diferentes níveis de processamento cognitivo (processos valorativos), mudanças fisiológicas
(ativação), padrões expressivos (expressão emocional) (FERNÁNDEZ-ABASCAL;
SÁNCHEZ, 2015).
Além de influenciar o comportamento humano, as emoções revelam valores: ao
orgulhar-se de algo, por exemplo, o indivíduo mostra que pensa naquilo como bom. Essa
relação ente emoção e valor merece ser destacada. Nas palavras de Stocker e Hegman (2002,
p. 116) “as emoções são úteis na revelação de valores; porém o que realmente é em si mesmo
importante é o valor que elas revelam”. E influenciando comportamentos e revelando valores,
a presença das emoções tem sido cada vez mais evidenciadas, nos últimos tempos, como um
elemento próprio e necessário nos processos formativos (BISQUERRA, 2000; CEJUDO;
LÓPEZ-DELGADO; RUBIO, 2015; GARCÍA; CALLEJA, 2017; GORDILLO
et al.,
2016).
Por sua vez, a Educação Emocional implica o conhecimento e o autoconhecimento de
questões pertinentes ao universo emocional, além da aquisição de conhecimentos e
habilidades que poderão proporcionar a consciência e a modulação das ações, de forma que o
indivíduo possa aprender a sentir e a agir no sentido de proporcionar bem-estar (POSSEBON;
POSSEBON, 2020).
Nas palavras de Bisquerra (2000, p. 243), a Educação Emocional é:
Um processo educativo, contínuo e permanente, que pretende potencializar o
desenvolvimento emocional como complemento indispensável ao
desenvolvimento cognitivo, constituindo ambos os elementos essenciais do
desenvolvimento da personalidade integral. Para isso se propõe o
desenvolvimento de conhecimentos e habilidades sobre as emoções, com o
objetivo de capacitar o indivíduo para lidar melhor com os desafios da vida
cotidiana. Tudo isso tem como finalidade aumentar o bem estar pessoal e
social
A Educação Emocional propõe vivenciar a emoção para o próprio bem-estar,
aceitando e compreendendo o que a emoção está informando, para desenvolver novas
competências, agora voltadas para um conjunto de capacidades que permitem compreender,
expressar e regular de forma apropriada os fenômenos emocionais, incluindo a consciência
emocional, o controle da impulsividade, trabalho em equipe, cuidar de si mesmo e dos
demais, dentre outros. Podemos afirmar que a Educação Emocional é um processo de
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formação humana que envolve as dimensões física, vital, mental, emocional e espiritual do
indivíduo, a partir da mobilização de diferentes emoções, tanto do ponto de vista cognitivo
quanto do ponto de vista vivencial (POSSEBON; POSSEBON, 2020).
Nesses termos, a Educação Emocional é um processo de formação humana que se dá
ao longo da vida, que ocorre de forma integral, visando o bem-estar subjetivo. O objetivo
maior é proporcionar uma mudança no indivíduo, mudança que é:
cotidiana e profunda, e compreende um movimento afetivo e amoroso; não
ideológico. A necessidade e a urgência de vivenciar o amor não como
conceito abstrato, mas sim como questão imediata, como experiência
corporal vivida no cotidiano para a promoção do bem-estar são
procedimento fundamental. Assim, alimentar o organismo vivo é um ato do
tempo presente. Alimentar um corpo para que ele possa viver não é uma
lembrança do passado ou uma programação para o futuro. O corpo tem fome
de viver. E viver é uma expressão do tempo presente (GONSALVES;
SOUZA, 2015, p. 96).
Nesta perspectiva de formação, trata-se de facilitação e criação de um espaço de
vivências pedagógicas para descobrir a dimensão emocional do corpo. Neste sentido,
o trabalho de facilitação é iniciado quando se coloca em tela a experiência
emocional da pessoa, para que ela mesma a converta em um objeto de
reflexão. Aí reside a possibilidade de ampliação de seus conhecimentos a
respeito de si e recriar-se, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida.
Trata-se de um processo de transformação pessoal por si mesmo e só se
realiza mediante a aprendizagem de novas formas de agir, de lidar com a
própria emocionalidade. É importante destacar que o resultado só é
alcançado mediante uma modificação comportamental que é realizada
mediante um processo educativo (GONSALVES; SOUZA, 2015, p. 97).
