O QUE DIZEM OS ESTUDANTES SOBRE PAPEL DE GÊNERO: UM ESTUDO COMPARATIVO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE E NA UNIVERSIDADE DA MADEIRA


LO QUE DICEN LOS ESTUDIANTES SOBRE EL PAPEL DE GÉNERO: UN ESTUDIO COMPARATIVO EN LA UNIVERSIDAD FEDERAL DE SERGIPE Y LA UNIVERSIDAD DE MADEIRA


WHAT STUDENTS SAY ABOUT GENDER ROLES: A COMPARATIVE STUDY AT THE FEDERAL UNIVERSITY OF SERGIPE AND THE UNIVERSITY OF MADEIRA


José Paulo Gomes BRAZÃO1 Alfrancio Ferreira DIAS2


RESUMO: Este artigo apresenta uma análise da subcategoria de papel de gênero, no decurso de um estudo comparativo na Universidade da Madeira, UMa (Portugal) e na Universidade Federal de Sergipe, UFS (Brasil) sobre “Vozes dos estudantes universitários sobre a diversidade sexual e de gênero, sua relação com a coeducação e com a inovação pedagógica.” Em termos metodológicos foi adotada uma abordagem qualitativa, com aplicação de um questionário com questões abertas e fechadas e o visionamento de um vídeo curto de enquadramento do tema. Foi feita a análise de conteúdo aos dados obtidos. Os resultados comparados mostram que tanto os ex-estudantes da UMa como os da UFS valorizam o conceito de papel de gênero e reconhecem a necessidade de discuti-lo. Utilizam expressões idênticas quando fazem considerações valorativas sobre este conceito. No entanto verifica-se que há um envolvimento maior dos ex-estudantes da Universidade Federal de Sergipe na discussão deste tema. Em oposição, as respostas dos ex-estudantes na Universidade da Madeira confirmam a pouca adesão a essa iniciativa. Também se observa que a maioria dos ex-estudantes da UFS tem uma forte consciência dos constrangimentos que a vivência do papel de gênero acarreta, fora dos padrões sociais estereotipados. Isso pode ser justificado por experienciarem contextos sociais predominantemente paternalistas, com a presença de tabus sobre esta temática e que dificulta principalmente as mulheres na livre vivência do seu gênero.


PALAVRAS-CHAVE: Educação. Diversidade. Papel de gênero. Academia.


1 Universidade da Madeira (UMA), Madeira – Portugal. Professor e Investigador sénior na área científica de Inovação Pedagógica da Universidade da Madeira. Membro Associado do Centro de Investigação em Educação da Universidade da Madeira - FCT- PEst-OE/CED/UI4083/2014 –Portugal. Membro Associado ConQuer - Grupo de estudos e pesquisas queer e outras epistemologias feministas (UFS). Doutor em Educação - Inovação Pedagógica (2008), pela Universidade da Madeira (UMA). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3575-4366. E- mail: jbrazao@staff.uma.pt

2 Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão – SE – Brasil. Professor do Departamento de Educação e do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe – Brasil. Líder do ConQuer - Grupo de estudos e pesquisas queer e outras epistemologias feministas. Doutorado em Sociologia (UFS). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5562-0085. E-mail: diasalfrancio@academico.ufs.br


RESUMEN: Este artículo presenta un análisis de la subcategoría rol de género y es parte de un estudio comparativo en la Universidad de Madeira, UMa (Portugal) y la Universidad Federal de Sergipe, UFS (Brasil) sobre “Voces de estudiantes universitarios sobre la diversidad sexual y de género , su relación con la coeducación y la innovación pedagógica ”. Utilizamos una metodología cualitativa, aplicamos un cuestionario con preguntas abiertas y cerradas y también el visionado de un video sobre el tema. Hicimos el análisis de contenido de los datos. Los resultados comparados muestran que tanto los exalumnos de la Universidad de Madeira como los de la Universidad Federal de Sergipe valoran el concepto de rol de género y reconocen la necesidad de discutirlo. Usan expresiones similares cuando hacen consideraciones evaluativas sobre este concepto. Sin embargo, parece que existe una mayor participación de los exalumnos de la Universidad Federal de Sergipe en la discusión de este tema. Por el contrario, las respuestas de antiguos alumnos de la Universidad de Madeira confirman la falta de adhesión a esta iniciativa. También observamos que la mayoría de los ex alumnos de la UFS son muy conscientes de las limitaciones para experimentar el rol de género, fuera de los estándares sociales estereotipados. Esto se puede explicar por el hecho de que viven contextos sociales predominantemente paternalistas, con presencia de tabúes sobre este tema, lo que dificulta principalmente a las mujeres en la vivencia libre de su género.


PALABRAS CLAVE: Educación. Diversidad. Papel de género. Academia.


ABSTRACT: This article presents an analysis of the gender role subcategory and is part of a comparative study at the University of Madeira, UMa (Portugal) and the Federal University of Sergipe, UFS (Brazil) on “Voices of university students on sexual diversity and gender, its relationship with co-education and pedagogical innovation.” We used a qualitative methodology; we applied a questionnaire with open and closed questions and the viewing of a video on the subject. We did the content analysis of the data. The compared results show that both former students from the University of Madeira and those from the Federal University of Sergipe value the concept of gender role and recognize the need to discuss it. They use similar expressions when making evaluative considerations about this concept. However, it appears that there is greater involvement of former students from the Federal University of Sergipe in the discussion of this topic. In contrast, the responses of former students at the University of Madeira confirm the lack of adherence to this initiative. We also observed that the majority of former UFS students are strongly aware of the constraints on experiencing the gender role, outside of stereotyped social standards. This can be explained by the fact that they experience predominantly paternalistic social contexts, with the presence of taboos on this topic, which mainly hinders women in the free experience of their gender.


KEYWORDS: Education. Diversity. Gender role. Academy.


Introdução


O conceito de gênero é construído socialmente por meio de um sistema de relações sociais de dominação e subordinação e em termos históricos legitimou desigualdades de poder material e simbólico entre homens e mulheres (LOURO, 2003).


Entre os estudos mais recentes sobre gênero, o pensamento de Guacira Lopes Louro (2003) e de Judith Butler (1990), têm ganho enfase por apresentar o conceito de gênero como o aparato de produção, discursivo, performativo onde os sexos se estabelecem. Para estas autoras, o gênero é definido pelas ações, comportamentos, atos de escolha e pela performatividade. Esta interessante perspetiva da visão performativa de gênero produz o conhecimento situado para a compreensão da forma como os indivíduos vivenciam os seus corpos (BRAZÃO; DIAS, 2020). Sob esta lógica, Butler (2008) afirma que existem tantos gêneros quantas pessoas na Terra, pois os gêneros “performativos” resultam da multiplicidade dos discursos e das culturas em que os indivíduos se inserem.

Ao abordar a ação complexa do papel de gênero, enfatiza-se neste artigo a percepção subjetiva da identidade, a partir da qual os indivíduos vivenciam diferentes formas de masculinidade e feminilidade, não descartando a discussão de Scott (2005) sobre o paradoxo das identidades de grupo, porque consideramo-las inevitáveis à vida social e às diferenças de grupos socialmente visíveis.

Ser homem ou mulher é algo produzido por múltiplos discursos que (pré)determinam e atribuem “papéis”, supostamente “naturais” (LOURO, 2003). Os indivíduos constroem o gênero a partir do que consideram os gêneros inteligíveis, por apresentarem coerência com a matriz cultural onde se inserem. A inteligibilidade de gênero implica coerência e continuidade entre sexo, gênero e desejo, e prática reguladora, baseada em relações binárias de heterossexualidade compulsória. Assim os indivíduos tornam-se pessoas com gêneros de valor e inserem-se nos grupos de identidades dominantes.

Reivindica-se então um trabalho crítico sobre as entidades dominantes que normatizam quer o gênero, o sexo, a etnia, entre outros marcadores sociais e excluem os indivíduos não conformantes, pois a violência simbólica, psicológica ou física recai sobre a vida das pessoas consideradas de identidades minoritárias.

O termo subversão de gênero surge como processo contínuo de resistência dos sujeitos considerados identidades minoritárias na reinvenção da realidade que os oprime. A subversão representa também a desconstrução dos padrões de exclusão impostos com base na dualidade masculino/feminino, homem/mulher e na heteronormatividade (CARDOSO; SOARES; LIMA, 2017).

A discussão e o trabalho pedagógico nesta temática diminuem a LGBTIfobia e a desconstrução de estereótipos, tal como preconizam os estudos (ALMEIDA, 2017; CARDOSO,


2019; CARVALHO et al., 2017; COUTO; CRUZ, 2017; DONATO; TONELLI, 2018; FRANÇA; FERRARI, 2016; MORAIS; BAIÃO; DE FREITAS, 2020; SANTOS; RIOS, 2021).

A nossa discussão sobre o conceito de papel de gênero insere-se no estudo comparativo na Universidade da Madeira, UMa (Portugal) e na Universidade Federal de Sergipe, UFS (Brasil) sobre “Vozes dos estudantes universitários sobre a diversidade sexual e de gênero, sua relação com a coeducação e com a inovação pedagógica.” (BRAZÃO; OLIVEIRA; DIAS, 2021). O projeto de pós-doutoramento foi apresentado por Brazão, P. (2021)3 e encontra-se publicado na plataforma TheBrain.com, sob orientação de Alfrancio Ferreira Dias, investigador e docente do Programa de Pós-doutoramento em Educação e Diversidade da Universidade Federal de Sergipe4.


Metodologia da investigação


Esta pesquisa apresenta uma abordagem metodológica qualitativa de natureza exploratória (ALVES; FIALHO; LIMA, 2018; NASCIMENTO; CAVALCANTE, 2018;

NUNES, 2020). Neste artigo iremos apenas apresentar o estudo comparativo das enunciações dos ex-estudantes acerca de papel de gênero, nos dois contextos universitários: Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Universidade da Madeira (UMa).

Os questionários que serviram ao levantamento dos dados desta categoria mantiveram o mesmo número de questões, tendo o texto sido adaptado com expressões linguísticas aos dois contextos estudados. Em primeiro foi solicitado aos ex-estudantes que assistissem ao vídeo Canal das Bee. #GuiaBasicoLGBT. - Papel de género, publicado em: https://youtu.be/fgRrmDkDSCM.


Quadro 1 – Transcrição do conteúdo verbal do vídeo papel de gênero


… Agora estaremos falando sobre o que é o papel de gênero … [por exemplo, uma] mulher grávida descobriu que tem [um] bebé com sexo biológico masculino ai fala dessa criança … é menino, é um homem e esse vai ser mais show, esse vai gostar de mulher porque vai ter … vai ser … vai ter que aprender o que é ser homem … não chorar … e assim que possível deixar coisas de mulher … tem que consertar … porque gostar de rosa é


3 BRAZÃO, P. Apresentação do projeto vozes dos estudantes universitários sobre a diversidade sexual e de género, sua relação com a coeducação e com a inovação pedagógica: um estudo comparativo na Universidade da Madeira e na Universidade Federal de Sergipe. The Brain, 2021. Disponível em: https://bra.in/7vA6Q3. Acesso em: 10 out. 2021.

