Camila Maria BORTOT; Elisângela Alves da Silva SCAFF e Kellcia Rezende SOUZA
Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 34, n. 00, e023011, 2023. e-ISSN: 2236-0441
DOI: https://doi.org/10.32930/nuances.v34i00.10251 13
existe uma abordagem única que englobe todas as perspectivas (NAUDEAU
et al., 2011, p. 88).
O como fazer envolve, segundo os autores, custo-efetividade, e os resultados desses
programas devem ter como público-alvo: pais, crianças, pais e filhos, do pré-natal aos 6 anos
das crianças; tipos de serviços oferecidos: educacional (pré-escola, educação dos pais), apoio
familiar associado à saúde e à nutrição, relacionando-se ao trabalho terapêutico, comunitário;
alcance do programa: nacional, estadual, municipal, um único grupo; fontes de recursos:
públicas, privadas, parcerias público-privadas e assistência internacional. Os modos de
atendimento devem ser organizados em:
Estruturas organizacionais – uma descrição das estruturas administrativas e
de coordenação que operam em todos os níveis de governo e no setor privado
inclusive a estrutura organizacional e respectivas responsabilidades.
Planos de investimento – uma descrição de como os recursos humanos,
institucionais, financeiros e materiais serão alocados e mobilizados, inclusive
o equilíbrio entre recursos públicos e privados.
Estratégias de comunicação – uma descrição de como a comunicação irá fluir
entre as estruturas administrativas e outras partes interessadas, incluindo a
comunicação da defesa da política.
Parcerias – em particular as parcerias entre financiadores /doadores e
implementadores, incluindo ONGs e organizações de base comunitária, e a
responsabilidade pela sua coordenação.
Processos de monitoramento e avaliação – uma descrição dos sistemas de
responsabilização, que irão medir, monitorar e avaliar o progresso em direção
às metas da política (NAUDEAU et al., 2011, p. 92, grifos nossos).
Sobre a oferta, destacam que o seu custo-efetividade se materializa pelo baixo custo das
múltiplas formas de atendimento, incluindo salas de aula, centros comunitários, instituições
religiosas (por exemplo, igrejas, mesquitas etc.), casas das famlias “ou mesmo sob uma árvore”
(NAUDEAU et al., 2011, p. 102). Esses centros podem pertencer, ser financiados ou geridos
por uma série de entidades, como o governo, a comunidade, as organizações sem fins lucrativos,
as empresas privadas e as instituições religiosas, ou por parcerias entre essas entidades.
Tanto no estudo de Vegas e Santibañez (2010) quanto em Naudeu et al. (2011) as
parcerias público-privadas, denominadas fundos de compartilhamento, são fortemente
orientadas por permitirem uma descentralização dos recursos e da gestão, a fim de envolver
recursos públicos, privados, públicos e privados para organizações do terceiro setor e de
agências e ONGs internacionais.
O último documento do BM selecionado se intitula Intensificando o desenvolvimento
da primeira infância: investindo na primeira infância com grandes retornos, de autoria dos
consultores Amina D. Denboba, Rebecca K. Sayre, Quentin T. Wodon, Leslie K. Elder, Laura