O aspecto vivencial diz respeito à opor
tunidade de realizar novas aprendizagens de
vinculação amorosa e intensa conexão com a vida e que estão intimamente relacionados com
a experiência profunda, plena de significado intensidade da experiência com a vida. Ele é a
base para o desenvolvimento de um novo ser humano capaz de vincular-se e manter relações
de amor por si, pelo outro e pela natureza, com o desenvolvimento da inteligência afetiva, tal
como é proposta por Rolando Toro (2014).
O pode
r reorganizador da vivência se deve à qualidade única de surgir como a
primeira expressão afetiva de nosso organismo, com sensações corporais fortes. As vivências
constituem a expressão originária do mais íntimo de nós mesmos, anterior a toda elaboração
simbólica ou racional. A Educação Emocional, para adquirir um potencial transformador,
precisa se realizar através da vivência, sem a qual ficará limitada à cognição.
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O trabalho de formação em Educação Emocional parte do pressuposto, portanto, de
que o ser humano é uma totalidade cujas partes (dimensões) se integram e estão implicadas –
dimensões física, vital, mental, emocional, espiritual (POSSEBON; POSSEBON, 2020).
Neste sentido, considera-se o ser humano como uma inteireza e qualquer dimensão sua
necessariamente afeta as demais pois estão implicadas e influenciando-se mutuamente,
tratando-se, portanto, de uma proposta holística.
Conceito de Espiritualidade e o papel das emoções
Richard Maurice Bucke descreve uma curiosa experiência que vivenciou, numa noite,
ao retornar para sua casa, em fins do século dezenove. Denominou-a consciência cósmica
(BUCKE, 1996, p. 42):
De repente, sem qualquer tipo de aviso, me vi engolfado por uma nuvem da
cor das chamas. Por um momento, pensei que houvesse um incêndio, uma
enorme fogueira em algum lugar perto da cidade; depois pensei que o fogo
estava dentro de mim. Imediatamente, um sentimento de alegria tomou conta
de mim, de imensa felicidade acompanhada ou seguida por uma iluminação
intelectual impossível de descrever. [...]
Entre outras coisas, não passei simplesmente a acreditar, mas vi que o
universo não é composto de matéria morta, mas constitui uma presença viva;
Assim, tomei consciência da vida eterna. Não era a convicção de que
alcançaria a vida eterna, mas a consciência de que já a possuía; vi que todos
os seres humanos são imortais, que a ordem cósmica é tal que, sem dúvida,
todas as coisas contribuíram para o bem de cada um; que o princípio básico
do mundo, de todos os mundos, é o que chamamos de amor; e que a
felicidade de cada um é, a longo prazo, absolutamente certa.
O impacto d
esta experiência transformou sua vida, levando-o a dedicar vários anos de
estudo e pesquisa no seu entendimento. O resultado foi a publicação de sua obra,
Cosmic
Consciousnes
, em 1901, considerada pioneira na matéria, em que reúne uma quantidade
significativa de episódios e os interpreta, tentando dar-lhes uma definição razoavelmente
precisa. Onze itens sintetizam a investigação do que normalmente se encontra em episódios
de consciência cósmica (BUCKE, 1996, p. 108): a) A luz subjetiva; b) A elevação moral; c) A
iluminação intelectual; d) O senso de imortalidade; e) A perda do medo da morte; f) A perda
do senso de pecado; g) A subitaneidade e instantaneidade do despertar; h) O caráter anterior
do homem - intelectual, moral e físico; i) A idade da iluminação; j) O encanto acrescentado à
personalidade, de modo que homens e mulheres são sempre (?) fortemente atraídos para a
pessoa; k) A transfiguração do indivíduo que é objeto da mudança, tal como vista por outrem
quando o sentido cósmico está efetivamente presente.