4 Espera-se com a pesquisa possa contribuir para a renovação conceitual e dos contextos organizacionais da prática da pedagogia (ALMEIDA; JAEHN; VASCONCELLOS, 2018; BRAZÃO; OLIVEIRA; DIAS, 2021; CARDOSO et al., 2021; CARDOSO; DIAS, 2020; CARDOSO; DIAS, 2021; CARDOSO; MELO, 2021; CROCIARI; PEREZ, 2019; LUCIFORA, et. al., 2019; MENEZES; DIAS, 2020; PALMEIRA; DIAS, 2021; RIOS; VIEIRA, 2020;

SANTOS; LAGE 2017; SANTOS; RIOS, 2021; SILVA; DIAS; RIOS, 2020; VILAÇA, 2019; VIVAS;

BASTIDAS 2020).


coisa de veado e menina … tem que ser violento … tem que estar disposto … tem que ser bom no futebol … tem que comprar 50 camisetas do clube … tem que gostar do Sarah … é isso que é esperado de um menino quando ele nasce … isso é tão horrível porque … entretanto … [às] mulheres foi dada a liberdade de trabalhar a sensibilidade, as emoções e presumem-se quando vem a menina … [e se] a menina amanhã não vai ser mais sensível ? … tudo bem … a menina chora, coisas de menina … as meninas são mais frágeis … essa figura frágil

… que vai ficar em casa … que vai ficar ... o quê grávido? porque a mulher pede maneira: eu quero ficar grávida

… está lá para o seu marido … sabe cozinhar, lavar, passar, … Eu não sei nada disso e isso não faz de mim menos mulher … não me faz uma mulher exatamente como qualquer outra está nesse papel de gênero … [que] muda de cultura para cultura … existem culturas que são mais matriarcais ... eu tenho cultura mais patriarcal, como a nossa … isso é que é o filme na sua cabeça … o que você tem que ser … então aqui fica o nosso convite para você rever seu papel de gênero na sociedade e ver também a maneira como você cria seus filhos, como é que você cria o seu sobrinho ... como eu vou criar uma geração de pessoas que tenham menos amarras nesse papel de gênero? … O papel de gênero [estereotipado] está sendo prejudicial para todo mundo … vamos deixar claro aqui … você precisa desamarrar a massa do papel de gênero … [isso] não significa que você vai virar mulher ou virar homem ... porque é isso que é muito falado na ideologia de género: se você é um pouco mais feminino você é mulher e isso não é verdade …Existem várias masculinidades em várias feminilidades que fazem vários jeitos de vocês … a [vossa] forma como a mulher … ou a [vossa] forma como homem …

Fonte: Canal das Bee (2018)


Em segundo, foram apresentadas duas questões de resposta fechada, uma de resposta boleana (sim/não) sobre o conhecimento do conceito de papel de gênero e uma outra de resposta em escala Likert, de 5 níveis, indagando a frequência com que em contexto acadêmico participaram em conversas, debates sobre papel de gênero. Finalmente uma questão de resposta aberta, tentando obter a opinião sobre este tema. Os questionários encontram-se acessíveis nos links abaixo especificados5.

Para recolha de informação foi utilizado o Google Forms, da Google Drive resources. Definimos dois grupos de amostra de conveniência: a) os ex-estudantes do curso de mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, da UMa, entre 2015 e 2020;

b) os ex-estudantes do curso de graduação em Pedagogia, da UFS, entre 2015 e 2020.

Os dados qualitativos foram analisados com o auxílio de um programa informático que elaborado para executar a análise de conteúdo (BARDIN, 1997) e que inclui a transcrição das justificações dos ex-estudantes, a construção das categorias de análise em tabelas, ilustradas pelas unidades de significação semântica (BOGDAN; BLIKEN, 2017). Os recortes textuais foram codificados com a seguinte lógica: [País (PT ou Br) (-); campus universitário Itabaiana (ITA) ou São Cristóvão (SC); número de anos em que encontram após conclusão do curso (1…); número de ordem de resposta (1…)].


5 Para os ex-estudantes da Universidade da Madeira. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1okl- 9ue088QFOy2dBtuyvQ9xXSTLmvKi/view?usp=sharing. Acesso em: 10 out. 2021.

Para os ex-estudantes da Universidade Federal de Sergipe. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/14M7EWnjiB3-yQWtFUD-0JbJKmX1YU-0Y/view?usp=sharing. Acesso em: 10 out. 2021.


Fio utilizada a ferramenta FileMaker Pro v18, elaboradora de bases de dados relacionais, da Claris International Inc, desenvolvido para o Windows. Para além de organizar os recortes categorizados e subcategorizados dos textos, o programa contém conexões com um módulo de interpretação dos dados, uma vez que estabelece uma relação direta entre a análise dos recortes obtidos e os referenciais teóricos, selecionados para fundamentar a interpretação dos fenómenos, conforme Figura 1.


Figura 1 – Base de dados para análise de conteúdo dos dados qualitativos


Fonte: Os autores (2021)


Os textos com as afirmações dos ex-estudantes foram arrumados por unidades de significação semântica, conforme sugerem Bardin (1997) e Bogdan e Bliken (2017). A categoria de gênero, analisada neste artigo deu origem a subcategorias e cada uma delas foi justificada com diferentes fenômenos, conforme apresentamos no quadro 1 sobre a categorização dos resultados.


Quadro 2 – Categorização dos discursos dos ex-estudantes


Categoria: GÊNERO

Subcategoria

Fenômenos


PAPEL DE GÊNERO (+)

Valorização do conceito de papel de gênero.

Construção / reconstrução do papel de gênero centrada na perceção subjetiva da identidade.


PAPEL DE GÊNERO (-)

Constrangimentos na vivência do papel de gênero motivados pela influência de padrões sociais estereotipados.



Não valorização do conceito de papel de gênero.

Fonte: Os autores (2021)


Considerou-se que “Gênero” seria a categoria principal que inclui o papel de gênero. Observando as respostas dos participantes obteve-se duas subcategorias: a primeira designada de “Papel de gênero (+)” para reunir os fenêmenos considerados positivos tais como: valorização do conceito papel de gênero; construção / reconstrução do papel de gênero centrada na percepção subjetiva da identidade.

A segunda subcategoria “Papel de gênero (-)” aglomerou os fenômenos: constrangimentos na vivência do papel de gênero motivados pelos padrões sociais estereotipados; não valorização do conceito de papel de gênero.


Caracterização dos participantes


Foi solicitado o preenchimento do questionário a 160 ex-estudantes da Universidade da Madeira. Destes apenas obtivemos 22 respostas (13,7%). De igual modo enviámos a 183 ex- estudantes da Universidade Federal de Sergipe e obtivemos 26 respostas (14,21%).

Quanto ao gênero, no grupo dos ex-estudantes da Universidade da Madeira (UMa), 95,5% identifica-se como mulher e 4,5% como homem. No grupo dos ex-estudantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS), 76,9% identifica-se como mulher e 23,1% como homem.

Relativamente ao tempo decorrido após a conclusão do curso de formação na Universidade da Madeira (UMa) e na Universidade Federal de Sergipe (UFS), verificamos ainda o seguinte: a) Na Universidade da Madeira (UMa), a maior percentagem de participantes (33%) diz respeito a ex-estudantes que concluíram o curso há um ano ou menos, 29% de ex- estudantes concluiu o curso há três anos e 24% concluiu o curso há cinco anos; b) Na Universidade Federal de Sergipe (UFS), a maior percentagem (46%) é composta por ex- estudantes que concluíram o curso há cinco ou mais anos, 23% de ex-estudantes concluíram concluiu o curso há três anos e 19% concluiu o curso há quatro anos, conforme a Figura 2.


Figura 2 – Tempo decorrido após a conclusão do curso de formação na Universidade da Madeira (UMa) e na Universidade Federal de Sergipe (UFS)


Ex-estudantes da UMa

Ex-estudantes da UFS


24%

Um ano ou

menos

33% Dois anos

8%

4%

Um ano ou

menos

Dois anos


5%

Três anos


Quatro anos

46%

23%

Três anos


Quatro anos


29%

9%

Cinco ou mais

anos

19%

Cinco ou

mais anos

Fonte: Os autores (2021)


Comparando os grupos de ex-estudantes, relativamente ao tempo decorrido após a conclusão dos cursos de formação inicial de professores, vemos que o grupo de ex-estudantes da UMa concluiu a sua formação mais recentemente que os seus pares no curso de Pedagogia, na UFS.


Análise do discurso verbal do vídeo


Procedemos a uma análise do discurso do vídeo utilizado para o enquadramento da subcategoria papel de gênero, conforme Quadro 3.


Quadro 3 – Análise do discurso verbal do vídeo Papel de gênero publicado em


Subcategoria: PAPEL DE GÊNERO

Conteúdo semântico

Considerações

… Agora estaremos falando sobre o que é o papel de gênero

Identificação do tema de papel de gênero

… [por exemplo, uma] mulher grávida descobriu que tem [um] bebé com sexo biológico masculino ai fala dessa criança … é menino, é um homem e esse vai ser mais show, esse vai gostar de mulher porque vai ter … vai ser … vai ter que aprender o que é ser homem … não chorar … e assim que possível deixar coisas de mulher … tem que consertar … porque gostar de rosa é coisa de viado e menina … tem que ser violento … tem que estar disposto … tem que ser bom no futebol … tem que comprar 50 camisetas do clube … tem que gostar do Sarah … é isso que é esperado de um menino quando ele nasce … isso é tão horrível porque …

Apresentação do papel de gênero no pressuposto estereotipado do género masculino / homem (aprender a ser homem):

  • Tem que gostar necessariamente do sexo oposto para acasalar.

  • Tem menos sensibilidade (não chora)

  • Não pode gostar de trajar cores femininas (rosa).

  • Tem que estar alerta para alguma avaliação suspeita sobre a sua masculinidade “não ser viado”

  • Tem que desenvolver os comportamentos

considerados “de homem”.


entretanto … [às] mulheres foi dada a liberdade de trabalhar a sensibilidade, as emoções e presumem-se quando vem a menina … [e se] a menina amanhã não vai ser mais sensível?

… tudo bem … a menina chora, coisas de menina … as meninas são mais frágeis … essa figura frágil … que vai ficar em casa … que vai ficar ... o quê grávido? porque a mulher pede maneira: eu quero ficar grávida … está lá para o seu marido … sabe cozinhar, lavar, passar, … Eu não sei nada disso e isso não faz de mim menos mulher … não me faz uma mulher exatamente como qualquer outra está nesse papel de gênero …

Apresentação do papel de gênero no pressuposto estereotipado do género feminino / mulher (aprender a ser mulher):

  • Tem que ter mais sensibilidade

  • Tem que ter mais fragilidade

  • Tem que apresentar a condição de maternidade com o correspondente papel de doméstica.

  • Tem que desenvolver os comportamentos

considerados “de mulher”.

[que] muda de cultura para cultura … existem culturas que são mais matriarcais ... eu tenho cultura mais patriarcal, como a nossa …

Os padrões para o papel de gênero alteram com o contexto cultural. Homens e mulheres desenvolvem diferentes papeis consoante as sociedades sejam matriarcais ou patriarcais.

isso é que é o filme na sua cabeça … o que você tem que ser … então aqui fica o nosso convite para você rever seu papel de gênero na sociedade e ver também a maneira como você cria seus filhos, como é que você cria o seu sobrinho ... como eu vou criar uma geração de pessoas que tenham menos amarras nesse papel de gênero? … O papel de gênero [estereotipado] está sendo prejudicial para todo mundo … vamos deixar claro aqui … você precisa desamarrar a massa do papel de gênero …

Apelo à desconstrução do papel de gênero, centrada na perceção subjetiva da identidade.

[isso] não significa que você vai virar mulher ou virar homem

... porque é isso que é muito falado na ideologia de gênero: se você é um pouco mais feminino você é mulher e isso não é verdade

Alerta para os fenómenos de resistência social aquando da desconstrução do papel de gênero.

…Existem várias masculinidades em várias feminilidades que fazem vários jeitos de vocês … a [vossa] forma como a mulher … ou a [vossa] forma como homem …

A perceção subjetiva da identidade permite a vivência de diferentes formas de masculinidade e feminilidade.

Fonte: Canal das Bee (2018)


Embora a transcrição do texto apresente muitas marcas de oralidade, foi possível sistematizar o seguinte: a) Apresentação do papel de gênero no pressuposto estereotipado do gênero masculino/homem implica a adoção de predefinições sobre o que é ser homem e para o qual os sujeitos devem aprender a ser ou parecer; b) Apresentação do papel de gênero no pressuposto estereotipado do gênero feminino/mulher implica a adoção de predefinições sobre o que é ser mulher e para o qual os sujeitos devem aprender a ser ou parecer; c) Os padrões para

o papel de gênero alteram-se com o contexto cultural. Homens e mulheres desenvolvem diferentes papeis consoante as sociedades onde se inserem sejam matriarcais ou patriarcais; d) A desconstrução do papel de gênero, centrada na perceção subjetiva da identidade desencadeia fenómenos de resistência social em sociedades menos permissivas; e) A perceção subjetiva da identidade permite a vivência de diferentes formas de masculinidade e feminilidade.

Este bloco de informações breves (tanto de âmbito contextual como de âmbito específico) situou os participantes sobre o conhecimento ou reconhecimento do conceito de papel gênero, no momento em que foram solicitados a preencher o questionário.


Discussão dos resultados


Relativamente ao conhecimento do conceito de papel de gênero, as respostas dos ex- estudantes de ambas as universidades estão globalmente muito próximas. Na UMa, 77,3% dos ex-estudantes diz que conhece o conceito de papel de gênero e na UFS, 76,9% também afirma o mesmo. Correspondentemente, 22,7% dos ex-estudantes da UMa, e 23,1% dos ex-estudantes da UFS respondem não ter conhecimento do conceito de papel de gênero. As respostas em ambas as universidades estão globalmente muito próximas, conforme se verifica na Figura 3.


Frequência

Figura 3 – Conhecimento dos ex-estudantes sobre o conceito de papel de gênero


Fonte: Os autores (2021)


Relativamente à participação dos ex-estudantes em conversas e debates sobre papel de gênero, as respostas em ambas as universidades são diferenciadas. Na UMa, 68,2% dos ex- estudantes diz que nunca participou em conversas e debates sobre gênero, 22,7% raramente e 9,1% referiu às vezes. Na UFS, 36,4% dos ex-estudantes respondeu que raramente participou em conversas e debates sobre gênero 27,3% diz que sempre, 27,3% respondeu que participou frequentemente, 13,6% referiu às vezes e, 13,6% respondeu que nunca participou, conforme se verifica na Figura 4.

Conhecimento dos ex-estudantes sobre o conceito de papel

de gênero

100,0%

77,3%

76,9%

50,0%

22,7%

23,1%

0,0%

Universidade da Madeira Universidade Federal de Sergipe


Sim Não


59,1%

Figura 4 – Participação dos ex-estudantes da UMa e da UFS em conversas e debates sobre papel de gênero


Frequência

22,7%

18,2%

0,0%

0,0%

13,6%

36,4%

13,6%

9,1%

27,3%

Fonte: Os autores (2021)


Comparando os resultados, verifica-se que há um envolvimento maior dos ex-estudantes da Universidade Federal de Sergipe na discussão do tema papel de gênero. Em oposição, as respostas dos ex-estudantes na Universidade da Madeira confirmam a pouca adesão a essa iniciativa.

Na análise de conteúdo às afirmações dos ex-estudantes, relativamente à valorização do conceito de papel de gênero considerou-se as seguintes respostas: “Tema pertinente” (PT-1- 01); “Deve-se cada vez mais falar deste tema” (PT-3-13); “Muito importante para nos sentirmos confiantes com as nossas escolhas.” (PT-1-06); “De fundamental importância.” (BR-ITA-2- 01): “Importantíssimo para qualquer formação profissional.” (BR-SC-5-07); “Além de importante ele é crucial ser discutido tanto na sociedade como na escola. “ (BR-ITA-4-08). As respostas são semelhantes nos ex-estudantes das duas universidades, conforme se observa no Quadro 4.


Quadro 4 – Análise comparativa dos discursos dos ex-estudantes sobre a subcategoria papel de gênero (+)


Categoria: GÊNERO Subcategoria: PAPEL DE GÊNERO (+)


Fenêmeno(s):


Ex-estudantes da UMa


Ex-estudantes da UFS

Valorização do conceito

Tema pertinente (PT-1-01)

De fundamental importância. (BR-ITA-2-01)

de papel de gênero

Muito importante (PT-1-02)

Além de importante ele é crucial ser discutido


É importante cada vez mais abordar

tanto na sociedade como na escola. (BR-ITA-4-


este tema (PT-3-11)

08)


Deve-se cada vez mais falar deste

Esse tema é muito interessante (BR-ITA-4-10)


tema (PT-3-13)

É de grande relevância (BR-ITA-5-14)

P a r t i c i p a ç ã o d o s e x - e s t u d a n t e s d a U M a e d a U F S e m c o n v e r s a s e

d e b a t e s s o b r e p a p e l d e g ê n e r o


Nunca Raramente Às vezes Frequentemente Sempre

U N I V E R S I D A D E D A M A D E I R A

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D E S E R G I P E



Muito pertinente (PT-3-15) Bastante pertinente (PT-4-16) Relevante na atualidade (PT-5-18) É um tema pertinente (PT-5-19)

O gênero é construído socialmente. (PT-5-22)

Muito importante para nos sentirmos confiantes com as nossas escolhas. (PT-1-06)

Importante e precisa ser debatido (BR-SC-1- 01)

É muito relevante (BR-SC-5-03) Relevante (BR-SC-5-05)

Importantíssimo para qualquer formação profissional (BR-SC-5-07)

Relevante (BR-SC-5-08)

É importante e respeito (BR-SC-5-09)

faz compreender como devemos nos portar em meio às dificuldades que ele nos traz, e entendê- lo melhor, pois muitas vezes ficamos sem compreender o real significado. (BR-ITA-4-10) Concordo que há um papel de gênero, que inclusive existe um funcionamento cerebral diferenciado entre homens e mulheres. (BR- SC-5-06)

Importante para um bom relacionamento na família, para uma boa relação social. (BR-ITA- 3-04)

Construção/reconstrução do papel de gênero centrada na perceção subjetiva da identidade.

Penso que um homem ou uma mulher têm o direito de manifestar a sua preferência ou sentimentos diferentes e deveriam usar roupas diferentes, ou viverem como querem. (PT-1-03) Menino ou menina, homem ou mulher, têm o direito de gostar e de manifestar a sua preferência ou sentimentos, por diferentes roupas, situações ou assuntos. (PT-2-08)

Os papéis de gênero são desenvolvidos desde a infância, durante o processo de construção de identidade da criança (PT-2-09) Cada um deve ter o direito de decidir conforme se sente. (PT-3-10)

Cada pessoa tem direito a fazer o que quer, independentemente do seu gênero. Esta predefinição de papeis não deveria existir. (PT-3-12)

as crianças devem ser estimuladas a pensar sobre os papéis de gênero. (PT-3-14)

Os homens ou as mulheres devem manifestar as suas diferenças e preferências (PT-5-20)

Não devemos impor rótulos a um menino ou menina. Um menino pode gostar de rosa, chorar e ser sensível, tal como a menina que pode gostar de azul e de brincar com carros. (PT-1- 05)

Permite ultrapassar barreiras de pensamentos precondicionadas (PT- 5-21)

Cada um deve ter o direito de decidir conforme se sente. (PT-3-10)

Cada pessoa tem direito a fazer o que quer, independentemente do seu gênero. (PT-3-12)

Conhecer o papel do gênero é aceitar que as pessoas têm seus próprios em seus e desejos (BR-ITA-3-04)

É a representação do que a pessoa realmente é sem ter conexão com o sexo biológico (BR- ITA-4-11)

tem o direito de exercer o que a ele(a) melhor si identificar ou gostar. (BR-ITA-5-12)

As pessoas não são como queremos, mas como elas se enxergam, devemos respeitar e aceitar. (BR-ITA-3-04)

que chame atenção para o fato de que respeitar é um dever de todos independente de como o outro se reconheça enquanto indivíduo. (BR- SC-5-02)



as crianças devem ser estimuladas a pensar que o azul não é só para meninos e o rosa para meninas, entre outras ideias estereotipadas. (PT-2- 09)


Fonte: Os autores (2021)


Constatou-se também que a construção/reconstrução do papel de gênero está centrada na perceção subjetiva da identidade. Os ex-estudantes mencionam o seguinte: “Penso que um homem ou uma mulher têm o direito de manifestar a sua preferência ou sentimentos diferentes e deveriam usar roupas diferentes, ou viverem como querem.” (PT-1-03); “Penso que um homem ou uma mulher têm o direito de manifestar a sua preferência ou sentimentos diferentes e deveriam usar roupas diferentes, ou viverem como querem.” (PT-1-03); “Menino ou menina, homem ou mulher, têm o direito de gostar e de manifestar a sua preferência ou sentimentos, por diferentes roupas, situações ou assuntos. “(PT-2-08); “Os papéis de género são desenvolvidos desde a infância, durante o processo de construção de identidade da criança.” (PT-2-09); “Cada um deve ter o direito de decidir conforme se sente.” (PT-3-10); “Cada pessoa tem direito a fazer o que quer, independentemente do seu gênero. Esta predefinição de papeis não deveria existir. (PT-3-12); as crianças devem ser estimuladas a pensar sobre os papéis de gênero.” (PT-3-14); “Os homens ou as mulheres devem manifestar as suas diferenças e preferências.” (PT-5-20); “Não devemos impor rótulos a um menino ou menina. Um menino pode gostar de rosa, chorar e ser sensível, tal como a menina que pode gostar de azul e de brincar com carros.” (PT-1-05); “Conhecer o papel do gênero é aceitar que as pessoas têm seus próprios em seus e desejos.” (BR-ITA-3-04); “É a representação do que a pessoa realmente é sem ter conexão com o sexo biológico.” (BR-ITA-4-11); [cada um] “tem o direito de exercer o que a ele(a) melhor si identificar ou gostar.” (BR-ITA-5-12); “As pessoas não são como queremos, mas como elas se enxergam, devemos respeitar e aceitar.” (BR-ITA-3-04); “respeitar é um dever de todos independente de como o outro se reconheça enquanto indivíduo.” (BR-SC-5-02).

Sobre os constrangimentos relativos à vivência do papel de gênero, conforme o quadro 5, são os ex-estudantes da UFS que referem que aqueles são causados pelos padrões sociais estereotipados e mencionam o seguinte: “É realmente necessário falar mais sobre o assunto, para quebrar paradigmas e tabus que a sociedade ainda inculca nas pessoas.” (BR-ITA-3-03); “… há uma desigualdade e esta por sua vez causa o preconceito que estabelece os padrões ditado pela sociedade enquanto poder e hierarquia que são impostos ao individuo.” (BR-ITA- 5-12); “Minha opinião é que a sociedade ainda segue esses costumes do que é masculino e o


que é feminino, precisa ser trabalhado e haver mais liberdade de escolha, principalmente ao gênero feminino.” (BR-ITA-3-02); “É preciso que a sociedade e a família entendam que independente do gênero, classe social, raça e religião o individuo tem o direito de ser livre pra escolher viver o que deseja e gosta.” (BR-ITA-5-13); “…para que seja modificado na sociedade a visão preconceituosa existente desde os primórdios. “(BR-ITA-5-14); “O papel de gênero na sociedade é muito rotulado pelos (indivíduos), enquanto inseridos … na sociedade.” (BR-ITA- 5-12).