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Um século de investigações aprimoraram a compreensão da consciência cósmica,
ainda que outros termos fossem usados para descrever a mesma experiência ou algo de
natureza aproximada. Recordaremos alguns nomes significativos, nesta história: William
James (s.d.), que investigou a experiência religiosa; Sigmund Freud (2010), que comentou
uma dada experiência, chamando-a ‘oceânica’ e interpretando-a como carência da mãe,
segundo sua abordagem psicanalítica; Abraham Maslow (s.d.), que descreveu dezesseis
características de um fenômeno por ele denominado
peak-experience
, normalmente traduzido
como experiência culminante; Charles Tart (1994, 2012), que detalhou os estados alterados de
consciência; Joseph Rhine (1965, 1966, 1973), que na Universidade de Duke, investigou a
Percepção Extra-sensorial, fenômeno normalmente presente na consciência cósmica; Walter
Pahnke (WEIL, 1989, p. 26 27), que utilizou, num experimento científico, a psilocibina para
produzir um estado místico; e finalmente Stanislav Grof (2020a, 2020b), investigador do LSD
que, após sua proibição, desenvolveu com Christina Grof a técnica da respiração holotrópica,
para obter os mesmos efeitos da substância.
É possível interpretar as experiências registradas pelas inúmeras tradições filosóficas e
religiosas como consciência cósmica, por exemplo: Nirvana do Budismo; Samadhi do Yoga;
Beatitude, Graça, Sétimo Céu, Reino dos Céus, etc. das tradições cristãs (WEIL, 1989, p. 17 e
seg.). Ainda, segundo Pierre Weil (1989, p. 9), uma nova área do saber foi desenvolvida:
a Psicologia Transpessoal é um ramo da Psicologia especializada no estudo
dos estados alterados de consciência; ela lida mais especialmente com a
“experiência cósmica” ou os estados ditos “superiores” ou “ampliados” da
consciência. Estes estados consistem na entrada numa dimensão fora do
espaço-tempo tal como costuma ser percebida pelos nossos cinco sentidos. É
uma ampliação da consciência comum com visão direta de uma realidade
que se aproxima muito dos conceitos da física moderna.
Embora a experiência cósmica de Bucke, e muitas outras registradas, pareçam
espontâneas, de fato, os sistemas filosóficos e religiosos desenvolveram, ao longo de sua
história, muitas técnicas, conhecidas como tecnologias do sagrado, para provocá-la,
reconhecendo assim os seus benefícios. Elencamos algumas delas, na sequência. Não
podemos perder de vista que a Espiritualidade é uma busca, em um estado alterado de
consciência, portanto os recursos empregados nesta busca são aqueles que produzem estados
não ordinários.
Insistimos, de acordo com nossa compreensão, que E
spiritualidade não é refletir,
ponderar, analisar, mensurar, comparar, etc., sobre o transcendente, estas são operações
racionais e lógicas; Espiritualidade é vivenciar estados alterados de consciência que levam ao
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transcendente. Fica claro portanto o papel das emoções na Espiritualidade, pois elas
sobrepujam a racionalidade, são mais fortes e mais primitivas.
Destacamos neste momento o elenco dos recursos que podem, em dadas
circunstâncias, auxiliar tanto na busca pelo transcendente, ou seja, na Espiritualidade, quanto
na equilibração emocional, isto é, como um potencial instrumento da Educação Emocional:
1)
Recursos sensoriais da audição: silêncio, sons da natureza (mar, cachoeira), sons de
instrumentos graves (tambor, didjeridou, gongo, etc.), determinadas músicas e cantos,
mantras e orações;
2)
Recursos sensoriais da visão: escuridão, contemplação da natureza, paisagens, obras
de arte, luz estroboscópica;
3)
Recursos sensoriais da olfação e gustação: aromas, sabores e cheiros, óleos
essenciais da Aromaterapia;
4)
Recursos sensoriais do tato: toque, carícia, massagem, encontro, abraço;
5)
Recursos do movimento: dança, caminhar, romaria, rito, exercício;
6)
Trabalho corporal: dieta, jejum;
7)
Exercícios de respiração;
8)
Técnicas diversas como meditação, concentração.
Os recursos aqui elencados, apresentados em separado, na prática dos sistemas
filosóficos e religiosos, são infinitamente combinados.
Pelo visto, Espiritualidade não se confunde com Religião, ainda que para algumas
pessoas a busca pelo transcendente possa ser tentada por meio de uma Religião formalmente
instituída. Compare-se nossa definição de Espiritualidade com a clássica definição de
Religião de Émile Durkheim (1996, p. 32):
Uma religião é um sistema solidário de crenças e de práticas relativas a
coisas sagradas, isto é, separadas, proibidas, crenças e práticas que reúnem
numa mesma comunidade moral, chamada igreja, todos aqueles que a elas
aderem.
Afirmamos que a Espiritualidade, como uma busca, pressupõe vivências em estados
alterados de consciência, ou seja, fora da condição de vigília e dos estados racionais, lógicos e
reflexivos. Entra-se nestes estados alterados espontaneamente (melhor talvez seria dizer que
desconhecemos os mecanismos do processo) ou tenta-se por meio das tecnologias do sagrado.
Nenhuma técnica é garantia absoluta de sucesso, mas a prática insistente tem dado resultados
efetivos.
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O desenho metodológico da investigação
A
pesquisa qualitativa realizada teve como desafio compreender, a partir do enfoque
fenomenológico, as percepções dos docentes sobre os impactos da formação em educação
emocional na sua vida pessoal e profissional. Os sujeitos da pesquisa foram buscados entre os
profissionais da educação que integram a rede municipal de Queimadas-PB, particularmente
daqueles que participaram da formação em Educação Emocional oferecida pela Secretaria de
Educação/SEDUC em parceria com o Núcleo de Educação Emocional NEEMOC/UFPB,
durante os anos de 2016 a 2020. Participaram da investigação vinte e um professores que se
dispuseram a serem entrevistados e responder um formulário eletrônico. Os dados foram
coletados durante o ano de 2021.
No tratamento e análise de dados foram extraídas frases que dizem respeito ao
fenômeno estudado, realizando-se a extração de assertivas significativas. Este processo foi
realizado através de um exame de dados obtidos com base nas transcrições dos depoimentos,
destacando-se as “declarações significativas”, isto é, frases ou citações que permitem uma
compreensão de como as participantes percebem o fenômeno vivenciado (CRESWELL,
2014). Em seguida, foram organizados grupos de significados para as declarações, onde tais
declarações foram utilizadas para desenvolver uma descrição do que os sujeitos
experimentaram. Os significados foram agrupados em temáticas, permitindo o surgimento de
temas comuns a todas as transcrições (CRESWELL, 2014). Todos os resultados obtidos
foram integrados em uma descrição do fenômeno investigado.
Na organização dos grupos de significados, considerou-se a Vivência Emocional,
proposta por Possebon (2018). Tal proposta indica o conjunto de habilidades socioemocionais
a serem desenvolvidas em trabalhos que envolvam a Educação Emocional: perceber e acolher
as emoções sentidas; adquirir capacidade de diferenciar e manejar a emoções; desenvolver a
capacidade de refletir deforma crítica e criativa sobre as emoções; adquirir capacidade de
pensar estrategicamente sobre as emoções visando o bem estar; e desenvolver a capacidade de
vivenciar as emoções de forma saudável.
A utilização desse modelo explicativo não se configurou como um padrão fixo e
imutável; ele foi utilizado como uma possibilidade de interpretação dos dados, sem reduzir a
riqueza e diversidade dos dados obtidos, que poderiam confirmar ou não a proposta, como
também incluir novos elementos.
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Aprendizagens em educação emocional: diálogo com os dados empíricos
Sobre a existência de impactos do Curso de Educação Emocional na sua vida pessoal e
profissional, 100% dos sujeitos da pesquisa responderam afirmativamente.
Tendo como referência o primeiro eixo de respostas destacado por Possebon (2018),
que é a percepção e o acolhimento das emoções sentidas - competência emocional que inclui
diferentes habilidades como reconhecer a informação que está associada com a emoção
sentida, a capacidade de identificar se a experiência da emoção está sendo saudável ou
desadaptativa, a tomada de consciência das próprias emoções, do ponto de vista fisiológico e
intersubjetivo, dentre outros -, tem-se um conjunto significativo de declarações. Os sujeitos da
pesquisa relataram que sua capacidade de percepção sobre os fenômenos emocionais foi
ampliada e afirmam que conseguiram adquirir “maior conhecimento sobre as emoções e senti-
las, ao invés de tentar silenciá-las, isso fez com que eu me conhecesse melhor”, “sei agora
como as minhas emoções atuam em mim”.