Verifica-se uma forte consciência da maioria dos ex-estudantes da UFS para os constrangimentos na vivência do papel de gênero fora dos padrões sociais estereotipados. Isso é justificado pela experienciação de contextos sociais predominantemente paternalistas, com tabus sobre esta temática e que dificultam principalmente nas mulheres na livre escolha da vivencia do seu gênero.

Ao contrário de todas as referências anteriores achou-se curiosa esta resposta: “A pessoa é livre pra não corresponder aos papéis impostos para cada gênero.” (BR-SC-5-04), porque revela um ponto de vista diferente. Segundo este participante os indivíduos não estão assim tão condicionados pelos padrões sociais e podem divergir desses padrões impostos. Entre os ex- estudantes da UMa, este fenómeno registou apenas uma referência: “Esta predefinição de papeis não deveria existir.” (PT-3-12), o que poderá significar que comparativamente aos ex- estudantes da UFS o meio social dos participantes portugueses é menos condicionante e mais permissivo à vivência das questões de gênero.

Na análise comparativa dos discursos dos participantes, observa-se que tanto os ex- estudantes da UMa como os da UFS valorizam o conceito de papel de género e reconhecem a necessidade de discuti-lo. Utilizam também expressões idênticas quando fazem considerações valorativas sobre este conceito. No entanto, conforme o quadro 5, verifica-se uma forte consciência da maioria dos ex-estudantes da UFS para os constrangimentos na vivência do papel de gênero por influência de padrões sociais estereotipados. Os participantes têm conhecimento de contextos sociais predominantemente paternalistas e cuja presença de tabus sobre esta temática dificulta principalmente as mulheres na livre vivencia do seu gênero.


Quadro 5 – Análise comparativa dos discursos dos ex-estudantes sobre a subcategoria papel de gênero (-)


Categoria: GÊNERO Subcategoria: PAPEL DE GÊNERO (-)

Fenômeno(s):

Ex-estudantes da UMa

Ex-estudantes da UFS

Constrangimentos

Esta predefinição de papéis não

É realmente necessário falar mais sobre o

na vivência do papel

deveria existir. (PT-3-12)

assunto, para quebrar paradigmas e tabus que

de gênero motivados


a sociedade ainda inculca nas pessoas (BR-

pela influência de


ITA-3-03)

padrões sociais


A pessoa é livre pra não corresponder aos

estereotipados.


papéis impostos para cada gênero (BR-SC-5-



04)



Visto que há uma desigualdade e esta por sua



vez causa o preconceito que estabelece os



padrões ditado pela sociedade enquanto poder



e hierarquia que são impostos ao individuo.



(BR-ITA-5-12)



Que vivemos em uma sociedade machista



(BR-ITA-3-06)



Minha opinião é que a sociedade ainda segue



esses costumes do que é masculino e o que é



feminino, precisa ser trabalhado e haver mais



liberdade de escolha, principalmente ao



gênero feminino. (BR-ITA-3-02)



É preciso que a sociedade e a família



entendam que independente do gênero, classe



social, raça e religião o individuo tem o



direito de ser livre pra escolher viver o que



deseja e gosta (BR-ITA-5-13)



para que seja modificado na sociedade a visão



preconceituosa existente desde os primórdios.



(BR-ITA-5-14)



O papel de gênero na sociedade é muito



rotulado pelos (indivíduos), enquanto



inseridos … na sociedade. (BR-ITA-5-12)

Não valorização do conceito de papel de gênero

assumido com pouca relevância para a sociedade. (PT-1-01)

Um tema que não faz qualquer sentido, principalmente, hodiernamente, em que as mentalidades são outras. (PT-1-04)


Fonte: Os autores (2021)


No que diz respeito ao fenômeno da não valorização do papel de gênero, verificou-se apenas em afirmações dos ex-estudantes da UMa: “assumido com pouca relevância para a sociedade.” (PT-1-01). Este participante entende não ser necessário atribuir importância a este conceito, porque socialmente não é atribuído relevância. Um outro participante afirma: “Um tema que não faz qualquer sentido, principalmente, hodiernamente, em que as mentalidades são outras.” (PT-1-04). É curiosa esta resposta na medida em que ela representa a força implícita do tabu e consequentemente a tendência para não discutir esta temática.


Conclusão


Neste artigo apresentou-se o papel de gênero como conceito inerente ao gênero. Pretendeu-se saber em termos comparativos se os ex-estudantes da Universidade da Madeira e da Universidade Federal de Sergipe valorizam o papel de gênero e se alguma vez tomaram iniciativas nesse sentido.

Comparando os resultados, verifica-se que há um envolvimento maior dos ex-estudantes da Universidade Federal de Sergipe na discussão do tema papel de gênero. Em oposição, as respostas dos ex-estudantes na Universidade da Madeira confirmam a pouca adesão a essa iniciativa.

Na análise comparativa dos discursos dos ex-estudantes na subcategoria papel de gênero, observa-se que tanto os ex-estudantes da UMa como os da UFS valorizam o conceito de papel de gênero e reconhecem a necessidade de discuti-lo. Utilizam também expressões idênticas quando fazem considerações valorativas sobre este conceito.

Os participantes são favoráveis à desconstrução do papel de gênero, centrada na perceção subjetiva da identidade pois permite a vivência de diferentes formas de masculinidade e feminilidade. No entanto têm consciência que tal atitude desencadeia fenômenos de resistência social em sociedades menos permissivas.

Verifica-se uma forte consciência da maioria dos ex-estudantes da UFS para os constrangimentos que a vivência do papel de gênero acarreta, fora dos padrões sociais normativos. Os ex-estudantes da UFS confirmam que contextos sociais com a presença de tabus sobre esta temática que dificultam principalmente as mulheres na livre vivência do seu gênero. Neste aspeto os participantes portugueses revelam que o meio social é menos condicionante e mais permissivo à vivência das questões de gênero. No entanto existem dois participantes da UMa que referem não valorizar o papel de gênero porque não é atribuída socialmente relevância. Esta resposta representa o tabu ainda presente e a consequentemente

tendência para não discutir esta temática.


REFERÊNCIAS


ALMEIDA, S. M.; JAEHN, L.; VASCONCELLOS, M. Precisamos falar de gênero: por uma educação democrática. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 13, n. esp. 2, p. 1503–1517, 2018. DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v13.nesp2.set2018.11657


ALMEIDA, W. R. A. Uniforme escolar e uniformização dos corpos. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 22, p. 9-22, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i22.6134


ALVES, F. C.; FIALHO, L. M. F.; LIMA, M. S. L. Formação em pesquisa para professores da educação básica. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 27, p. 285-300, 2018. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i27.8582


BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1997.

BOGDAN, R.; BLIKEN S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 2017.


BRAZÃO, J. P. G.; OLIVEIRA, A. L.; DIAS, A. F. University students' voices on sexual and gender diversity, their relationship with coeducation and pedagogical innovation: a comparative study at the University of Madeira (Portugal) and the Federal University of Sergipe (Brazil). Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12445, 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/jrks2112445


BRAZÃO, P. Apresentação do projeto vozes dos estudantes universitários sobre a diversidade sexual e de género, sua relação com a coeducação e com a inovação pedagógica: um estudo comparativo na Universidade da Madeira e na Universidade Federal de Sergipe. The Brain, 2021. Disponível em: https://bra.in/7vA6Q3. Acesso em: 10 out. 2021.


BRAZÃO, P.; DIAS, A. Relações de género e do corpo na Escola: Diretivas promotoras de culturas inclusivas para as práticas pedagógicas. Revista Cocar, v. 14, n. 29, 2020.


BUTLER, J. Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity Routledge, 1990.


CANAL das Bee. Papel de gênero - Guia Básico #4. 2018. 1 vídeo (3 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fgRrmDkDSCM. Acesso em: 10 out. 2021.


CARDOSO, H. de M.; DIAS, A. F. Saberes trans* em universidades nordestinas. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. Esp. 3, p. 1689–1712, 2020.

DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v24i3.14208


CARDOSO, H. M.; DIAS, A. F. Representações sobre corpo, gênero e sexualidades de estudantes das licenciaturas do Instituto Federal de Sergipe, campus Aracaju. Práxis Educacional, v. 13, n. 24, p. 76-94, 2017. DOI: https://doi.org/10.22481/praxis.v13i24.930


CARDOSO, H. M.; DIAS, A. F. Trans* subjectivities in the higher education curriculum. Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12305, 2021. https://doi.org/10.20952/jrks2112305


CARDOSO, J. M; SOARES, A. S.; LIMA, C. H. L. A Subversão do Gênero e o Gênero da Subversão. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 3, n. 4, out./dez. 2017.


CARDOSO, L. R.; MELO, R. V. O. S. Construção do critério gênero no Programa Nacional do Livro Didático (2006-2020). Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 1, p. 63–83, 2021. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.13752


CARDOSO, L. R.; BERTOLDO, T. A. T.; SANTOS, L. B. A. Gênero e sexualidade na formação docente: um mapeamento das pesquisas entre Norte e Nordeste. Revista on line de Política e Gestão Educacional, v. 24, n. esp. 3, p. 1743-1764, 2020. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v24iesp3.14092


CARVALHO, M. E. P. et al. Origins and challenges of gender studies centers in higher education in NorthERN and Northeastern Brazil. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 21, p. 163-176, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i21.6340


COUTO, A. S.; CRUZ, M. H. S. Inserção de gênero no currículo de História e a formação para o trabalho docente. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 23, p. 249-262, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i23.6764


CROCIARI, A.; PEREZ, M. C. A. O que estamos estudando sobre gênero na educação infantil: as lacunas na formação docente. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp. 2, p. 1556–1568, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12615


DIAS, A. F. et al. Schooling and subversions of gender. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 22, p. 83-92, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i22.6433


DIAS, A. F.; BRAZÃO, J. P. G. Iniciativas de promoção das discussões de gênero e diversidade sexual no contexto acadêmico: um estudo comparativo. Práxis Educacional, v. 17, n. 48, p. 1-18, 2021. Disponível em:

https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/9502. Acesso em: 17 set. 2021.


DIAS, A. F.; MENEZES, C. A. A. Que inovação pedagógica a pedagogia queer propõe ao currículo escolar?. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 23, p. 37-48, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i23.7443


DIAS, A. F.; OLIVEIRA, D. A.; SANTOS, M. S. Uma revisão sistematizada da produção do conhecimento sobre corpo, gênero, sexualidades na educação. Revista Temas em Educação, v. 27, n. 2, p. 119–133, 2018. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.2359- 7003.2018v27n2.24814


DIAS, A. F.; SILVA, I. P. ; RIOS, P. P. S. Os estudos de gênero em revistas científicas do FEPAE-NN: uma revisão sistematizada. Revista Exitus, v. 10, n. 1, p. e020039, 2020. DOI: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID128


DONATO, A.; TONELLI, L. A resistência do corpo. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 12, n. 28, p. 49-62, 2019. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v12i28.10164


FRANÇA, F. G. R.; FERRARI, A. Mais do que professores/as, professores/as homossexuais na escola. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 9, n. 20, p. 41-52, 2016. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v9i20.5894


LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 5. ed. Petrópolis: Vozes. 2003.


LUCIFORA, C. A. et al. Marcas sociais de nossos tempos: gênero, sexualidade e educação em âmbito escolar. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp. 2, p. 1395–1409, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12607


MENEZES, C. A. A.; DIAS, A. F.; SANTOS, M. S. What pedagogical innovation does queer pedagogy propose to the school curriculum?. Práxis Educacional, v. 16, n. 37, p. 241-258, 2020. DOI: DOI: https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i37.6168


MORAIS, J. F. S.; BAIÃO, J. C.; DE FREITAS, C. J. Questões de gênero e sexualidade na escola: narrativas docentes. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 13, n. 32, p. 1-15, 2020. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v13i32.11565


NASCIMENTO, L. F.; CAVALCANTE, M. M. D. Abordagem quantitativa na pesquisa em educação: investigações no cotidiano escolar. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 25, p. 249-260, 2018. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i25.7075


NUNES, C. P. Conversas interativo-provocativas como opção teórico-metodológica nas Ciências Humanas e na educação. Práxis Educacional, v. 16, n. 37, p. 408-439, 2020. DOI: https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i37.6207


OLIVEIRA, A. L.; BRAZÃO, J. P. G.; DIAS, A. F. Dialogue about gender, sexuality and bodies in academic context: a possibility of pedagogical innovation? Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12484, 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/jrks2112484


PALMEIRA, L. L. L.; DIAS, A. F. The importance of Teacher education in the face of the perspectives of diversity: in search of an egalitarian society. Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12260, 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/jrks2112260


PIRES, M. A. Gênero e sexualidade nos currículos de formação em Pedagogia na Universidade Federal de Sergipe. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2021.


RIOS, P. P. S.; CARDOSO, H. M.; DIAS, A. F. Concepções de gênero e sexualidade d@s docentes do curso de licenciatura em pedagogia: por um currículo Queer. Educação & Formação, v. 3, n. 2, p. 98–117, 2018. DOI: https://doi.org/10.25053/redufor.v3i8.272


RIOS, P. P. S.; DIAS, A. F. “Nossa história de vida é construída a partir do nosso corpo”: a produção do corpo viado na docência. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 3, p. 1265–1283, 2020. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15i3


RIOS, P. P. S.; VIEIRA, A. R. L. The emerging of a gender discourse in education: the differences in the school space. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 13, n. 32, p. 1- 18, 2020. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v13i32.13061


SANTOS, A. C.; FELDENS, D. G. Vozes do triunfo: narrativas de si de professoras da educação básica. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 1, p. 379-392, 2019. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i01.9666


SANTOS, É. S.; LAGE, A. C. Gênero e diversidade sexual na educação básica: um olhar sobre o componente curricular Direitos Humanos e Cidadania da rede de ensino de Pernambuco. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 22, p. 69-82, 2017. DOI: DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i22.6042


SANTOS, M. H. S. R.; RIOS, J. A. V. P. Education and cultural differences: boundary educational practices in basic education. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 14, n. 33, p. e13670, 27 fev. 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.13670


SCOTT, J. O enigma da igualdade. Estudos Feministas, Florianopolis, v. 13, n. 1, p. 216, jan./abr. 2005.


SILVA, I. P.; DIAS, A. F.; RIOS, P. P. S. Os estudos de Gênero na Revista Tempos e Espaços em Educação: uma Revisão Sistematizada. Educação & Formação, v. 5, n. 14, p. 150–175, 2020. DOI: https://doi.org/10.25053/redufor.v5i14mai/ago.2495


VILAÇA, T. Metodologias de ensino na educação em sexualidade: desafios para a formação contínua. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp.2, p. 1500–1537, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12614


VIVAS, A.; BASTIDAS, C.; FARIAS, A. Desempenho acadêmico de uma perspectiva geográfica e de gênero em programas de distância. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 3, p. 1200–1215, 2020. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v24i3.14357


Como referenciar este artigo


BRAZÃO, J. P. G.; DIAS, A. F. O que dizem os estudantes sobre papel de gênero: um estudo comparativo na Universidade Federal de Sergipe e na Universidade da Madeira. Nuances Est. Sobre Educ., Presidente Prudente, v. 32, e021002, jan./dez. 2021. e-ISSN: 2236-0441. DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v32i00.9115


Submetido em: 15/09/2021 Revisões requeridas: 10/10/2021 Aprovado em: 12/11/2021 Publicado em: 28/12/2021


WHAT STUDENTS SAY ABOUT GENDER ROLES: A COMPARATIVE STUDY AT THE FEDERAL UNIVERSITY OF SERGIPE AND THE UNIVERSITY OF MADEIRA


O QUE DIZEM OS ESTUDANTES SOBRE PAPEL DE GÊNERO: UM ESTUDO COMPARATIVO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE E NA UNIVERSIDADE DA MADEIRA


LO QUE DICEN LOS ESTUDIANTES SOBRE EL PAPEL DE GÉNERO: UN ESTUDIO COMPARATIVO EN LA UNIVERSIDAD FEDERAL DE SERGIPE Y LA UNIVERSIDAD DE MADEIRA


José Paulo Gomes BRAZÃO1 Alfrancio Ferreira DIAS2


ABSTRACT: This article presents an analysis of the gender role subcategory and is part of a comparative study at the University of Madeira, UMa (Portugal) and the Federal University of Sergipe, UFS (Brazil) on “Voices of university students on sexual diversity and gender, its relationship with co-education and pedagogical innovation.” We used a qualitative methodology; we applied a questionnaire with open and closed questions and the viewing of a video on the subject. We did the content analysis of the data. The compared results show that both former students from the University of Madeira and those from the Federal University of Sergipe value the concept of gender role and recognize the need to discuss it. They use similar expressions when making evaluative considerations about this concept. However, it appears that there is greater involvement of former students from the Federal University of Sergipe in the discussion of this topic. In contrast, the responses of former students at the University of Madeira confirm the lack of adherence to this initiative. We also observed that the majority of former UFS students are strongly aware of the constraints on experiencing the gender role, outside of stereotyped social standards. This can be explained by the fact that they experience predominantly paternalistic social contexts, with the presence of taboos on this topic, which mainly hinders women in the free experience of their gender.


KEYWORDS: Education. Diversity. Gender role. Academy.


1 University of Madeira (UMA), Madeira - Portugal. Professor and Senior Researcher in the scientific area of Pedagogical Innovation at the University of Madeira. Associate Member of the Centre for Research in Education at the University of Madeira - FCT- PEst-OE/CED/UI4083/2014 –Portugal. Associate Member ConQuer - Queer studies and research group and other feminist epistemologies (UFS). PhD in Education - Pedagogical Innovation (2008), by the University of Madeira (UMA). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3575-4366. E-mail: jbrazao@staff.uma.pt

2 Federal University of Sergipe (UFS), São Cristóvão – SE – Brazil. Professor at the Department of Education and at the Graduate Program in Education of the Federal University of Sergipe - Brazil. Leader of ConQuer - Queer Studies and Research Group and other feminist epistemologies. PhD in Sociology (UFS). Research Productivity Fellow from CNPq. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5562-0085. E-mail: diasalfrancio@academico.ufs.br


RESUMO: Este artigo apresenta uma análise da subcategoria de papel de gênero, no decurso de um estudo comparativo na Universidade da Madeira, UMa (Portugal) e na Universidade Federal de Sergipe, UFS (Brasil) sobre “Vozes dos estudantes universitários sobre a diversidade sexual e de gênero, sua relação com a coeducação e com a inovação pedagógica.” Em termos metodológicos foi adotada uma abordagem qualitativa, com aplicação de um questionário com questões abertas e fechadas e o visionamento de um vídeo curto de enquadramento do tema. Foi feita a análise de conteúdo aos dados obtidos. Os resultados comparados mostram que tanto os ex-estudantes da UMa como os da UFS valorizam o conceito de papel de gênero e reconhecem a necessidade de discuti-lo. Utilizam expressões idênticas quando fazem considerações valorativas sobre este conceito. No entanto verifica-se que há um envolvimento maior dos ex-estudantes da Universidade Federal de Sergipe na discussão deste tema. Em oposição, as respostas dos ex-estudantes na Universidade da Madeira confirmam a pouca adesão a essa iniciativa. Também se observa que a maioria dos ex-estudantes da UFS tem uma forte consciência dos constrangimentos que a vivência do papel de gênero acarreta, fora dos padrões sociais estereotipados. Isso pode ser justificado por experienciarem contextos sociais predominantemente paternalistas, com a presença de tabus sobre esta temática e que dificulta principalmente as mulheres na livre vivência do seu gênero.


PALAVRAS-CHAVE: Educação. Diversidade. Papel de gênero. Academia.


RESUMEN: Este artículo presenta un análisis de la subcategoría rol de género y es parte de un estudio comparativo en la Universidad de Madeira, UMa (Portugal) y la Universidad Federal de Sergipe, UFS (Brasil) sobre “Voces de estudiantes universitarios sobre la diversidad sexual y de género , su relación con la coeducación y la innovación pedagógica ”. Utilizamos una metodología cualitativa, aplicamos un cuestionario con preguntas abiertas y cerradas y también el visionado de un video sobre el tema. Hicimos el análisis de contenido de los datos. Los resultados comparados muestran que tanto los exalumnos de la Universidad de Madeira como los de la Universidad Federal de Sergipe valoran el concepto de rol de género y reconocen la necesidad de discutirlo. Usan expresiones similares cuando hacen consideraciones evaluativas sobre este concepto. Sin embargo, parece que existe una mayor participación de los exalumnos de la Universidad Federal de Sergipe en la discusión de este tema. Por el contrario, las respuestas de antiguos alumnos de la Universidad de Madeira confirman la falta de adhesión a esta iniciativa. También observamos que la mayoría de los ex alumnos de la UFS son muy conscientes de las limitaciones para experimentar el rol de género, fuera de los estándares sociales estereotipados. Esto se puede explicar por el hecho de que viven contextos sociales predominantemente paternalistas, con presencia de tabúes sobre este tema, lo que dificulta principalmente a las mujeres en la vivencia libre de su género.


PALABRAS CLAVE: Educación. Diversidad. Papel de género. Academia.


Introduction


The concept of gender is socially constructed through a system of social relations of domination and subordination and in historical terms has legitimized material and symbolic power inequalities between men and women (LOURO, 2003).

Among the most recent studies on gender, the thought of Guacira Lopes Louro (2003) and Judith Butler (1990), have gained emphasis for presenting the concept of gender as the apparatus of production, discursive, performative where the sexes are established. For these authors, gender is defined by actions, behaviors, acts of choice, and performativity. This interesting perspective of the performative view of gender produces situated knowledge for understanding how individuals experience their bodies (BRAZÃO; DIAS, 2020). Under this logic, Butler (2008) states that there are as many genders as there are people on Earth, because "performative" genders result from the multiplicity of discourses and cultures in which individuals are inserted.

In addressing the complex action of the gender role, this article emphasizes the subjective perception of identity, from which individuals experience different forms of masculinity and femininity, not dismissing Scott's (2005) discussion of the paradox of group identities, because we consider them inevitable to social life and socially visible group differences.

Being man or woman is something produced by multiple discourses that (pre)determine and assign "roles", supposedly "natural" (LOURO, 2003). Individuals construct gender based on what they consider intelligible genders, because they present coherence with the cultural matrix where they are inserted. The intelligibility of gender implies coherence and continuity between sex, gender, and desire, and regulatory practice, based on binary relations of compulsory heterosexuality. Thus, individuals become gendered people and insert themselves into the groups of dominant identities.

We then claim a critical work on the dominant entities that normalize either gender, sex, ethnicity, among other social markers and exclude the nonconforming individuals, as symbolic, psychological or physical violence falls on the lives of people considered to have minority identities.

The term gender subversion emerges as an ongoing process of resistance of subjects considered minority identities in reinventing the reality that oppresses them. Subversion also represents the deconstruction of the exclusionary standards imposed based on the duality male/female, man/woman and heteronormativity (CARDOSO; SOARES; LIMA, 2017).