Quando se trata especificamente dos impactos para o exercício da profissão foi
possível alcançar uma nova compreensão dos colegas: “consigo compreender melhor e
respeitar meus colegas de trabalho”, “agora consigo entender mais meus colegas de profissão,
coisa que antes era mais difícil”. A expansão da percepção também se dirige ao alunado:
“adquiri um olhar mais profundo e sensível para cada aluno, agora o enxergo como uma
pessoa e não somente como aluno”, “meu vínculo com os alunos foi melhorado e muito
porque agora consigo me aproximar mais, entendo o que eles sentem”, “consigo entender
além das minhas emoções, consigo perceber a emoção do meu aluno”.
Toda relação humana envolve aspectos emocionais e, na medida em que os
profissionais da educação compreendem esses aspectos, podem criar novas e melhores formas
de se vincular. Como afirma Gordillo
et al.
(2016), o conhecimento da história afetiva do
aluno e sua situação atual proporciona ao professor uma quantidade de informação que poderá
ser a chave para poder interprestar suas reações ou comportamentos.
No segundo eixo de respostas, que se refere à capacidade de diferenciar e manejar as
emoções, estão associadas a ela habilidades como compreensão das causas e consequências da
emoção vivenciada, modulação da resposta diante do estímulo, distinção da ação a ser
realizada, dentre outros (POSSEBON, 2018). De acordo com os dados obtidos, verificou-se
que os sujeitos indicaram que “aprendi a distinguir as emoções”, “hoje consigo entender e
diferenciar meus sentimentos e emoções”, “eu me tornei uma pessoa mais centrada porque
antes eu não conseguia equilibrar minhas emoções”.
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Quando se trata do impacto das aprendizagens que obtiveram no curso para o
desenvolvimento do trabalho, especificamente sobre a capacidade de diferenciar e lidar com
as emoções, os depoimentos acenam no seguinte sentido: “agora eu penso mais antes de falar
ou tomar uma atitude, antes eu não fazia isso”, “mudei muito no sentido de saber lidar com
certas situações que antes não conseguia, porque tinha medo de me expressar”, “eu me sinto
mais confiante e segura”.
Quando se trata especificamente da relação com o outro, os sujeitos da pesquisa
informam que “conviver com os outros no trabalho ficou mais fácil porque agora eu entendo
mais as emoções que eles sentem”, “eu sou uma melhor observadora agora, e isso me ajuda
bastante”, “consigo ver melhor as diferentes reações emocionais do que faço”, “eu me sinto
mais regulada emocionalmente para trabalhar em sala de aula”.
A busca para realizar melhores respostas emocionais, através da ação consciente,
evidencia que a formação realizada atua na incorporação de saberes que promovem a
expansão da capacidade de diferenciar as emoções sentidas e a percepção de que o sujeito
pode atuar sobre elas.
O terceiro eixo de respostas está relacionado com a capacidade de refletir de forma
crítica e criativa sobre as emoções, envolvendo habilidades como o reconhecimento da
necessidade de mudança para proporcionar bem estar, a identificação de novos hábitos a
serem construídos, a automotivação, a identificação de riscos a serem superados, dentre outros
(POSSEBON, 2018). Sobre essa questão pudemos registrar depoimentos como “a educação
emocional me ajudou no autoconhecimento e isso me ajuda a melhorar minhas relações
comigo mesma”, “consigo lidar de forma mais harmoniosa com as minhas emoções”, “minha
vida mudou porque eu aprendi a conhecer e vivenciar de maneira mais leve minhas próprias
emoções”.
Os sujeitos da pesquisa destacaram também o desenvolvimento da empatia e
capacidade de comunicação: “hoje me sinto mais regulada emocionalmente, mais empática e
grata, com mais capacidade de resolver os problemas que surgem”, “me sinto mais regulada
emocionalmente para tomar minhas decisões”, “adquiri mais capacidade de escuta e diálogo”,
“estou conseguindo ter uma escuta mais empática e com menos julgamentos”.
Se por um lado é possível afirmar que a formação oferecida permitiu que os
profissionais aprendessem sobre as emoções, distinguindo cada uma delas e desenvolvendo a
capacidade de resolver questões de forma mais regulada e empática, por outro lado tem-se
como evidente uma lacuna na formação inicial do professorado: a educação emocional. De
acordo com Mora-Miranda
et al.