The discussion and pedagogical work on this theme decrease LGBTIphobia and the deconstruction of stereotypes, as advocated by studies (ALMEIDA, 2017; CARDOSO, 2019; CARVALHO et al., 2017; COUTO; CRUZ, 2017; DONATO; TONELLI, 2018; FRANCE; FERRARI, 2016; MORAIS; BAIÃO; DE FREITAS, 2020; SANTOS; RIOS, 2021).

Our discussion on the concept of gender role falls within the comparative study at the University of Madeira, UMa (Portugal) and the Federal University of Sergipe, UFS (Brazil) on "University students' voices on sexual and gender diversity, its relation to coeducation and pedagogical innovation." (BRAZÃO; OLIVEIRA; DIAS, 2021). The postdoctoral project was presented by Brazão, P. (2021)3 and is published on the platform TheBrain.com, under the guidance of Alfrancio Ferreira Dias, researcher and faculty member of the Postdoctoral Program in Education and Diversity at the Federal University of Sergipe4.


Methods


This research presents a qualitative methodological approach of exploratory nature (ALVES; FIALHO; LIMA, 2018; NASCIMENTO; CAVALCANTE, 2018; NUNES, 2020).

In this article we will only present the comparative study of the ex-students' enunciations about gender role, in the two university contexts: Federal University of Sergipe (UFS) and University of Madeira (UMa).

The questionnaires that served to survey the data in this category kept the same number of questions, and the text was adapted with linguistic expressions to the two contexts studied. First, the former students were asked to watch the video Bee Channel. #LGBTBasicGuide. - Gender Role, posted at: https://youtu.be/fgRrmDkDSCM.


Table 1 – Transcription of the verbal content of the video Gender Role


... Now we will be talking about what the gender role is ... [for example, a] pregnant woman discovered that she has [a] baby with a male biological sex and then she talks about this child ... it's a boy, it's a man and this one will be more of a show, this one will like a woman because he will have ... he will be ... he will have to learn what it is to be a man ... not to cry ... and as soon as possible leave women's things ... he has to fix


3 BRAZÃO, P. Presentation of the project university students' voices on sexual and gender diversity, its relation to coeducation and pedagogical innovation: a comparative study at the University of Madeira and the Federal University of Sergipe. The Brain, 2021. Available at: https://bra.in/7vA6Q3. Accessed on: 10 Oct. 2021.

4 It is hoped that the research can contribute to the conceptual renewal and organizational contexts of the practice of pedagogy (ALMEIDA; JAEHN; VASCONCELLOS, 2018; BRAZÃO; OLIVEIRA; DIAS, 2021; CARDOSO et al, 2021; CARDOSO; DIAS, 2020; CARDOSO; DIAS, 2021; CARDOSO; MELO, 2021; CROCIARI; PEREZ,

2019; LUCIFORA, et. al, 2019; MENEZES; DIAS, 2020; PALMEIRA; DIAS, 2021; RIOS; VIEIRA, 2020;

SANTOS; LAGE 2017; SANTOS; RIOS, 2021; SILVA; DIAS; RIOS, 2020; VILAÇA, 2019; VIVAS;

BASTIDAS 2020).


them ... because liking pink is a deer thing and a girl ... you have to be violent ... you have to be willing ... you have to

be good at soccer ... you have to buy 50 club jerseys ... you have to like Sarah ... that's what is expected of a boy when he is born ... this is so horrible because ... however ... [women] were given the freedom to work on their sensitivity, their emotions and they assume when the girl comes ... [and if] the girl tomorrow won't be more sensitive? ... it's okay ... the girl cries, girl things ... girls are more fragile ... this fragile figure ... that will stay at home ... that will be ... what pregnant? because the woman asks way: I want to get pregnant ... is there for her husband ... knows how to cook, wash, iron, ... I don't know any of that and that doesn't make me less of a woman ... doesn't make me a woman exactly like any other is in that gender role ... [that] changes from culture

to culture ... there are cultures that are more matriarchal ... I have a more patriarchal culture, like ours ... that is what is the movie in your head ... what you have to be ... so here is our invitation for you to review your gender

role in society and also see the way you raise your children, how you raise your nephew how am I going

to raise a generation of people who are less tied down by this gender role? The [stereotypical] gender role is

being harmful to everyone ... let's be clear here ... you need to untie the mass of the gender role [it] doesn't

mean that you will become a woman or become a man because that is what is very much talked about in

gender ideology: if you are a little more feminine you are a woman and that is not true There are various

masculinities in various femininities that make various ways of you ... [your] way as a woman or [your]

way

as a man ...

Source: Canal das Bee (2018)


Secondly, two closed response questions were presented, one a Boolean response (yes/no) about the knowledge of the concept of gender role and another a 5 level Likert scale response, inquiring how often in academic context they participated in conversations, debates about gender role. Finally, an open-ended question, trying to get their opinion on this topic. The questionnaires are accessible at the links specified below5.

Google Forms, from Google Drive resources, was used to collect the information. We defined two convenience sample groups: a) the former students of the master's degree course in Preschool Education and Teaching of the 1st Cycle of Basic Education, from UMa, between 2015 and 2020; b) the former students of the undergraduate degree course in Pedagogy, from UFS, between 2015 and 2020.

The qualitative data were analyzed with the aid of a computer program that prepared to perform content analysis (BARDIN, 1997) and includes the transcription of the justifications of the former students, the construction of the categories of analysis in tables, illustrated by the semantic meaning units (BOGDAN; BLIKEN, 2017). The textual clippings were coded with the following logic: [Country (PT or BR) (-); university campus Itabaiana

5 For the former students of the University of Madeira. Available: https://drive.google.com/file/d/1okl9ue088QFOy2dBtuyvQ9xXSTLmvKi/view?usp=sharing. Access: 10 Oct. 2021.

For the former students of the Federal University of Sergipe. Available: https://drive.google.com/file/d/14M7EWnjiB3-yQWtFUD-0JbJKmX1YU-0Y/view?usp=sharing. Access: 10 Oct. 2021.


(ITA) or São Cristóvão (SC); number of years they find after completing the course (1...); number of answer order (1...)].

We used the FileMaker Pro v18 tool, a relational database maker, from Claris International Inc, developed for Windows. In addition to organizing the categorized and subcategorized clippings of the texts, the program contains connections with a module for data interpretation, since it establishes a direct relationship between the analysis of the clippings obtained and the theoretical references selected to support the interpretation of the phenomena, as shown in Figure 1.


Figure 1 – Database for content analysis of qualitative data


Source: The authors (2021)


The texts with the statements of the former students were arranged by semantic meaning units, as suggested by Bardin (1997) and Bogdan and Bliken (2017). The category of gender, analyzed in this article gave rise to subcategories and each of them was justified with different phenomena, as we present in table 1 on the categorization of the results.


Table 2 – Categorization of the speeches of former students


Category: GENDER

Subcategory

Phenomena


GENDER ROLE (+)

Appreciation of the concept of gender role.

Gender role construction / Reconstruction centered on subjective perception of identity.

GENDER ROLE (-)

Gender role constraints motivated by the influence of stereotyped social standards.



No appreciation of the concept of gender role.

Source: The authors (2021)


It was considered that "Gender" would be the main category that includes the gender role. Observing the answers of the participants it was obtained two subcategories: the first designated "Gender role (+)" to gather the phenomena considered positive such as: appreciation of the concept of gender role; construction / reconstruction of the gender role centered on the subjective perception of identity.

The second subcategory "Gender role (-)" clustered the phenomena: constraints in the experience of gender role motivated by stereotyped social patterns; no appreciation of the concept of gender role.


Characterization of the participants


We asked 160 former students of the University of Madeira to fill out the questionnaire. Of these, we only received 22 replies (13.7%). Similarly, we sent it to 183 former students of the Federal University of Sergipe and obtained 26 answers (14.21%).

As for gender, in the group of former students of the University of Madeira (UMa), 95.5% identify themselves as female and 4.5% as male. In the group of former students of the Federal University of Sergipe (UFS), 76.9% identify themselves as female and 23.1% as male.

With regard to the time elapsed after completing the training course at the University of Madeira (UMa) and the Federal University of Sergipe (UFS), we also found the following:

(a) at the University of Madeira (UMa), the largest percentage of participants (33%) concerns former students who completed the course one year or less ago, 29% of former students completed the course three years ago and 24% completed the course five years ago; (b) at the Federal University of Sergipe (UFS), the largest percentage (46%) is made up of former students who completed the course five years or more ago, 23% of former students completed the course three years ago and 19% completed the course four years ago, as shown in Figure 2.


Figure 2 – Time elapsed after completing the training course at the University of Madeira (UMa) and at the Federal University of Sergipe (UFS)


Source: Developed by the authors


Comparing the groups of former students, regarding the time elapsed after the conclusion of the initial teacher training courses, we see that the group of former students from UMa concluded their training more recently than their peers in the Pedagogy course, at UFS.


Analysis of the video’s verbal discourse


We proceeded with a discourse analysis of the video used for the framing of the gender role subcategory, according to Table 3.


Table 3 – Verbal discourse analysis of the video Gender Role


Subcategory: GENDER ROLE

Semantic content

Considerations

... Now we will be talking about what the gender role is

Identifying the gender role theme

... [for example, a] pregnant woman discovered that she has [a] baby with a biological male sex, then she talks about this child

... it's a boy, it's a man and this one will be more of a show, this one will like women because he will have ... he will be ... he will have to learn what it is to be a man ... not to cry ... and as soon as possible leave women's things ... he has to fix it ... because liking pink is for fags and girls ... he has to be violent

... he has to be willing ... he has to be good at soccer ... he has to buy 50 jerseys of the club ... he has to like Sarah ... this is what is expected of a boy when he is born ... this is so horrible because ...

Presentation of the gender role in the stereotypical male/male gender assumption (learning to be a man):

  • You have to necessarily like the opposite sex to mate.

  • Has less sensitivity (does not cry)

  • You cannot like to wear feminine colors (pink).

  • You have to be alert for some suspicious evaluation about your masculinity "not being a faggot".

  • You have to develop the behaviors that are considered "manly".

However, ... [the] women were given the freedom to work on their sensitivity, their emotions, and they assume when the girl

comes ... [and if] the girl tomorrow won't be more sensitive? ...

Presentation of the gender role in the stereotypical female / female gender assumption

(Learning to be a woman):


it's okay ... the girl cries, girl things ... girls are more fragile ... this fragile figure ... that she will stay at home ... that she will stay what pregnant? because the woman asks way: I want to

get pregnant ... is there for her husband knows how to cook,

wash, iron, I don't know any of that and that doesn't make

me less of a woman doesn't make me a woman exactly like

any other is in that gender role ...

  • You have to be more sensitive

  • It has to have more fragility

  • You have to present the maternity status with the corresponding domestic role.

  • You have to develop the behaviors that are considered "womanly".

[that] changes from culture to culture ... there are cultures that are more matriarchal ... I have more patriarchal culture, like ours ...

Gender role patterns change with the cultural context. Men and women develop different roles depending on whether societies are matriarchal

or patriarchal.

that is the movie in your head ... what you have to be ... so here is our invitation for you to review your gender role in society and also see the way you raise your children, how you raise your nephew ... ... how am I going to raise a generation of people who are less tied down by this gender role? ... The [stereotypical] gender role is being harmful to everyone ... let's

be clear here ... you need to untie the mass of the gender role ...

Call for deconstruction of the gender role, centered on the subjective perception of identity.

[it] doesn’t mean that you are going to become a woman or become a man… because that’s what gender ideology is all

about: if you are a little more feminine you are a woman, and that’s not true.

It warns about the phenomena of social resistance when deconstructing the gender role.

... There are various masculinities in various femininities that

make various ways of you … [your] way as a woman … or [your] way as a man…

The subjective perception of identity allows

different forms of masculinity and femininity to be experienced.

Source: Canal das Bee (2018)


Although the transcription of the text presents many marks of orality, it was possible to systematize the following: a) Presentation of the gender role in the stereotypical assumption of male/male gender implies the adoption of default settings about what it is to be a man and for which the subjects must learn to be or look like; b) Presentation of the gender role in the stereotypical assumption of female/female gender implies the adoption of default settings about what it is to be a woman and for which the subjects must learn to be or look like; c) The standards for the gender role change with the cultural context. Men and women develop different roles depending on the societies where they are inserted, whether matriarchal or patriarchal; d) The deconstruction of the gender role, centered on the subjective perception of identity triggers phenomena of social resistance in less permissive societies; e) The subjective perception of identity allows the experience of different forms of masculinity and femininity.

This block of brief information (both contextual and specific in scope) situated the participants about their knowledge or recognition of the concept of gender role at the time they were asked to complete the questionnaire.


Discussion


With regard to knowledge of the concept of gender role, the responses of the former students of both universities are very close overall. At UMa, 77.3% of the former students say they know the concept of gender role and at UFS, 76.9% also state the same. Correspondingly, 22.7% of UMa former students, and 23.1% of UFS former students respond that they are not aware of the concept of gender role. The responses in both universities are overall very close, as shown in figure 3.


Figure 3 – Former students' knowledge about the concept of gender role


Frequência

Source: The authors (2021)


Regarding the participation of former students in conversations and debates about gender roles, the answers in both universities are differentiated. At UMa, 68.2% of former students said they never participated in conversations and debates about gender, 22.7% rarely and 9.1% referred sometimes. At UFS, 36.4% of the former students answered that they rarely participated in conversations and debates about gender 27.3% says always, 27.3% answered that they participated often, 13.6% referred sometimes and, 13.6% answered that they never participated, as shown in Figure 4.

Conhecimento dos ex-estudantes sobre o conceito de papel de gênero

80.0%

60.0%

40.0%

20.0%

0.0%

77.3%

76.9%

22.7%

23.1%

Universidade da Madeira

Universidade Federal de Sergipe

Sim Não


59.1%

Figure 4 – Participation of former UMa and UFS students in conversations and debates about gender roles


Frequência

22.7%

18.2%

0.0%

0.0%

13.6%

36.4%

13.6%

9.1%

27.3%

Source: The authors (2021)


Comparing the results, it can be seen that there is a greater involvement of the former students at the Federal University of Sergipe in the discussion of the gender role theme. In opposition, the answers of the former students at the University of Madeira confirm the little adherence to this initiative.

In the content analysis to the statements of the former students, regarding the valorization of the concept of gender role the following answers were considered: "Pertinent theme" (PT-1-01); "One should increasingly talk about this theme" (PT-3-13); "Very important to feel confident with our choices." (PT-1-06); "Of fundamental importance." (BR- ITA-2-01); "Very important for any professional training." (BR-SC-5-07); "Besides being important it is crucial to be discussed both in society and in school. "(BR-ITA-4-08). The answers are similar in the former students of the two universities, as shown in Table 4.


Table 4 – Comparative analysis of former students’ speeches on the subcategory gender role (+)


Category: GENDER Subcategory: GENDER ROLE (+)

Phenomenon(s):

Uma’s former students

UFS’ former students

Valuing the concept of

Relevant topic (PT-1-01)

Of fundamental importance. (BR-ITA-2-01)

gender role

Very important (PT-1-02)

Besides being important, it is crucial to be


It is increasingly important to

discussed both in society and at school.


address this issue (PT-3-11)

(BRITA-4-08)


More and more should be said about

This topic is very interesting (BR-ITA-4-10)


this subject (PT-3-13)

It is of great relevance (BR-ITA-5-14)


Very relevant (PT-3-15)

Important and needs to be discussed (BR-


Quite pertinent (PT-4-16)

SC1-01)


Currently Relevant (PT-5-18)

It is very relevant (BR-SC-5-03)


It is a pertinent theme (PT-5-19)

Relevant (BR-SC-5-05)

P ar ti c i p aç ã o d o s e x - e s t u d an t e s d a U M a e d a U F S e m c o n v e r s a s e d e b a t e s s o b r e p a p e l d e g ê n e r o

Nunca

Frequentemente

Raramente

Sempre

Às vezes

U n i v e r s i d a d e d a M a d e i r a

U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S e r g i p e



Gender is socially constructed. (PT5-22)

Very important to feel confident with our choices. (PT-1-06)

Very important for any professional training (BR-SC-5-07)

Relevant (BR-SC-5-08)

It is important and I respect it (BR-SC-5-09) makes us understand how we should behave in the midst of the difficulties that it brings us, and understand it better, because many times we are left without understanding the real meaning. (BR-ITA-4-10)

I agree that there is a gender role, that there is even a differentiated brain functioning between men and women. (BR-SC-5-06) Important for a good relationship in the family, for a good social relationship.

(BRITA-3-04)

Gender role construction/reconstruction centered on subjective perception of identity.

I think that a man or a woman has the right to express their preference or different feelings, and they should wear different clothes, or live

the way they want. (PT-1-03)

Boy or girl, man or woman, have the

right to like and express their preference or feelings, for different clothes, situations or subjects. (PT2- 08)

Gender roles are developed from infancy, during the process of identity construction of the child (PT-2-09)

Everyone should have the right to decide as he feels. (PT-3-10)

Each person has the right to do what they want, regardless of their gender. This predefinition of roles should not exist. (PT-3-12)

children should be encouraged to think about gender roles. (PT-3-14) Men or women should express their differences and preferences (PT-5- 20)

We should not impose labels on a boy or a girl. A boy can like pink, cry, and be sensitive, just like a girl can like blue and play with cars. (PT-1-05)

Allows overcoming preconditioned thought barriers (PT-5-21) Everyone should have the right to decide as he feels. (PT-3-10) Every person has the right to do what they want, regardless of their gender. (PT-3-12)

children should be encouraged to think that blue is not only for boys and pink is for girls, among other

stereotypical ideas. (PT-2-09)

To know the role of gender is to accept that people have their own in their and desires (BR-ITA-3-04)

It is the representation of what the person really is without connection to the biological sex (BR-ITA-4-11)

has the right to exercise what he or she best identifies with or likes. (BR-ITA-5-12) People are not as we want them to be, but as they see themselves, we must respect and accept them. (BR-ITA-3-04)

that draws attention to the fact that respect is a duty for everyone regardless of how the other recognizes himself/herself as an individual. (BR-SC-5-02)

Source: The authors (2021)


It was also found that the construction/reconstruction of the gender role is centered on the subjective perception of identity. The former students mention the following, "I think a man or a woman has the right to express their preference or different feelings and they should wear different clothes, or live the way they want." (PT-1-03); "I think a man or a woman has the right to express their preference or different feelings and they should wear different clothes, or live the way they want." (PT-1-03); "Boy or girl, man or woman, have the right to like and express their preference or feelings, for different clothes, situations or subjects. " (PT-2-08); "Gender roles are developed from infancy, during the child's identity building process." (PT-2-09); "Everyone should have the right to decide as they feel." (PT-3-10); "Each person has the right to do what they want, regardless of their gender. This predefinition of roles should not exist. (PT-3-12); "Children should be encouraged to think about gender roles." (PT-3-14); "Men or women should express their differences and preferences." (PT-5- 20); "We should not impose labels on a boy or girl. A boy can like pink, cry and be sensitive, just like the girl who can like blue and play with cars." (PT-1-05); "To know the gender role is to accept that people have their own in their own and desires." (BR-ITA-3-04); "It is the representation of what the person really is without having a connection to biological sex." (BR-ITA-4-11); [each] "has the right to exercise whatever he/she best identifies or likes." (BR-ITA-5-12); "People are not as we want them to be, but as they see themselves, we must respect and accept them." (BR-ITA-3-04); "respect is a duty for everyone regardless of how the other recognizes himself/herself as an individual." (BR-SC-5-02).

About the constraints related to the experience of the gender role, according to Table 5, it is the former students of UFS who refer that those are caused by stereotyped social standards and mention the following: "It is really necessary to talk more about the subject, to break paradigms and taboos that society still inculcates in people." (BR-ITA-3-03); "... there is an inequality and this in turn causes the prejudice that establishes the standards dictated by society as power and hierarchy that are imposed on the individual." (BR-ITA-5-12); "My opinion is that society still follows these customs of what is masculine and what is feminine, it needs to be worked and there needs to be more freedom of choice, especially to the female gender." (BR-ITA-3-02); "It is necessary that society and family understand that regardless of gender, social class, race and religion the individual has the right to be free to choose to live what they want and like." (BR-ITA-5-13); "...for society to change the prejudiced view that has existed since Nuances Est. on Educ., Presidente Prudente, v. 32, e021002, jan./dez. 2021


e-ISSN: 2236-0441 DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v32i00.9115 14 the beginning. " (BR-ITA-5-14); "The gender role in society is very labeled by (individuals), while inserted ... in society." (BR-ITA-5-12).

There is a strong awareness among most of the former students of the UFS about the constraints in living the gender role outside the stereotyped social standards. This is justified by the experience of social contexts predominantly paternalistic, with taboos on this theme and that make it difficult, especially for women, to freely choose their gender.

In contrast to all the previous references we found this answer curious: "One is free not to correspond to the roles imposed for each gender." (BR-SC-5-04), because it reveals a different point of view. According to this participant individuals are not so conditioned by social standards and can diverge from those imposed standards. Among former UMa students, this phenomenon registered only one reference: "This predefinition of roles should not exist." (PT3-12), which could mean that compared to the former UFS students the social environment of the Portuguese participants is less conditioning and more permissive to the experience of gender issues.

In the comparative analysis of the participants' speeches, it is observed that both former students of UMa and UFS value the concept of gender role and recognize the need to discuss it. They also use identical expressions when making evaluative considerations about this concept. However, as shown in Table 5, there is a strong awareness among most of the former UFS students of the constraints in living the gender role due to the influence of stereotyped social patterns. The participants are aware of social contexts that are predominantly paternalistic and whose presence of taboos on this theme hinders mainly women in the free experience of their gender.


Table 5 – Comparative analysis of the former students' speeches about the subcategory gender role (-)


Category: GENDER Subcategory: GENDER ROLE (-)

Phenomenon (s)

Uma’s former students

UFS’ former students

Constraints in the experience of the gender role motivated by the influence of stereotyped social standards.

This role preset should not exist. (PT- 3-12)

It is really necessary to talk more about the subject, to break paradigms and taboos that society still instills in people (BR-ITA-3-03) One is free not to correspond to the roles imposed for each gender (BR-SC-5-04)

Since there is inequality and this in turn causes prejudice that establishes the standards dictated by society as power and hierarchy that are imposed on the individual. (BR-ITA5-12) That we live in a sexist society (BR-ITA-3- 06)

My opinion is that society still follows these customs of what is masculine and what is feminine, it needs to be worked on and there needs to be more freedom of choice, especially for the female gender. (BR-ITA-3- 02)

It is necessary that society and the family understand that regardless of gender, social class, race and religion the individual has the right to be free to choose to live what he wants and likes (BR-ITA-5-13) to change in society the prejudiced view that has existed since the beginning of time. (BRITA-5-14)

The gender role in society is very much labeled by (individuals), while embedded … in

society (BR-ITA-5-12)

No appreciation of the gender role concept

assumed with little relevance to society. (PT-1-01)

A theme that makes no sense, especially today, when mentalities

are different. (PT-1-04)


Source: The authors (2021)


Regarding the phenomenon of not valuing the gender role, it was found only in statements by former UMa students: "assumed with little relevance to society." (PT-1-01). This participant understands that it is not necessary to attribute importance to this concept, because socially it is not attributed relevance. Another participant states: "A topic that does not make any sense, especially nowadays, when mentalities are different. (PT-1-04). This answer is curious in that it represents the implicit strength of the taboo and consequently the tendency not to discuss this theme.