(2022), este aspecto deve ser considerado pois estamos,
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provavelmente, diante de gerações melhores preparadas do ponto de vista instrutivo, mas que
não estão contribuindo para uma compreensão do aluno enquanto ser integral.
O quarto eixo de respostas corresponde à aquisição da capacidade de pensar
estrategicamente sobre as emoções, visando o bem-estar. Esta competência se relaciona com
diferentes habilidades, dentre elas, a identificação de estratégias de mudança da resposta
emocional, a modificação do foco interno, a capacidade de distanciar-se de processos
desadaptativos (POSSEBON, 2018). Neste sentido, pudemos identificar depoimentos que
indicam o seguinte: “consigo lidar de forma mais harmoniosa com as minhas emoções depois
que consegui entender e diferenciar cada uma delas”. Os depoimentos também acenaram no
sentido de modificação buscar novas formas de enfrentamento de desafios cotidianos: “agora
eu penso em mais de uma alternativa para resolver os problemas que surgem”, “eu aprendi a
rever algumas atitudes que não me faziam bem”.
Quando se trata dos impactos no cotidiano do trabalho, os depoimentos informam de
maneira especial a relação com os alunos: “através do que aprendi na educação emocional eu
consigo tranquilizar meus alunos, acalmá-los, e assim consigo bons resultados nas atividades
e avaliações”, “consigo controlar minhas ações com mais serenidade diante das situações
vividas no cotidiano escolar”, “lidar com as emoções dos alunos ficou bem mais fácil, consigo
contribuir para que eles se sintam melhor e isso faz toda a diferença no resultado da
aprendizagem”.
A evidência da relação existente e direta entre atuação emocional consciente do/a
professor/a e desenvolvimento da aprendizagem do/a aluno/a revela a necessidade de
considerar a importância desse tipo de formação. O contexto emocional facilitar ou dificultar
o desenvolvimento do/a aluno/a.
O quinto e último eixo de respostas está relacionado com a capacidade de vivenciar as
emoções de forma saudável. Esta competência diz respeito a habilidades como expressar a
emoção de forma saudável, autogerar de forma consciente emoções promotoras de bem estar,
reconhecer os impactos da sua expressão emocional nas outras pessoas, lidar com estímulos
geradores de ações tóxicas, mediante estratégias de autorregulação, dentre outras
(POSSEBON, 2018). Sobre este ponto, os sujeitos da pesquisa indicaram: “hoje me sinto mais
tranquilo e busco equilíbrio para resolver minhas questões pessoais, estou buscando uma
melhor qualidade de vida”, “depois que conheci as emoções e seus efeitos consigo um melhor
agir, consigo me posicionar melhor quando vivencia cada uma delas”, “agora minhas
emoções são aliadas para eu viver melhor”, “eu agora sei como resolver minhas questões
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emocionais e aí posso contribuir para uma melhor qualidade de vida”, “eu ampliei as relações
nutritivas que contribuem para o meu bem estar e afastei as relações tóxicas”.
Considerando os depoimentos, podemos registrar vário
s impactos com relação ao
trabalho: “agora procuro qualificar mais o trabalho dos meus colegas, coisa que antes eu não
fazia”, “eu aprendi a respeitar mais a individualidade de cada um na escola”, “consigo
demonstrar mais carinho e respeito com meus colegas de trabalho”, “é muito estressante o
trabalho na escola mas hoje eu posso dizer que o ambiente está mais acolhedor, a gente
passou a se relacionar de uma forma diferente”.
Para além do modelo proposto pela Vivência Emocional (POSSEBON, 2018),
registramos também dois outros tipos de achados.
O primeiro achado se refere ao fato dos sujeitos da pesquisa continuarem realizando os
exercícios de educação emocional na sua vida diária. Esse fato tem surtido efeitos para si e
também para sua família: “eu tenho desenvolvido os exercícios de educação emocional no
trabalho e em casa, com minha família e isso tem gerado muita harmonia e união”, “o
principal impacto para mim foi descobrir como os exercícios de respiração, e os outros
exercícios também influenciam minhas emoções e meu comportamento. Agora faço todos os
dias”, “eu aprendi vários exercícios e pratico com minha família”, “os exercícios de educação
emocional geram bem estar, eu faço sempre”.