Conclusion


In this paper the gender role was presented as a concept inherent to gender. It was intended to find out in comparative terms whether the former students of the University of Madeira and the Federal University of Sergipe value the gender role and whether they have ever taken initiatives in this direction.

Comparing the results, it can be seen that there is a greater involvement of the former students at the Federal University of Sergipe in the discussion of the gender role theme. In opposition, the answers of the former students at the University of Madeira confirm the little adherence to this initiative.

In the comparative analysis of the discourses of former students in the subcategory gender role, it is observed that both former students of UMa and UFS value the concept of gender role and recognize the need to discuss it. They also use identical expressions when making evaluative considerations about this concept.

The participants are in favor of the deconstruction of the gender role, centered on the subjective perception of identity because it allows the experience of different forms of masculinity and femininity. However, they are aware that such an attitude triggers phenomena of social resistance in less permissive societies.

There is a strong awareness among most of the former UFS students of the constraints that the experience of the gender role entails, outside of the normative social standards. The former UFS students confirm that social contexts with the presence of taboos on this theme that make it difficult, especially for women, to live their gender freely.

In this aspect the Portuguese participants reveal that the social environment is less conditioning and more permissive to the experience of gender issues. However, there are two participants from UMa who prefer not to value the gender role because it is not socially attributed relevance. This response represents the taboo still present and the consequent tendency not to discuss this issue.


REFERENCES


ALMEIDA, S. M.; JAEHN, L.; VASCONCELLOS, M. Precisamos falar de gênero: por uma educação democrática. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 13, n. esp. 2, p. 1503–1517, 2018. DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v13.nesp2.set2018.11657


ALMEIDA, W. R. A. Uniforme escolar e uniformização dos corpos. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 22, p. 9-22, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i22.6134


ALVES, F. C.; FIALHO, L. M. F.; LIMA, M. S. L. Formação em pesquisa para professores da educação básica. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 27, p. 285-300, 2018. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i27.8582


BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1997.

BOGDAN, R.; BLIKEN S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 2017.


BRAZÃO, J. P. G.; OLIVEIRA, A. L.; DIAS, A. F. University students' voices on sexual and gender diversity, their relationship with coeducation and pedagogical innovation: a comparative study at the University of Madeira (Portugal) and the Federal University of Sergipe (Brazil). Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12445, 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/jrks2112445


BRAZÃO, P. Apresentação do projeto vozes dos estudantes universitários sobre a diversidade sexual e de género, sua relação com a coeducação e com a inovação pedagógica: um estudo comparativo na Universidade da Madeira e na Universidade Federal de Sergipe. The Brain, 2021. Available: https://bra.in/7vA6Q3. Access: 10 oct. 2021.


BRAZÃO, P.; DIAS, A. Relações de género e do corpo na Escola: Diretivas promotoras de culturas inclusivas para as práticas pedagógicas. Revista Cocar, v. 14, n. 29, 2020.


BUTLER, J. Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity Routledge, 1990.


CANAL das Bee. Papel de gênero - Guia Básico #4. 2018. 1 vídeo (3 min). Available: https://www.youtube.com/watch?v=fgRrmDkDSCM. Access: 10 oct. 2021.


CARDOSO, H. de M.; DIAS, A. F. Saberes trans* em universidades nordestinas. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. Esp. 3, p. 1689–1712, 2020.

DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v24i3.14208


CARDOSO, H. M.; DIAS, A. F. Representações sobre corpo, gênero e sexualidades de estudantes das licenciaturas do Instituto Federal de Sergipe, campus Aracaju. Práxis Educacional, v. 13, n. 24, p. 76-94, 2017. DOI: https://doi.org/10.22481/praxis.v13i24.930


CARDOSO, H. M.; DIAS, A. F. Trans* subjectivities in the higher education curriculum. Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12305, 2021. https://doi.org/10.20952/jrks2112305


CARDOSO, J. M; SOARES, A. S.; LIMA, C. H. L. A Subversão do Gênero e o Gênero da Subversão. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 3, n. 4, oct./dec. 2017.


CARDOSO, L. R.; MELO, R. V. O. S. Construção do critério gênero no Programa Nacional do Livro Didático (2006-2020). Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. 1, p. 63–83, 2021. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v16i1.13752 CARDOSO, L. R.; BERTOLDO, T. A. T.; SANTOS, L. B. A. Gênero e sexualidade na formação docente: um mapeamento das pesquisas entre Norte e Nordeste. Revista on line de Política e Gestão Educacional, v. 24, n. esp. 3, p. 1743-1764, 2020. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v24iesp3.14092


CARVALHO, M. E. P. et al. Origins and challenges of gender studies centers in higher education in NorthERN and Northeastern Brazil. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 21, p. 163-176, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i21.6340


COUTO, A. S.; CRUZ, M. H. S. Inserção de gênero no currículo de História e a formação para o trabalho docente. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 23, p. 249-262, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i23.6764


CROCIARI, A.; PEREZ, M. C. A. O que estamos estudando sobre gênero na educação infantil: as lacunas na formação docente. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp. 2, p. 1556–1568, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12615


DIAS, A. F. et al. Schooling and subversions of gender. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 22, p. 83-92, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i22.6433


DIAS, A. F.; BRAZÃO, J. P. G. Iniciativas de promoção das discussões de gênero e diversidade sexual no contexto acadêmico: um estudo comparativo. Práxis Educacional, v. 17, n. 48, p. 1-18, 2021. Available:

https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/9502. Access: 17 sep. 2021.


DIAS, A. F.; MENEZES, C. A. A. Que inovação pedagógica a pedagogia queer propõe ao currículo escolar?. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 23, p. 37-48, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i23.7443


DIAS, A. F.; OLIVEIRA, D. A.; SANTOS, M. S. Uma revisão sistematizada da produção do conhecimento sobre corpo, gênero, sexualidades na educação. Revista Temas em Educação, v. 27, n. 2, p. 119–133, 2018. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.2359- 7003.2018v27n2.24814


DIAS, A. F.; SILVA, I. P. ; RIOS, P. P. S. Os estudos de gênero em revistas científicas do FEPAE-NN: uma revisão sistematizada. Revista Exitus, v. 10, n. 1, p. e020039, 2020. DOI: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2020v10n0ID128


DONATO, A.; TONELLI, L. A resistência do corpo. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 12, n. 28, p. 49-62, 2019. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v12i28.10164


FRANÇA, F. G. R.; FERRARI, A. Mais do que professores/as, professores/as homossexuais na escola. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 9, n. 20, p. 41-52, 2016. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v9i20.5894


LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 5. ed. Petrópolis: Vozes. 2003.


LUCIFORA, C. A. et al. Marcas sociais de nossos tempos: gênero, sexualidade e educação em âmbito escolar. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp. 2, p. 1395–1409, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12607


MENEZES, C. A. A.; DIAS, A. F.; SANTOS, M. S. What pedagogical innovation does queer pedagogy propose to the school curriculum?. Práxis Educacional, v. 16, n. 37, p. 241-258, 2020. DOI: DOI: https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i37.6168


MORAIS, J. F. S.; BAIÃO, J. C.; DE FREITAS, C. J. Questões de gênero e sexualidade na escola: narrativas docentes. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 13, n. 32, p. 1-15, 2020. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v13i32.11565


NASCIMENTO, L. F.; CAVALCANTE, M. M. D. Abordagem quantitativa na pesquisa em educação: investigações no cotidiano escolar. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 25, p. 249-260, 2018. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i25.7075


NUNES, C. P. Conversas interativo-provocativas como opção teórico-metodológica nas Ciências Humanas e na educação. Práxis Educacional, v. 16, n. 37, p. 408-439, 2020. DOI: https://doi.org/10.22481/praxisedu.v16i37.6207


OLIVEIRA, A. L.; BRAZÃO, J. P. G.; DIAS, A. F. Dialogue about gender, sexuality and bodies in academic context: a possibility of pedagogical innovation? Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12484, 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/jrks2112484


PALMEIRA, L. L. L.; DIAS, A. F. The importance of Teacher education in the face of the perspectives of diversity: in search of an egalitarian society. Journal of Research and Knowledge Spreading, v. 2, n. 1, e12260, 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/jrks2112260


PIRES, M. A. Gênero e sexualidade nos currículos de formação em Pedagogia na Universidade Federal de Sergipe. 2021. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2021.


RIOS, P. P. S.; CARDOSO, H. M.; DIAS, A. F. Concepções de gênero e sexualidade d@s docentes do curso de licenciatura em pedagogia: por um currículo Queer. Educação & Formação, v. 3, n. 2, p. 98–117, 2018. DOI: https://doi.org/10.25053/redufor.v3i8.272


RIOS, P. P. S.; DIAS, A. F. “Nossa história de vida é construída a partir do nosso corpo”: a produção do corpo viado na docência. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 3, p. 1265–1283, 2020. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v15i3


RIOS, P. P. S.; VIEIRA, A. R. L. The emerging of a gender discourse in education: the differences in the school space. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 13, n. 32, p. 1- 18, 2020. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v13i32.13061


SANTOS, A. C.; FELDENS, D. G. Vozes do triunfo: narrativas de si de professoras da educação básica. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 1, p. 379-392, 2019. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i01.9666


SANTOS, É. S.; LAGE, A. C. Gênero e diversidade sexual na educação básica: um olhar sobre o componente curricular Direitos Humanos e Cidadania da rede de ensino de Pernambuco. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 10, n. 22, p. 69-82, 2017. DOI: DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i22.6042


SANTOS, M. H. S. R.; RIOS, J. A. V. P. Education and cultural differences: boundary educational practices in basic education. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 14, n. 33, p. e13670, 27 fev. 2021. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v14i33.13670


SCOTT, J. O enigma da igualdade. Estudos Feministas, Florianopolis, v. 13, n. 1, p. 216, jan./apr. 2005.


SILVA, I. P.; DIAS, A. F.; RIOS, P. P. S. Os estudos de Gênero na Revista Tempos e Espaços em Educação: uma Revisão Sistematizada. Educação & Formação, v. 5, n. 14, p. 150–175, 2020. DOI: https://doi.org/10.25053/redufor.v5i14mai/ago.2495


VILAÇA, T. Metodologias de ensino na educação em sexualidade: desafios para a formação contínua. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. esp.2, p. 1500–1537, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14iesp.2.12614


VIVAS, A.; BASTIDAS, C.; FARIAS, A. Desempenho acadêmico de uma perspectiva geográfica e de gênero em programas de distância. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 3, p. 1200–1215, 2020. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v24i3.14357


How to reference this article


BRAZÃO, J. P. G.; DIAS, A. F. What students say about gender roles: A comparative study at the Federal University of Sergipe and the University of Madeira. Nuances Est. Sobre Educ., Presidente Prudente, v. 32, e021002, Jan./Dec. 2021. e-ISSN: 2236-0441. DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v32i00.9115


Submitted: 15/09/2021 Revisions required: 10/10/2021 Approved: 12/11/2021 Published: 28/12/2021