O segundo achado se refere à questão da espiritualidade. De acordo com os relatos
obtidos, os sujeitos da pesquisa consideram a existência da relação entre emoções e
espiritualidade: “a educação emocional se relaciona com a espiritualidade porque elas são
dimensões do ser humano”, “emoção e espiritualidade estão diretamente relacionadas”, “eu
não consigo explicar em palavras mas sinto que não há espiritualidade sem emoção”, “mesmo
sabendo que as duas apresentam suas diferenças penso que, de certa forma, uma se relaciona
com a outra”.
Os depoimentos indicam que a educação emocional e a espiritualidade atuam no
sentido de promover a saúde mental e o bem estar dos indivíduos: “ambas atuam de maneira
significativa no bem estar e na qualidade de vida do indivíduo”, “as duas ajudam a direcionar
um olhar mais amoroso para a vida”, “tanto uma como a outra trabalham a ideia de
pertencimento no mundo, de unidade cósmica, que é uma forma complexa de compreender a
existência humana”, “as duas permitem uma reflexão e questionamento sobre as dimensões do
ser humano”, “através de alguns exercícios de educação emocional tocamos na nossa
dimensão espiritual”.
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Considerações finais
A Educação Emocional é um processo educativo de ação consciente. Isso significa que
implica o conhecimento e o autoconhecimento de questões pertinentes ao universo emocional,
além da aquisição de conhecimentos e habilidades que poderão proporcionar a consciência e a
modulação das ações, de forma a aprender sentir e a agir no sentido de proporcionar bem-
estar. Essa perspectiva acena também no sentido da afirmação de um processo de formação
humana vivencial orientada para que o indivíduo possa alcançar, mediante aprendizagens
vitais (que favorecem a aquisição de competências que estruturam a vida emocional do
sujeito), o desenvolvimento de um conjunto de capacidades afetivas, como escutar, elogiar,
qualificar, cuidar.
Consideramos que o curso de educação emocional oferecido como formação
continuada contribuiu para o bem estar emocional dos sujeitos envolvidos, e para o
estabelecimento de novas e melhores relações na família e no ambiente de trabalho. Das cinco
habilidades utilizadas como referência analítica - perceber e acolher as emoções sentidas;
adquirir capacidade de diferenciar e manejar a emoções; desenvolver a capacidade de refletir
deforma crítica e criativa sobre as emoções; adquirir capacidade de pensar estrategicamente
sobre as emoções visando o bem estar; e desenvolver a capacidade de vivenciar as emoções
de forma saudável -, pode-se verificar que todas elas foram objeto dos depoimentos,
permitindo afirmar que o curso de Educação Emocional colaborou para o desenvolvimento
das referidas habilidades emocionais.
Especificamente sobre a relação entre Educação Emocional e Espiritualidade,
constatou-se a existência de uma relação positiva, primeiro pelo reconhecimento de que as
dimensões humanas estão interligadas, influenciando inclusive a saúde física e mental dos
indivíduos. Também foi registrado que uma vivência espiritual pode ser alcançada mediante
os exercícios de educação emocional que, ao serem aprendidos, são incorporados no cotidiano
dos sujeitos como estratégia regulação emocional e promoção de bem estar.
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Como referenciar este artigo
POSSEBON, F.; POSSEBON, E. P. G.; DANTAS, T. C. Educação emocional, formação
humana e espiritualidade.
Nuances Est. Sobre Educ.
, Presidente Prudente, v. 33, e022010,
jan./dez. 2022. e-ISSN: 2236-0441. DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v33i00.9488
Submetido em
: 10/10/2021
Revisões requeridas
: 22/12/2021
Aprovado em
: 09/02/2022
Publicado em
: 01/03/2022
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, Presidente Prudente, v. 33, e022010, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 2236-0441
DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v33i00.9488
1
EMOTIONAL EDUCATION, HUMAN FORMATION AND SPITITUALITY
EDUCAÇÃO EMOCIONAL, FORMAÇÃO HUMANA E ESPIRITUALIDADE
EDUCACIÓN EMOCIONAL, FORMACIÓN HUMANA Y ESPIRITUALIDAD
Fabrício POSSEBON
1
Elisa Pereira Gonsalves POSSEBON
2
Taísa Caldas DANTAS
3
ABSTRACT